Ted Bundy- Apaixonando-se por um assassino

Capítulo 18

DEZEMBRO DE 1977
SETE MESES DEPOIS

Eu estava na casa do meu pais para as férias de fim de ano, em Utah, e Ted me ligou. A primeira coisa que disse a ele:"Foi que não me ligasse aqui, porque cria uma situação difícil, pois meu pais não gostam que eu ainda interaja com você."
E ele disse:"Eu precisava te ligar, dizer que te amo e me despedir."
E eu disse:"Quantas vezes fizemos isso um com o outro?"
Eu não fazia ideia de que ele iria embora e fugiria de novo.
Ted estava detido na Prisão do Condado de Garfield. Ele arrancou uma luminária e subiu por um buraco de teto de 30 cm por 30 cm.
O detetive Keppel me ligou e contou que Ted tinha fugido. E me disse que, se tivesse notícias, era obrigada a ligar para os detetives, e que ele era perigoso.
Eu estava com medo que ele voltasse e achasse que eu fosse ajudá-lo a continuar livre, o que eu não podia fazer, porque isso me colocaria em perigo. Me senti muito vulnerável. E se eu me recusasse a ajudá-lo? Ele me mataria? Mataria minha filha?
Estava começando a ficar com medo.
Se Ted for capturado, o processo no Colorado vai continuar, e ele pode ser julgado por um dos assassinatos de Utah. Mas, no momento, ele é só um condenado a sequestro em fuga e um dos homens mais procurados pelo FBI.
Meu sonhos, na época, eram extramamentes nítidos. Muitas vezes, eram sobre minha filha. Tipo ela estar muito ferida ou muito doente, e eu precisar de ajuda. A polícia me dizia que não me ajudaria, porque não os ajudei antes.
E eu falava:"Mas minha filhinha precisa de ajuda."
E eu pedia desculpas. Era horrível.
Eu me deitava na cama e pensava:"Isso aconteceu ou foi um sonho"?
Uma noite sonhei que tinha ajudado Ted a enterrar a primeira vítima, e eu disse que, se ele prometesse nunca mais fazer aquilo, eu o perdoaria.
Acordei pensando:"Meu Deus, o que o meu subconsciente está fazendo?"

15 DE JANEIRO DE 1978

Quatro jovens foram espancadas com um taco e duas delas foram estranguladas até a morte por um homem que encontrou as vítimas dormindo na casa da sororidade do campus Tallahassee da Universidade Estadual da Flórida. Um homem foi visto saindo da casa com um taco.
O assassino apareceu a noite e voltou com uma facilidade que, até agora, desnorteou a polícia e deixou a maioria das universitárias apavoradas.
Ele bateu e estrangulou, até a morte, Lisa Levy, de 20 anos, e Margaret Bowman, de 21 anos. Pelo menos, uma delas foi estuprada.

Depois, bateu brutalmente em mais três universitárias que dormiam, Karen Chandler e Kathy Kleiner.
Cheryl Anne Thomas foi espancada brutalmente em sua casa, a seis quadras.
Eu sempre pegava meu jornal no intervalo da manhã  e, enquanto eu lia o jornal, vi a foto de uma jovem olhando para fora, atrás de uma cortina na Casa da Sororidade Chi Omega, e tive um pressentimento muito ruim de que poderia ser coisa do Ted.

Ele procurava um campus universitário. Era onde ele se sentia a vontade. Ele queria agir lá. Foi um caso de migração, como um animal que migra em busca de um lugar para se estabelecer, procurando uma presa. É muito primitivo.