IV

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Bom dia, apareci, passei uns dias na fazenda para tentar relaxar um pouquinho meio todos esse caos. Mas já estamos de volta. Hoje temos Funesto, amanha Amor Pela Segunda Vez. 😘  Não esqueçam de votar e comentarem, a autora agradece. :)

—  Você soube?  Dona Mariana me olhou de rabo de olho enquanto ajeitava uma pilha de papéis ao meu lado

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—  Você soube?  Dona Mariana me olhou de rabo de olho enquanto ajeitava uma pilha de papéis ao meu lado. Era sexta-feira, o posto estava lotado, mas mesmo assim ela achava tempo para conversas.

— De quê? Respirei fundo tentando me manter calma. Há dias me sentia esquisita, como se alguem me vigiasse de longe e aquilo me deixava totalmente agoniada.

— O seu irmão está convocando garotas que queiram ganhar a vida lá fora.

— Convocando? Parei de preencher a ficha do último paciente que tinha chego no posto se saúde da comunidade.

— É, dizem que ele esta dando uma quantia como forma de garantia. Você não acha estranho, Ravena? Talvez você devesse falar com ele, são garotas muito jovens.

— Dona Mariana, eu não sou envolvida com o movimento.

— Eu sei.  Por Deus, menina eu não quis te ofender... é que você é irmã dele.

— Sim, sou, e essa comunidade inteira sabe que eu não concordo, não apoio o tráfico, não apoio à prostituição e muito menos sou favorável com as decisões que meu irmão tem.

— Ravena eu... — Ela tentou consertar sua fala e então dois homens ja conhecidos por mim entraram carregando um homem nos braços e uma mulher aparentemente desesperada. Desferia palavras de socorro em outro idioma.

— Ajudem aqui! O gringo tá morrendo! Miguel gritou enquanto a sala de espera se transformava em alvoroço.

Me levantei deixando o balcão e fui ate o encontro deles.

— O que aconteceu? Olhei meu amigo de infância. Miguel e o pai Raul trabalhavam com turismo. Traziam gringos todos os dias para conhecerem o lugar como se nós fossemos verdadeiros bichos em zoológico. Com a propina que pagava ao comando que infelizmente era do indivíduo que eu chamava de irmão tinham a segurança de que poucos morros no Rio de Janeiro continham de fazer um turismo que girava bastante dinheiro.

— Eu não sei, ele tomou uns drinks da barraca da Jessa e começamos a subir o morro, de repente começou a se sentir mal e colocou a mão sobre o peito, foi ficando vermelho.

— Pode estar infartando, Mariana chame Josue para trazer a maca, vamos leva-lo para dentro. Me ajoelhei frente ao homem que agonizava em busca de ar e comecei a aferir sua pressão arterial enquanto fiz bom uso do curso de inglês que tinha feito com muito custo durante minha adolescência começando a perguntar para a mulher:

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