Este Muro Que Nos Separa

□ Capítulo 8 ■

   Não soube definir certamente onde estávamos, mas era uma rua com aparência de clássica com muitos carros parados no meio do asfalto como se o motorista tivesse saído em pânico. Pelo menos seria oque euzinha faria.

   — Ninguém te avisou que é feio mentir? — Falo para o monstro gigante em nossa frente. — Eu odeio gente mentirosa.

  O akumatizado está horrivel, seu corpo é um palhaço gigante, seu nariz é um verde ciano ou algum verde que tem nome bonito. Seus olhos são um rosa muito ofuscante e sua roupa é um xadrez entre verde e rosa.

  Desconfio que ele seja obra de Hawk Moth Mayura, já que não é possivel um akumatizado tão grande.

  Chat parte para cima do gigante, com seu bastão, porém o monstro o arremessa para longe com um tapa, então jogo meu ioiô em sua direção e o prendo no poste da mesma maneira que fiz quando nos vimos pela primeira vez, anos atrás, com ele de cabeça para baixo.

   Corro em sua direção e tento desamarra-lo enquanto o monstro vem em nossa linha de batalha, felizmente ele ainda está uma quadra de distância, acredito que de tempo de soltar os nós, já que o Miss Lie é mais lento que uma tartaruga andando.

    — Você está bem gatinho? Se machucou?

   — My lady, você sabe que nossos trajes não permitem isso. Mas obrigada por perguntar, estou bem. Agora vamos atacar esse mentiroso.

  — Espere Chat, acredito que ele não seje um akumatizado comum. Tipo ele é muito grande, não? — Pergunto, enquanto solto um dos últimos nós.

  — Tem razão. — Ele suspira. — E, enquanto eu te esperava, pude perceber que tem algo em suas costas, parece ser uma fechadura ou algo do tipo. Mas, ele também tem algo no seu peitoral, talvez a pluma e o akuma tenham atingidos locais diferentes? — Ele me olha enquanto faz uma cara de pensador, e então sua expressão mudatpara enjoo. — Agora é sério my Angel, tenta soltar rápido este último nó antes que — Nem dá tempo de ele terminar de falar, pois solto o último nó, e ele se esborracha no asfalto.  

Começa a passar o jornal no telão da rua. Estranho a notícia, como assim não tem nada acontecendo e que está sendo um dia bom para Londres? Literalmente tudo ao contrário... Tipo, a rua estava um puro caos, não tinha absolutamente nada de normal.

   — Acho que descobri o poder dele, my angel. Na verdade era meio óbvio, né? Todo mundo que estava aqui quando cheguei chamaram ele de mentiroso. Ele faz as pessoas mentirem, esse é literalmente o poder mais inútil que já vi.

— Chaton...

— Eu sei, eu sei. Vou tentar parar com comentários desnecessários — ele se levanta  e olha para mim. — Mas sério, preste bem atenção no peitoral, verá que tem algo estranho. — Ele para de me olhar e se coloca em oposição de ataque, o monstro está a uns vinte metros de distância. 

Começo a pensar no que Chat disse. Então decido usar o Talismã para saber que plano B fazer, ou então, se o objeto me ajudaria com o plano A.

   — Chat, me de cobertura por favor — Falo para ele enquanto me afasto um pouco e me escondo num beco entre dois prédios clássicos, para usar meu poder. — Talismã!!

  O objeto é meio estranho, parece ser uma moeda gigante, mas ela é meio curvada, como um casco de tartaruga. Felizmente era o que eu precisava para deter o monstro cor de rosa e verde, que estava cada vez mais perto de nós.

   Chat está a alguns metros, me dando cobertura caso necessário. E então, chamo sua atenção com um sussurro.

   — Gatinho! Me ajude a saltar, para que eu enlaçar ele com a cordinha. — Ele assente e então corre até mim, puxando-me pela cintura e me dá o impulso necessário para que possa prender meu ioiô em seu nariz gigante de palhaço.

