Obsessão bl (sem revisão)

Flórida, quase dez anos depois

Dá a volta por cima, sempre é chave para superar muitas coisas! Chutar a bunda de alguém é melhor ainda! rsrsrsrs

Nesses quase dez anos eu mudei muito. Tornei-me um adulto bem centrado e recluso.

Fiquei alto, mas nem tanto.

Continuou magro, com longas pernas esbeltas, com poucos músculos definidos, mais parecendo com as de uma mulher, bem torneadas.

Minha bunda, era bem aredondada e quando eu vestia alguma calça mais apertada, até meu pai, me elogiava.

Eu odiava minha bunda.

Não sei porque cargas d'água fiquei com essa bunda tão chamativa.

Tornei-me um pouco frio também.

Nas poucas vezes que sai ou quando havia reuniões que eu fazia vídeo chamadas, minha beleza e juventude chamava a atenção de homens e mulheres. Ignorava cada um deles.

Meu irmãozinho, pirralho travesso, preencheu um pouco a dor que eu sentia em meu coração. Mas esquecer é difícil quando seu coração sangra todo dia.

N/T- dói pra cacete mesmo ("... ...")

Meus pais nunca souberam o que aconteceu naquela festa.

Tentaram de todo jeito saber, mas nunca descobriram.

Só sabiam que algo de muito grave havia acontecido para me deixar tão deprimido, confuso e com raiva

 Não questionaram quando eu disse que queria ir para um lugar bem longe. Não desejava ficar mais em São Paulo.

Escolhi ir para a Corea do Sul, onde moramos dois anos, enquanto eu assessorava empresas de renome lá e ficava mais afiado na língua coreana.

Meu irmão nasceu na Corea e minha mãe assim como meu pai, logo se acostumaram com a vida de andarilho mundial.

Depois moramos na África, Escócia e Filipinas até fixarmos raízes na Flórida, onde construí um império de trilhões de dólares de dentro do meu quarto.

Como no Brasil, meu nome era famoso por aqui também, mas eu tinha uma forte equipe para assumir as reuniões que eu não queria comparecer. Me tornei um homem recluso e de coração partido e isso sempre preocupou meus pais.

Eu, apesar do trauma do fracasso do primeiro alguma coisa(amor), passei a desacreditar nessa palavra.

Não tinha amigos ou namorada.

Aquele homem me marcou de uma maneira tão cruel que nem sei como seguir em frente.

Nem sei como eu consegui resistir durante tanto tempo com a dor latente que eu passei a sentir com o descaso dele com meus sentimento e sua traição. Acho que posso chamar assim.

Durante esses quase dez anos, além de assessorar empresas, passei a comprar algumas que estavam falindo e construí um conglomerado poderoso que arrancava muitos suspiros de inveja.

Nunca compareci a nenhuma reunião dessas empresas pessoalmente. Tudo era feito por vídeo conferência e pessoas de minha confiança, administrava tudo e no final eu auditorava e dava a carta final.

Era mais um dia como outro qualquer e minha mãe já estava pegando no meu pé para que eu saísse um pouco, arrumar amigos e uma namorada.

Eu olhava da janela do meu quarto o dia ensolarado e bonito que prometia ser e a lembrança do passado que eu queria arrancar da mente e coração, surgiram, me machucando mais ainda.