Depois de fugir das nossas mães, fomos direto para a faculdade da qual nós "estudávamos", ou quase.
Eramos uns riquinhos mimados e filhos da puta que não queríamos nada coma a vida.
Depois que nossas mães nos castigaram, resolvemos juntar o dinheiro que escapou das garras delas para abrir um negócio próprio. Mas precisávamos de alguém que nos orientasse no caminho certo.
Me reuni com meus amigos delinquentes para assistirmos uma palestra, que já estava em andamento quando nossos queixos caíra no chão. Havia apenas um garoto de uns nove ou dez anos no centro da sala e falava sem parar, explicando um tópico atrás do outro.
O que mais me chamou a atenção, foi sua pequena e delicada estatura e aquela boquinha vermelha.
Quando o garoto sorria, seus olhos brilhavam e garras afiadas, arranhavam meu coração, que pulava em minha garganta.
"Eu quero ele!, meu cérebro gritava."
Ele era tão bonito, que eu o queria sequestrar e esconder só para mim. Engoli em seco ao encarar o garoto que andava de um lado a outro no palco improvisado, arrancando suspiros por toda parte.
Ora ele gesticulava com as mãos, ora as colocava no bolso da calça preta que vestia.
Quando o garoto pegou um copo d'água para beber, senti uma enorme sede e não consegui tirar os olhos daquele pescoço que era mostrado a todos. Um onda de ciúmes desenfreado, me apunhalou.
Eu queria que esse espetáculo fosse apenas para os meu olhos e não para os outros. Apertei os punhos. Meus amigos me encararam sem saber o porque de eu estar com tanta raiva.
_ Filme tudo. _ consegui falar entre os dentes.
Meus amigos obedeceram, encarando-se mutuamente.
Quando a palestra terminou, eu dei um jeito de derrubar o objeto de meu desejo no chão. Mas não esperava que meu plano desse tão certo, que caí sobre a pessoa que tanto queria em meus braços.
De canto de olho, percebi que ocorreu um efeito dominó, onde várias pessoas também caíram. Ninguém prestaria atenção a nós. Aproveitando a deixa, simplesmente dei vazão ao meu desejo de devorar ferozmente aquela boquinha vermelha.
Percebei que o garoto tentava se libertar, resolvei prender sua cabeça e aprofundar o beijo.
Quanto mais beijava aquela boca, mais queria beijar. Percebendo que o garoto debaixo de meu corpo estava quase desmaiando, deixei que ele se libertasse. Ficando de pé, aqueles lindos olhos cor de mel, me encaravam com raiva. Me levantei e me inclinei um pouco, sussurrei algo para que somente ele pudesse ouvir e fui embora de pau duro.
Desse dia em diante, não consegui dormir uma noite tranquila. Meus sonhos eram povoados com aquele garoto gemendo debaixo do meu corpo. Acordava sujo de gozo e envergonhado por desejar ardentemente uma criança.
Com o passar dos dias, percebi que era muito mais além de desejo. Esse garoto se infiltrou em meu sangue, carne e mente. Não o vê, meu dia era uma pesadelo. Os meus amigos estavam preocupados com essa paixão obsessiva que eu sentia por aquele menino.
Minha empresa estava indo muito bem. Cada dia novos clientes apareciam e era com a ajuda dele. Minha mãe, me vendo tão responsável, deixou de pegar no meu pé. Mas arrumou uma mulher para casar comigo, enquanto arrancava uma fortuna para gastar com seus "luxos". Fiquei fulo da vida.
Essa velha queria controlar todos os meus passos e era muito boa nisso. Meu pai não interferia em nada, apenas ficava nos olhando enquanto nos batia de frente.
Sempre tive a certeza que meu pai era um covarde. Só agora me dei conta que eu também era um. Então, como eu não dependia deles para mais nada, resolvi chutar o balde.
No dia seguinte, sai de casa e fui morar na empresa, num quartinho apertado que ficou mais ainda, com a chegada de Teo, Miguel, Caio e Fred. Todos haviam abandonado suas casas para ficarem livres.
Trabalhávamos dia e noite para que nossa empresa de transporte marítimo desse certo. Com a ajuda de Artur, meu amado assessor, que nos ajudava e priorizava nossos serviços, ganhamos uma clientela fixa e muito dinheiro.
Eu estava cada vez mais apaixonado por meu Artur. Muito ciente que ele era apenas uma criança e que não poderia fazer nada por agora.
Todos os dias, mandava um bom dia e uma rosa. Nos seus aniversários, mandava um presente especial que eu nunca vi usando. Fiquei muito frustrado com isso. Meus amigos, desdenhavam de lado.
Com o passar do tempo, me tornei solitário. Meus amigos se casaram com a pressão de suas famílias e eu era o único que não havia cedido para o horror da minha mãe.
Ela havia escolhido a filha de uma amiga sua que a há muito tempo não se encontravam. Uma cilada armada por minha mãe, de onde eu sairia noivo, fugi como o diabo da cruz. No dia seguinte, minha mãe, juntamente com minha suposta noiva, chegaram na minha empresa e armaram maior barraco. Não cedi um milímetro.
O tempo foi passando. Dois e maçantes longos anos se passaram, mas parecia trinta. Artur, estava com doze anos e a cada dia ficava mais deslumbrante e começou a chamar a atenção de homens e mulheres.
Eu, um pervertido filho da puta, coloquei alguém para vigiá-lo discretamente e tirar fotos dele para mim.
Eu babava quando olhava cada uma delas e mandei fazer uma moldura de ouro puro e coloquei uma delas lá. O efeito ficou perfeito quando coloquei no criado mudo do meu quarto. Todos os dias era uma tortura para mim. Eu o queria, mas ele era apenas uma criança.
Um dia eu terei que me casar com uma mulher para ter filhos, mas nesse momento eu precisava de alguém para saciar o meu desejo que estava prestes a explodir.
Depois que discuti com a minha mãe, ela me deixou em paz. Minha meta agora era encontrar alguém que não se apaixonasse por mim para fazer um acordo mútuo.
Eu daria uma vida luxuosa e ela, filhos. Como eu era filho único, sempre desejei ter os meus próprios.
Com isso em mente, comecei a procurar uma esposa. Eu teria que dá um jeito de encontrar o meu Artur pela a última vez, antes dele se tornar adulto.
Era véspera de natal.
Ruas, lojas e casas estavam todas enfeitadas. Várias empresas de ramos diversificados, começaram a fazer seus preparativos para a festas de seus funcionários.
Tudo era uma correria louca. Mesmo assim, estavam felizes pela festa, onde poderiam se esbaldar de comida e bebida.
Eu estava muito empolgado.
Nessa festa, meu amado cairia em meus braços mais uma vez. Tudo foi planejado cuidadosamente por mim. Meus pais, estavam descontente comigo e não viriam, o que me deixou mais sossegado.
A isca foi lançada, só esperando um certo peixe cair na rede.
Que pervertido! Adoroooo! rsrsrsrs
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Obsessão bl (sem revisão)
RomanceMe chamo Artur. Nem vou dizer minha idade. Desde muito cedo, conheci a dor e o desprezo daqueles que eu mais amei. Conheci um pervertido que me fez conhecer o que era amor, prazer e onde ficava o abismo mais profundo do inferno. Me iludi com suas p...