Minha casa de infância.

6 1 0
                                    


Eu venho pensando nas convenções de amor que criamos para nós mesmos. Em um tempo distante eu diria que o amor é algo eterno e que deve ser bom e nós transformar na melhor versão de nós mesmos e bem, ele ainda é isto tirando a parte de ser eterno porque infelizmente o amor acaba.

O amor muda de endereço, existem pessoas que amei que parecessem minha antiga casa de infância que eu sinto falta das memórias vividas ali, sinto falta de visitar, mas não sinto falta de morar ali. O amor é transgressivo, como um amigo meu disse às vezes o amor parece um cigarro que quando você começa a fumar existe a excitação e o medo do novo e você vai se acostumando aos poucos com o gosto e quando você chega ao meio você já está acostumado e é ótimo, mas quando chega ao final é amargo e acaba queimando a ponta dos seus dedos.

Alguns amores foram feitos para durar, não importa como alguns amores são como uma construção de um prédio bem arquitetado onde se leva anos para construir e a estrutura é simplesmente impecável, alguns amores são a brisa de verão, passam quando você precisa e vai embora em seguida, alguns amores são como castelos de areia que são fáceis de serem levados, alguns amores são como um furacão que vem apenas para bagunçar sua estrutura.

E quando chegamos ao final de todos esses amores, apesar de todas as dores causadas e hematomas consideráveis que estarão em nossos corações, o amor ainda valerá a pena?

23/07/19 @mwood

Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora