" Amigos do colegial, Se juntam para realizarem o podcast mais sinistro feito até então na cidade de Kaoutwind. Mas essa história não irá se manter somente nisso, claro que não. Os pecados, maldições, merecimento, são palavras que circundam a maior...
Algo plasmático, do cosmos, algo de teor assustador começara a persegui-la. Os caminhos eram estreitos, sujos, nebulosos e acima de tudo, claustrofóbicos para a mente tão perturbada da jovem ali naquele momento. Estava agora pouco em uma mesa de um restaurante qualquer, rindo sobre coisas banais e elogiando filmes e atores com seus amigos, o tamanho de seu hambúrguer era tanto que nem conseguia acreditar que tudo aquilo fora terminado em poucas mordidas, Mas não bastava estar alegre, estar alegre era um sinal que tudo estava errado, ou pelo menos alguma coisa. Foi quando piscou, como sempre piscou, rapidamente em um ato de reflexo, o mais comum da humanidade, além de propriamente o ato de respirar, quando acabou seus milésimos de segundos fazendo tal ação, ali estavam, corpos vazios, sangrentos, com olhos e expressões esbugalhadas. Seus tão queridos amigos estavam mortos, gelados, petrificados na ação de pedir ajuda, ajuda esta que foi negada pelo seu ato de somente querer fechar os olhos por algum instante. Desesperada, procurou saber quem o havia feito, quem em um mundo de memórias tão perfeito seria capaz de dilacerar membro por membro de seus colegas, os fazendo sentir uma dor descomunal e até mesmo sofrer sem saber. Procurou, ali mesmo onde se encontrava, sentada em um banco de couro vermelho típico do lugar, procurava no intuito de saciar sua sede pelo conhecimento de saber qual das criatura teria feito algo imperdoável. Ela olhava para os lados, esquerdo, direito, para sua frente, não havia nada, para suas costas, não havia nada! Era tudo tão escuro, tão angustiante! Era como se estivesse sendo - sem um conhecimento prévio devido a seu apavoramento repentino - sugada, puxada, extinguida por um enorme buraco negro que estaria a sua volta. Mas não era isto. Era muito pior e bem no fundo de sua alma ela tinha o conhecimento. O motivo da morte, da sua que estaria prestes a acontecer, e a de seus amigos, era um sorriso, um único, simples, e horrizado susto que era direcionado somente a ela, não se era capaz de ver olhos, nariz ou muito menos uma forma concreta do que aquilo seria, a única coisa que tinha conhecimento, era de que morreria quando aquele singelo ato de mostrar os dentes, acabasse, assim sumindo de sua visão junto do buraco negro.
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E foi assim, deste modo horrível, derramando lágrimas pelos seus olhos, que Lucy finalmente havia despertado com o som estridente do celular em seus ouvidos. O pesadelo que acabara de ter foi, pelo menos naquele instante, aliviado com o pensamento que fora algum reflexo ruim e que nunca lhe ocorreu, por ter ido dormir assistindo um de seus filmes preferidos: A hora do pesadelo, o original de 1984. Apesar de estar dormindo ou até mesmo ter sido acordada com um horrível pesadelo - Que envolvia a morte de seus amigos - Não era um novo dia, e sim, 18 horas da noite. Lucy optou por tirar um cochilo em pleno sábado, no qual teria um programa marcado com seus amigos, a mesma havia cuidado de toda a sua casa durante a manhã e o começo da tarde e de seu irmãozinho mais novo também - já que seus pais trabalhavam ao mesmo horário naquele dia da semana. Fez questão de enxugar as lágrimas que julgou ser sem sentido, pois, pode parecer estranho, Mas ela gostou ter tal pesadelo, coisas assim sempre serviam de inspiração para a criação de suas histórias. Quem as escrevia para o podcast era Carrie, Lucy apenas escrevia por hobbie e não fazia questão alguma de contar a ninguém, não gostaria de retirar o posto da amiga, Que era excelente no que fazia.