capítulo 6

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   Depois que ele me disse aquelas palavras e simplesmente saiu foi como levar um tiro, só que pior, doeu até onde eu não sabia que poderia doer. Mas ele estava certo.
  Ao chegar em casa com as mãos vazias minha mãe me olha de um jeito ruim. Eu ignoro e vou para o banheiro tomar banho.
  Mesmo com o chuveiro ligado escuto os passos de Louise.
- Maya tem um rapaz te chamando lá fora.
  Desligo o chuveiro na hora. Será que ele voltou e me seguiu até aqui? Me enrolo com a toalha e com os cabelos molhados respingando sobre a casa enquanto eu corro para a porta.
  E a abro e veio Josh com um cesto na mão. Ele me olha de cima a baixo com cara de quem não tá entendendo. Só então me dou conta que estou de toalha.
-  Josh só um minuti... Ele me interrompe
- Vai lá.
   Eu entro e coloco um roupão velho por cima e caminho até a porta. Josh está lá parado e sem graça, mas agora encostado a parede.
- Bom acho que você perdeu isso, ele diz entregando o cesto.
- Obrigada Josh.
- Você não quer dizer nada não? Ele me pergunta.
   Eu apenas balanço os ombros em resposta de que nao sei.
- Que diabos foi aquilo? Além de ladro.. ele respira parando no meio da palavra. O que foi isso Maya?
- Ele me seguiu você queria que eu fizesse o que. Eu lhe respondo ja comessando a me estressar.
- Sei que voce odeia questionamentos mas aquilo nao foi normal.
  Eu cruzo meus braços e reviro os olhos.
-  Tudo bem entao, a escolha é sua se quer falar ou não, mas so vim te avisar que daqui a 30 minutos passo aqui para irmos pra cima de novo, se troca. Ele disse virando as costas e sai andando.
   Eu bato a porta. Se tem uma coisa que me estressa mais que a fome é cobranças indevidas.
- É por isso que você não tem namorado. Minha irmã diz entrando no cômodo.
  Eu a olho com cara feia e coloco a cesta em cima de um suporte de madeira.
- A minha filha quem é esse rapaz que nos trouxe comida? Minha mae pergunta enquanto se senta em sua cama se preparando para sair com muita dificuldade.
- Foi a Dona Clara que nos mandou, trabalhei pra ela hoje, e esse rapaz é pobre nao se iluda mamãe. Respondo-lhe.
- Desde que você nasceu você é cabeça dura, tão jovem e bonita você consegue arrumar alguém de cima minha filha. Ela fala enquanto vem até minha direção lentamente.
   Para alguém de baixo conseguir alguma coisa só se a mais jovem da família se casar com alguém lá de cima, coisa que era bem rara pois era muito difícil mulheres bonitas por aqui. A miséria reina são todas muito magras e lá em cima os homens só se impressionam com belos dotes.
- Mãe, você que alguém lá de cima iria se impressionar comigo só porque você é minha mãe. Eu digo rindo e acariciando seu rosto. E ela sorri.
   Termino de me vestir e penteio meus cabelos a frente do espelho, é possível notar a magreza.
   Vou até minha porta e fico esperando Josh que não demora e me chama. Caminhamos em silencio ate o fim do corredor no qual encontrariamos Jorge e Josh não para cobri a andando.
- Mas e o Jorge? Eu pergunto a ele.
- Hoje seremos só você e eu, e anda vamos tem que dar tudo certo. Ele me responde.
  Continuamos andando em silencio, estávamos já em cima. Quando olho para o lado e não vejo Josh o procuro e o vejo mais a trás de mim rasgando os folhetos sobre o roubo do outro dia que estavam colados sobre os vidros e árvores, e então eu dou risada.
- Tá rindo do que? Ele se vira e pergunra nervoso.
- Amanha vai ter mais de novo, e mais e mais ate fircarmos ricos. Eu lhe digo sorrindo.
  Mas eu esperava outra reação mas começa a escor muitas lagrimas de seus olhos, de longe oude perceber isso. E enquanfo eu ia ate ele ele se sentou no chão se encostando em uma parede e colocou aa maos sobre o rosto.
  Sento ao seu lado e coloco a mao sobre sobre seu ombro e entao ele me olha nos olhos
- Meu pai morreu agora de tarde, fui chamar as autoridades para buscar o corpo dele e na volta vi você jogando o cesto no chão e sei lá brigando com aquele loiro.
  Ao mesmo tom de tristeza profunda ele demonstrava um tom de ciúmes.
- Eu não sabia disso Josh me desculpa. Eu digo com muita tristeza no coração.
- Eu ia te contar na hora que levei o cesto, mas você estava ocupada de mais com a sua arrogância.
  Fiquei sem palavras, o meu silêncio respondeu por mim. E assim ficamos ali por alguns minutos.
- Aquele loiro é o Príncipe. Eu digo bem baixinho.
No mesmo instante ele ergue a cabeça e me olha como se eu estivesse louca.
- É sim, ele veio atrás de mim mas eu sempre estrago tudo com a minha arrogância. Eu digo olhando para a grama verde que estávamos sentados.
- Você nunca conheceu o amor de ninguém além de sua mãe e da sua irmã. É perdoavel.  Ele diz me olhando.
- Você já amou alguém? Eu lhe pergunto.
Ele me olha com ternura e responde sorrindo.
- Já, ela era incrível mas seus pais a fizeram casar com alguém de cima e então nunca mais soube dela. E seus olhos brilharam tao forte, que por um segundo eu desejei ser amada assim também.
   Eu olhei para ele admirando, e ele me olhou sorrindo e então se aproximou com a mão sobre minha nuca e me beijou, um beijo lento mas que durou pouco. Me afastei e me levantei e estiquei a mão para ele sorrindo, e ele se levantou.
- Eu acho que não é o dia certo para fazermos esse assalto. E reparo como ele arregala os olhos.
- Eu escutei isso direito?
  Eu levo um susto e me viro e me deparo com um guarda oficial.



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⏰ Última atualização: Apr 17, 2020 ⏰

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