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— Não vim aqui pra isso — Bakugou respondeu entrando no ambiente e se pondo à frente da mulher. — Você sabe muito bem por que estou aqui.

    Ela o encarou por alguns segundos com um olhar que misturava curiosidade e sarcasmo antes de fazer um ligeiro gesto com a mão dispensando seus acompanhantes.

— Aish... Que falta de senso de humor, hein? — disse ajeitando a saia de couro ainda sentada. — Agora fiquei mal humorada... Acho que posso pelo menos te oferecer uma bebida? Sente-se — ofereceu indicando um lugar no sofá circular que ficava envolta de uma mesa.

    Ali era menos pior que do lado de fora, mas com o mesmo mau gosto. Na mesa de centro havia um narguile com três entradas, algumas garrafas de Whisky, cópia sujos e cigarros apagados em um cinzeiro de mármore. Bakugou sentou à uma distância segura de Toga Himiko.

— Vamos... Beba! Só um pouco — Toga insistiu, dando-lhe um copo. Agora ela sorria vendo-o bebendo e se aproximou, arrastando-se até ele através do sofá.

— Pronto. Já bebi. Agora podemos conversar? — Bakugou disse impaciente colocando o copo sob a mesa.

— Sabe... Eu senti saudades. Você me deixou... — Toga falou passando as mãos na coxa do loiro, subindo até seu peito, passando pelo zíper de sua calça e inclinando seu corpo no dele.

— Eu nunca fiquei, Toga. Pare com isso, é nojento — respondeu com certa rispidez tirando sua mão se afastando dela.

— Aigoo... Você é tão mal — respondeu fazendo uma expressão triste. — Eu acho isso tão sexy — riu, apertando a língua entre os dentes, deixando uma parte entre os lábios.

     Toga Himiko era uma jovem coreana de vinte e três anos, a mesma idade de Bakugou. Depois que seus pais, chefes da organização criminosa mais perigosa e lucrativa da Coreia do Sul, aplicaram um golpe milionário em um dos seus fornecedores de armas a família foi obrigada a fugir. Ela foi mandada para o Japão com quinze anos e aos dezessete começou a estabelecer seu Império no Distrito de Wohui, com a ajuda da influência de sua família. Era muito boa no que fazia mas, infelizmente, suas alterações de humor inconstantes dificultavam algumas negociações.

— Preciso de um favor. Vamos direto ao assunto.

— Ah, Katinho... Você sabe que não faço favores, não é? Espera — disse pegando uma das saídas do narguile e sugando. — Estamos falando de negócios? — interrogou soltando a fumaça de forma dramática.

— Pode ser.

— Eu detesto falar de negócios aqui, sabia? Deveria saber! Como pôde contaminar meu harém com um assunto assim?! — Toga dizia com verdadeira indignação largando o narguile, levantando-se, ajeitando a saia preta e o sutiã de renda branco. — Venha, vamos dar uma volta.

    Bakugou continuou no mesmo lugar com expressão impaciente, porque odiava os caprichos da garota.

— Vai ficar aí? Não negocio nada aqui. É lugar sagrado.

    Pegando o blazer vinho no sofá e calçando o salto saiu dali.

— Eu não vou chamar de novo — falou aparecendo no batente da porta
— Ah, traga a minha bolsa, por favorzinho.

    A contra gosto Bakugou pegou a bolsa de mão e saiu dali, não sem pronunciar alguns palavrões. O salão ainda abrigava algumas pessoas e, ao sair, ele apenas acenou para Chun-Li, devolveu com um sorriso e uma piscadela.

— Bye Bye, Lili! Até amanhã! — Toga se despediu lançando vários beijos.

— Até hoje mais tarde, não? Vão com cuidado!

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