Começo a enrolar o gigante com minha cordinha, o que faz ele cair no chão e se debater para se soltar. Fiquei girando em grandes círculos para que isso aconteça.

   Para evitar um grande impacto ao chão e um pouco de tontura, caio de joelhos.

    Chat vem em minha direção, e oferece sua mão para me ajudar a levantar.
Agradeço-lhe e ele sussurra meu ouvido, faço movimento de cabeça e ele e se afasta, subindo em cima do akumatizado.

   Durante toda a batalha, ou pelo menos a parte que estive, já que Chaton ficou com a parte, digamos, pesada, pude realmente perceber que algo faltava em seu peitoral, ele aparenta estar oco.

  — Cataclismo! — Chat destrói a fechadura das costas do monstro, a pluma sai, mas o monstro não se desmancha, e então, Chaton confirma o que suspeitei. — Uma parte do peitoral dele é oco my lady, porém aparenta ter uma coisa parecida com isso que você segura. Talvez seja de encaixar.

— Deixe-me ver — Falo enquanto me solto do ioiô, que enrosquei segundos atrás num poste aqui perto para me ajudar a subir nesse palhaço mentiroso.

  Chego perto de Chat, fazendo o possível para me equilibrar, já que o monstro não parava de se contorcer, ou melhor, espernear. Olho para o espaço vazio e sussurro um palavrão. — Será que encaixa? Mas, mesmo se encaixasse, e o akuma?

  — Não sei my lady, acho que só testando para ver. — Concordo com a cabeça e então tento encaixar a peça na outra. Estava quase desistindo, quando finalmente ouço um Clic.

  O akuma sai voando, o que estranho muito, porém mesmo assim, capturu-o, e então, o liberto como umalinda borboleta branca.

  Jogo meu ioiô para cima e então tudo se arruma, inclusive nosso monstrinho da vez.

  Eu e Chat nos dirigimos até o menino de aparentemente, uns quatro aninhos, que olhava para seu ursinho de pelúcia, com olhos marejados.

Nos agachados para ficar em sua altura.

  — Ei campeão! Não fique triste, huh? Todo mundo já foi akumatizado um dia, ninguém vai te julgar por ter ficado ressentido quando alguém mentiu para você, certo? — Falou meu gatinho, enquanto coloca suas mãos no ombro do garotinho. Confesso, que ver ele com uma criança me desmonta inteira, essa imagem, me faz pensar em algo impossível, em uma  vida impossível.

   O garotinho olha para Chat e nega com a cabeça, e então, olha para seu palhaço, é uma lágrima cai de olho.

  — Ei, não precisa ficar assim, tá tudo bem e— Sou interrompida quando ele sussurra.

  — Vocês não entendem.. eu menti para minha mamãe que meu palhaço havia quebrado, só para ele me dar um novo da nova edição limitada, mas ela disse que sabia que eu estava mentindo, e eu fiquei muito bravo por ela não acreditar na minha mentira, e então eu virei aquele palhaço gigante, e foi muito assustador e muito horrível e minha mamãe não vai me perdoar e — Chat o interrompe.

— Tá tudo bem campeão, juro, huh? E sua mamãe vai te perdoar sim, ela te ama e passa pano pra tudo que você faz. Agora vamos, suba no colo do tio Chat para que ele leve você a sua casa em grande estilo, sim? — O garoto assente, e Chat o pega no colo.

Eles estavam saindo, quando Chat diz, pegando em minha mão.

— Espere no relógio my lady, temos que conversar. — Assento, e então ele sai pelos prédios, perguntando ao menino onde era sua casa.

  Vou até o relógio, e espero Chat Noir voltar. Meu estômago está gelado e as borboletas parede que dormiram. O que Chat quer falar comigo? Por que estava tão sério, ao dizer que precisava conversar?

🐞

Desculpem qualquer erro ortográfico, e bom, quem é vivo sempre aparece... mas, tem alguém aqui?