Depois que Eva morreu, fiquei muito amargurado.
Havia perdido o plumo da minha vida com a morte dela. Não havia percebido que ela era uma parte importante dela.
A ausência dela me mostrou isso e doeu profundamente. Principalmente, quando eu olhava para meus dois filhos, com poucos dias de vida.
Passei a jogar todos meus sentimentos, que eu desconhecia, neles.
Eu estava presente desde um banho, até uma troca de fraldas.
Meu emocional ficou mais maduro e passei a entender o que realmente era o amor. Entre pais e filhos, o chamado amor, era incondicional. Eu olhava para aquelas duas criaturinhas e meu coração machucado, se tornava mais inteiro e o sangramento, estancava-se aos poucos, mas ainda estava lá.
Muitas vezes, eu colocava a mão no meu peito para aplacar a dor que eu sentia. Meus pais e meu irmão estavam me ajudando nesse período em que eu estava mais frágil.
De Alex, não recebi nenhuma notícia.
Mas tive uma surpresa que eu não queria, nem em mil anos, ter.
Meu irmão caçula, foi inocentado de todas acusações e foi solto a cinco anos. E ele estava aqui na Flórida, trabalhando.
Fiquei tão focado em minha dor, escondido, que esqueci, que meus inimigos ainda estavam vivos e chutando.
Quanto aos outros, estavam vivendo uma vida de miséria e amarguras na prisão.
A desculpa da justiça foi que ele era apenas um adolescente de dezessete anos e foi obrigado pelos pais a ser cruel com seu irmão mais novo e participar de todas as suas torturas.
Obrigado minha bunda!
Ele era um participante ativo! Só foi livrado dos outros crimes porque ninguém encontrou provas contra ele.
Ainda a justiça o deixa sair do país!
Puta que pariu!
Eu mereço isso!
Diogo e Marília ao saber dessa história, procurou as autoridades da Flórida para vigiar esse inimigo, vamos dizer, quase oculto.
Depois de repassar um dossiê completo da história de Artur para o responsável, o programa de testemunha desse estado, começou todos os trâmites legais.
Uma semana depois fui chamado para assinar uma papelada no escritório do capitão Henry Frost e meus pais foram juntos comigo para me dá apoio.
A segurança na minha mansão foi triplicada. A polícia faria turnos de dia e principalmente, a noite.
Descobrimos depois, que mais gente da quadrilha estava em meu encalço.
O cabeça da quadrilha havia se livrado da prisão, deixando como bode expiatório, minha antiga família.
Se é que aquilo era chamado de família.
Eu estava em casa morrendo de tédio e decide ir para a empresa trabalhar um pouco.
Era apenas oito horas da manhã.
Tomei um banho, me arrumei, passei no quarto dos meus filhos, beijei-os e fui trabalhar.
Levei dois seguranças comigo e um carro disfarçado da polícia me seguia de longe.
Eu estava chegando perto de onde eu iria trabalhar hoje e estava olhando pela a janela quando vejo Mateus, meu suposto irmão de longe, trabalhando numa cafeteria, em frente ao cinema, duas quadras antes da minha empresa.
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Obsessão bl (sem revisão)
RomantizmMe chamo Artur. Nem vou dizer minha idade. Desde muito cedo, conheci a dor e o desprezo daqueles que eu mais amei. Conheci um pervertido que me fez conhecer o que era amor, prazer e onde ficava o abismo mais profundo do inferno. Me iludi com suas p...