Destinos Cruzados [ CONCLUÍDO]

49*

LÍVIA 🌵

- Vamos! Começem a falar agora! - meu pai grita já sem paciência nenhuma.

- Olha sogrão, vamo manter a calma né? Vamos resolver tudo na paz, né não Rio? - Grego toma a frente da conversa.

- Isso aí não tem pq fazer escândalo, vamos conversar - Leonardo fala se aproximando de mim.

- Quem são vcs dois pra vir me falar que eu devo ter calma!? Estou falando com as minhas filhas!

- Tácio pelo amor de Deus! Não se exalte tanto amor, vc toma remédio por coração, esse estresse todo pode te fazer mal - minha mãe fala e meu pai assente, então ela o leva para o sofá - meninas tragam água com açúcar pra acalmar o pai de vcs.

Ela pede e nós duas assentimos, então vamos para a cozinha junto com os meninos.

MARINA 🦋

- Não acredito que isso acabou de acontecer! Pqp, qual o problema de vcs dois hein? Nós avisamos que eles chegariam hj, não era pra vcs estarem aqui! - digo ao fechar a porta da cozinha e encarar os dois marmanjos na minha frente enquanto a Lívia pega o açúcar na geladeira.

- A polícia tava rondando o morro e os bairros vizinhos amor, não tinha como a gente sair do apartamento sem ser pegos pela polícia, desculpa deveríamos ter mandado uma mensagem avisando que iríamos ficar- Henrique fala sereno e me puxa pela cintura me dando um selinho demorado.

- O MT falou que era melhor ficarmos aqui por uns 2 dias até ele conseguir tirar a polícia de cima - Rio comenta.

- E agora? Oq vamos fazer? - Lívia pergunta misturando a água com o açúcar.

- Podemos dizer que eu e o Grego somos policiais e por isso andamos armados - Rio sugere e o Henrique solta uma gargalhada.

- É uma boa opção, oq vc acha Marina? - Lívia me pergunta.

- Acho que nós duas já fomos longe demais com essas mentiras, vamos contar toda verdade logo de uma vez, uma hora ou outra eles vão descobrir melhor que seja pela nossa boca.

- Tem certeza? Não é arriscado demais?? - Lívia pergunta receosa.

- Tenho, no final das contas seja qual for a reação deles nós vamos achar uma jeito de resolver- falo.

- Claro, eu vou levar a água pro pai, vem Leonardo - fala e sai puxando o Rio pela camisa.

Suspiro cansada e passo a mão no rosto, logo o Henrique me abraça por trás e beija meu pescoço.

- melhor vc ir vestir uma roupa amor, por mais que eu goste de você nu não acho que seja uma boa ocasião - ele solta uma gargalhada e me vira para ele.

Ele cola nossas testas e me encara.

- Eu te amo nega, não esquece disso, não importa a reação dos seus pais eu vou tá aqui pra vc - eu sorrio e o beijo, um beijo lento e carinhoso.

- Eu também te amo, agora vai se vestir - ele assente sorrindo e vai na direção do meu quarto.

Segundos depois estamos todos na sala, meu pai e minha mãe estão sentandos no sofá.

A Lívia está no colo do rio que está sentado em uma poltrona no canto e eu estou em pé enquanto o Henrique segura minha cintura por trás.

- Então vcs dois são policiais?? - minha mãe se pronuncia quebrando o silêncio que bairava pela sala.

Os meninos se encara e logo soltam uma gargalhada irônica.

- Por acaso minha esposa disse alguma piada?

- Imagina pai é só que os meninos não são policiais - Lívia fala.

- Então eles trabalham com oq para estarem andando aramados?? - meu pai pergunta confuso.

- É um pouco complicado senhor Valência, vamos dizer que a polícia  meio que interfere na nossa profissão - Rio fala.

-Como assim? Será que vcs podem parar de ficar dando voltas e voltas nessa conversa e falarem logo de uma vez? - meu pai fala se levantando do sofá.

- Eles são traficantes pai! - falo na lata e vejo meus pais arregalarem os olhos e nós olharem assustados.

- O QUE? ESTÁ ME DIZENDO QUE MINHAS FILHAS ESTÃO ENVOLVIDAS COM TRAFICANTES?  EU VOU LIGAR PRA POLÍCIA AGORA! - meu pai fala pegando o telefone e logo o Rio e o Henrique sacam as armas e apontam para ele.

- Senhor Valência com todo respeito e melhor o senhor se acalmar e soltar esse celular - Rio fala

- O senhor e a sua mulher vão se sentar nesse sofá e escutar oq suas filhas tem a dizer, vamos tentar resolver tudo isso na paz, belezinha? - Henrique fala ainda com a arma apontada prós dois.

- Resolver na paz!? vcs estão apontando armas para mim e para a minha mulher! Pelo amor de Deus!

Eu encaro a Lívia que logo se levanta e pede para meu cunhado abaixar a arma e então eu faço o mesmo com meu namorado.

- Tá maluco Henrique!? São meu pais, abaixa essa arma agora! - peço a ele que me olha  e depois encara o Rio, os dois assentem a abaixam as armas.

Então os dois ficam em um canto da sala e eu e Lívia nós sentandos no sofá juntos com meus pais.

- Mãe, pai desculpa por isso não era pra coisas terem acontecido desse jeito - Lívia começa a falar mas minha mãe a interrompe.

- Nós não mandamos vcs para o Rio de Janeiro pra virarem mulheres de bandidos! Onde foi que vcs duas enfiaram o juízo? No cu? Pelo amor de Deus! Onde eu o seu pai erramos com vcs duas? Nunca faltou nada a vcs desde de amor, carinho até roupas, comida, uma boa casa e educação. Estou totalmente decepcionada - ela fala com os olhos já cheios de lágrimas.

- Eu sinto muito, sei que estão decepcionados mais precisam confiar que nós duas sabemos oq estávamos fazendo, não somos mais crianças podemos tomar nossas decisões sozinhas e vcs precisam confiar em nós - Lívia fala.

- Nós demos um voto de confiança pra vcs, deixamos virem pra cá e estudarem, demos o nosso apoio mas vcs duas traíram nossa confiança - meu pai fala estremamente decepcionado e triste.

Foi uma longa, longa conversa. Passamos horas naquele sofá, eu contei tudo pra eles que nós estávamos morando no morro e que nus mudamos faz Lucas semanas por apartamento, contei sobre a Maria e o MT.

Minha mãe chegou horrores e o meu pai também, depois de muita conversa e de todas as cartas terem sido postas na mesa finalmente conseguimos nos entender.

Meu pai e minha mãe mesmo muito relutantes acabaram aceitando ( mais ou menos) o envolvimento meu e da minha irmã com o Rio e o Grego, os meninos pediram desculpas por terem apontado as armas para eles.

No final entramos em um acordo, eu e a Lívia  poderíamos continuar no RJ se nunca mais mentissemos pra eles e se não poderíamos morar no morro, além de que meu pai abaixaria nossa mesada mensal oq significa que teríamos que começar a trabalhar para nós sustentar.

No final tudo deu certo, eles ainda estão decepcionados mas estão tentando nos entender e apoiar.