Capítulo VI - Colapso

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Terça-feira novamente. Amélia Kusposnick, levantou-se, lavou seu rosto, pulou o café e foi direito para a escola, não ligou para nenhum de seus pais, eles que se resolvessem, ela não tinha coragem, nem energia e nem tempo para falar com eles. Amélia no entanto estava feliz, hoje era aniversário de um amigo especial, logo, teria uma desculpa para vê-lo na hora do almoço. Saiu correndo da escola quando deu a hora. Pulou também o almoço e tomou o metrô lotado com um sorrisinho sempre marcando as bochechas. Chegou na casa de seu amigo e sua secretária a deixou entrar, recebeu-a com um abraço e sussurrando em seu ouvido que sua visita não podia ter sido em momento melhor, pois seu patrão estava muito triste nas últimas semanas. Ela passou quase saltitando por um longo e alto corredor todo coberto por cortinados cor de creme, que brilhavam ao bloquear parcialmente a luz do sol. