" Amigos do colegial, Se juntam para realizarem o podcast mais sinistro feito até então na cidade de Kaoutwind. Mas essa história não irá se manter somente nisso, claro que não. Os pecados, maldições, merecimento, são palavras que circundam a maior...
A cidade como antes fora citada era Kaoutwind, uma cidade calma e bem comum comparada com todas as outras do país, seu único diferencial poderia ser dito como as pessoas que a habitam, seres tão incomuns e diferentes uns dos outros, que obviamente, dão sentido aquela cidadezinha do interior e não interior no sentido "caipira" digamos assim, e sim uma cidade mais afastada da capital, aquela que se mantém nas sombras como se quisesse esconder algo, a cidade mais calma, até agora, dos Estados Unidos.
E nesta pacata cidade de fim de mundo, temos o colegial mais frequentado e agraciado pela comunidade, a escola de WestWear, localizada na parte sul. A instituição era simplesmente graciosa e grande, digna de uma aparência grega e que dava, mesmo que inconscientemente um grande desejo de a frequentar, por parte dos alunos. Pense em pilastras enormes e redondamente acabadas, eram tão lisas que refletiam com efetividade as luzes alegres do sol na parte da tarde, em suas extremidades em cima e em baixo, formas retangulares esculpidas com ondulações incomuns, sendo elas tão rústicas quanto as paredes que por ela seriam sustentadas e fixadas em seus devidos lugares. As paredes eram rústicas, rústicas por terem sido pintadas de uma forma que propositalmente, as deixaria com a lembrança de um campo florido, compostos por rosas - e não digo isto por elas serem vermelhas ou terem flores - somente pegue o campo de rosas, as tire com a delicadeza que merecem e deixem somente os espinhos, aquelas paredes, eram rústicas e respeitosas pelo motivo de seres espetadas, algo que evitava os adolescentes as tocarem e posteriormente, retirar a tinta com um ato de vandalismo - que convenhamos, acontecia em demasiado.
Diferentemente das paredes externas, as internas eram completamente lisas e cobertas por uma tinta a base d'água que as davam um aspecto - Até que elegante - de borracha luminosa. Mesmo que não seja alguém de fé, aposto que conhece ou pelo menos ouvira falar das igrejas católicas, principalmente as Europeias, aquelas enormes com uma imensa cúpula ao meio de onde a luz do sol é inevitavelmente permitida entrar, iluminando o padre ao meio de toda uma multidão em busca de qualquer milagre ou mesmo conforto em suas almas, talvez, deprimidas. Era assim a parte central de WestWear, uma grande igreja estudantil, mas somente no conceito, já que os ensinamentos e regras não detinham maneiras ou costumes religiosos, a ideia da arquitetura foi só mais uma das artimanhas idealizadas pelo fundador da cidade em 1740, o Duque Alu Natan um antigo membro da burguesia local, que querendo ou não, era extremamente religioso.
Tendo o local em mente, chegamos a cena mais comum dentre todas as que acontecia naquela escola, que nada mais era do que, o caminhar lento e calculado de quatro jovens indiscutivelmente diversificados entre si e mais do que isso, jovens que mantinham uma real amizade e laços impossíveis de seres cortados, até mesmo pela morte, que seja. Megan, Duncan, Lucy e Carrie, todos igualmente responsáveis, carismáticos e apesar dos pesares, otimistas.
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Duncan Williams, é o mais velho dentre eles, todos compartilhavam da mesma idade, mas o jovem nasceu em fevereiro, enquanto os demais, vieram a vida em meses posteriores. Era um jovem de pele autenticamente negra, e não fazia questão alguma de esconder ou mesmo fugir do que estava em seu sangue, usava roupas, as vezes, exageradamente coloridas, que variavam de um vermelho claro a um verde florescente, as vezes usava bandanas, turbantes e calças largas, mas o que realmente lhe agradava era o fato de ter seus olhos escondidos pelo cabelo impecavelmente trançado, que descia em vários filetes escuros e se permita cair, até mais ou menos o nariz do mesmo. Ele brincava dizendo a todos uma simples frase: " Vocês sabem que, todos dizem que os olhos são a janela para a alma, Não? Pois bem, não quero que vejam a minha. " e mesmo assustando as pessoas, era algo em que acreditava, assim como acredita que não conseguir ler direito devido a sua leve dislexia é um dos mais covardes castigos divinos que alguém poderia receber.
