cap: 6

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Normani Narrando...

Acordo sentindo um frio, o vento esta forte em meu corpo, senti que eu estava deitada em algum lugar gelado, abro os meus olhos e percebo que eu dormi na praia, ainda esta escuro,  me levanto rapidamente, e vou em direção a minha casa.

Chego em casa, e a porta está trancada, eu não estou com a minha chave, se eu bater na porta, com certeza, meu pai vai brigar comigo, não estou afim de levar uma bronca a uma hora dessa.

Fico sem saber para aonde eu ir, não faço a mínima ideia para aonde eu vou, me lembro quando eu era criança, eu gostava muito de subir em árvore, acho que irei fazer isso novamente

Aqui na minha casa, tenho três árvores, uma goiabeira, jaqueira, e a outra e acerola, eu sempre subi nos pés da goiabeira e jaqueira, eu me amarrava em comer as frutas direto do pé.

Lembro- me que as vezes que a mamãe me visitava, era muito raro, mas quando ela aparecia por aqui, eu sempre subia no pé de jaqueira, para pegar uma para ela, mas como a jaca é pesada, eu nunca conseguia pegar, meu pai sempre vinha me ajudar, mas ai minha mãe parou de me visitar, praticamente esqueceu de mim, quando eu sentia saudades dela, eu subia na jaqueira e fazia meu pai pegar algumas jacas maduras, algumas nós comíamos e as outras eu oferecia para o povo daqui.

Nessa época meu pai me amava, ele brincava comigo, ele dizia que eu era a princesinha dele, ele me mimava muito, quando estava na época da acerola, nos pegávamos a acerola do chão e fazíamos guerrinha de acerola.

Esse tempo era maravilhoso, minha mãe estava viva, mesmo que eu não tinha contato com ela, mas ela estava bem, meu pai me amava, era mas compreensível comigo, nossa família era mas unida, eu falava direto com os meus irmãos por parte de mãe.

Hoje em dia, nem contatos com os meus irmãos eu tenho, eles estão lá e eu cá, mal falo com a família da minha mãe, quer dizer minha família também.

Subo na árvore, pego algumas goiabas, e como, não me importo de lavar, já fiz coisas piores quando eu era criança e não morri, eu não irei morrer agora.

Como umas cinco goiaba, e fico admirando o céu, a noite está tão linda, o céu está estrelado, um silencio, só ouço os sons dos grilos e dos sapos, as vezes ouço o som da goiaba caindo no chão.

Olho ao redor e vejo o pé de acerola regado, abaixo o meu olhar para o chão e vejo o chão cheios de acerola, e no mesmo momento eu me vejo ali quando eu era criança brincando com o meu pai.

Desço da árvore, e vou até o pé de acerola, pego algumas da árvore, e começo a comer, separo todas as sementes que eu comi, sei que é nojento, mas eu amava fazer isso quando eu era criança, cato algumas sementes, e subo novamente no pé de goiabeira, pego umas das sementes, e fico jogando longe, tento jogar o mas alto que eu posso.

Quando eu tinha 13 anos, eu e meu pai, tinha separado sementes de acerola, e íamos para um pequeno jardim que nos estávamos construindo perto do riacho. Plantamos um monte de pé de goiaba ali, quando minha mãe vinha me ver, ela fazia eu plantar feijão, ela me tratava como uma verdadeira criança.

Me encosto no galho da árvore, me seguro e tento dar um pequeno cochilo.

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Pela Eternidade (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora