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O bentley atravessou o trânsito caótico e nada satisfatório de São Paulo até eu chegar ao meu destino

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O bentley atravessou o trânsito caótico e nada satisfatório de São Paulo até eu chegar ao meu destino.

Desci do carro ajeitando o paletó impecável no qual eu vestia, alisei para fora da testa um fio de cabelo invisível e adentrei o último lugar decadente que eu pensei visitar neste país no qual eu nunca tinha colocado os pés.

— Pietro? Gustave se colocou de pé quando adentrei ao restaurante me olhando chocado como um cão sarnento escorraçado.

— Surpreso em me ver? Falei frio encarando o homem que deveria ter protegido meu irmão, esse italiano safado imprestável se quer conseguiu cumprir o que era de sua responsabilidade, e por culpa dele há dois dias atrás eu tinha sido obrigado a assumir os negócios.

— Sim, não vou negar. — Sorriu amarelo. — Esperava ver teu pai, já que agora Don Castelli...

— O Don está morto, Gustave, e isso é uma das coisas que vim até este país resolver. — Desenvolvi as palavras rapidamente deixando que meu italiano saísse forte e alto no lugar que continha poucas pessoas. — Meu pai está doente, você sabe bem disso... e agora perde seu filho mais velho. — Encaro a mesa e decido tirar as minhas luvas de couro que eram minha marca registrada. O anel de rubi com um leão de ouro branco cravado ao centro brilhou em meu dedo anelar. — Sou o novo Don, Gustave.

O homem a minha frente era forte e mais parrudo que a mim, mas em nenhum segundo sequer questionei que eu não poderia matá-lo com minhas próprias mãos. Era bastante conhecido por minhas habilidades que adquiri desde antes de completar meus dez anos.

— Você é o novo Don Castelli?

— Cattaneo.

— Por que escolheu o sobrenome de sua mãe? Não caíra...

— Eu acho que posso escolher meu nome Gustave. O cortei e ele se calou imediatamente.

— Claro, eu só fiz uma ressalva, senhor.

— Don. — O olhei no fundo dos olhos e analisei sua mandíbula subir e descer antes de continuar: — Agora sou seu Don, Gustave. Ou não faz mais parte da família? É um traidor como os que deixaram Matteo morrer?

— Claro que faço, eu nunca trairia a família, peço perdão, eu só fui pego de surpresa, você deve entender que com Matteo a familiaridade era maior já que crescemos juntos e você era apenas um bambino...

Fiz menção de um sorriso por alguns segundos. — O bambino agora comanda esta porra. — Cruzei as mãos sobre a mesa. — E exijo que você enxergue isso, ou está fora!

— Eu vejo! — Gustave se adiantou. — Mas uma vez peço perdão. Don. Completou segundos depois com a voz meio embargada.

— Está será a última vez que permito que me trate como um qualquer. Independente de ser mais novo que você o que me interessa é você entender que eu mando e você obedece. O que aconteceu com a família não e nunca mais se repetir, um Cattaneo prezamos pela família, fui claro?

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