problem ✧ t. chalamet

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MELANIE MILLER

Eu e Timothée fomos para a cafeteria que eu havia marca com Hunter. Como meu amigo não havia me respondido, fui com o garoto ao lado.

Nos sentamos e fizemos nossos pedidos.

– Qual o seu sobrenome?– ele pergunta me deixando novamente confusa.

– Por que você só faz perguntando aleatórias?

– Gosto de fazer isso– ele da de ombros– Então, qual é?

– Miller– digo desconfiada– E o seu?

– Chalamet.

– Por que seu nome todo é complicado?

– Não sei, depois eu pergunto para os meus pais e te dou a resposta– o garoto diz com o sorriso presunçoso de sempre e eu apenas reviro os olhos– Mas se facilita, faz igual todo mundo, e me chama de Timmy.

– Não temos intimidade suficiente para isso.

– Mas podemos ter– ele me encara.

Sério, esse garoto tem que parar de querer me constranger a cada palavra que diz, eu odeio ficar envergonhada e é o que eu mais estava perto dele.

– Por que resolveu vir pra Manhattan?– a garçonete deixa nossos pedidos e Timothée agradece gentilmente.

– Gosto da movimentação da cidade, ela é tão bonita, me sinto acolhida.

– Eu também– o mesmo sorri singelo encarando seu café– eu moro aqui desde sempre, obviamente já fui para outros estados, até para outros países, mas nada se compara com aqui, é tudo tão aceso e cheio de vida.

– Você é realmente apaixonado por aqui.

– Você não tem ideia– ele ri sem graça– Qualquer dia podemos fazer um tuor pela cidade. não

– Sério?– indago animada, ate por que eu sonhava em conhecer a tal famosa Manhattan Bridge, o Empire State Build, Central Park, Times Square, entre milhões de outros.

– Sério– para quem não sorria nada quando nos conhecemos, até que ele costuma sorrir bastante, acho que ele está achando graça em toda a minha animação para conhecer tudo.

– Como você consegue ser amigo de pessoas tão diferentes de você?– pergunto.

– Diferente é bom e não é como se fôssemos totalmente opostos, só temos características diferentes.

– Você não costuma dar respostas convencionais não é?

– Qual a graça de você conversar e a pessoa dizer o que você espera que ela diga?

Eu estava encantada com a inteligência dele. Sempre gostei de estar perto de pessoas assim.

Era deslumbrante o jeito que ele parecia interessado em qualquer papo, desde os mais fúteis, até os os mais interessantes.

Timothée não pareceu muito amigável em minha primeira impressão sobre ele, mas agora era como se o garoto quisesse ser meu melhor amigo. Gosto de fazer amizade com pessoas que se abrem.

– Então Timothée Chalamet, o que você faz além de andar com um grupo totalmente estranho e estudar arquitetura?– pergunto encarando seus olhos verdes e brilhantes.

– Bom, Melanie Miller– ele da uma risada anasalada– Eu toco alguns instrumentos, falo francês fluente e um pouco de italiano, ando de skate em minhas horas livres e gosto de fazer uns curtas-metragens.

– Meu deus, você faz tudo, eu estou me sentindo deprimida do seu lado.

– Essas coisas podem entrar juntos na lista de coisas que podemos fazer depois do nosso tuor pela cidade que não dorme.

– Se você está tentando comprar minha amizade com conhecimento e pontos turísticos, está funcionando, pode continuar.

– Você se vende muito fácil, não está sendo tão difícil assim ter a sua amizade– ele ri.

– Digo o mesmo para você, senhor trilíngue, skatista e cineasta amador nas horas vagas– o mesmo ri e revira os olhos.

O garoto era realmente bonito! Seu cabelo grande e com a aparência de desleixo o deixam muito sexy, digo isso sem a menor das intenções, era apenas um fato. E seus olhos grandes e verdes, que pareciam penetrar até a sua alma, contribuíam para sua beleza ser única.

Seu corpo não era nem de longe um dos mais musculosos, pelo contrário, o garoto era totalmente magricelo, o que na minha percepção era lindo.

[...]

Após ficarmos até as 7:15 p.m. sentando conversando na cafeteria, me lembro de ter que ir até a biblioteca me encontrar com Kiernan.

– Meu deus, eu estou atrasada– digo levando rápido, deixando o garoto ao lado assustado.

– Atrasos não são legais mocinha– ele se levando junto e ri da minha reação desesperada.

– A culpa foi total e inteira sua– deixo o dinheiro do meu café na mesa e Timothée faz o mesmo.

– E eu tenho culpa de ser extremamente interessante e você ter ficado fascinada por mim?

– Tem! Óbvio, você poderia ser mais desinteressante.

– Me desculpa se eu sou perfeito.

– Não exagera também né– o garoto revira os olhos e ri– Obrigada pela tarde Timothée, sério, hoje foi muito legal.

– Não precisa agradecer e para de me chamar de Timothée.

– Mas esse não é seu nome?

– Você é tão engraçadinha.

– Enfim, Obrigada por hoje, até amanhã– dou um beijo em sua bochecha e saio correndo para a biblioteca.

[...]

– Me desculpa pela demora Kie, eu perdi a noção do tempo– falo me sentando ao lado da garota que me recebia com um sorriso doce em seus lábios.

– Parece que o Timmy é uma companhia e tanto– ela ri.

– Ele é legal, uma ótima companhia mesmo.

– Aham sei.

O garoto foi simpático, era legal conseguir fazer amizade com todos do grupo.

Começo a sentir que esse lugar era exatamente onde eu deveria estar.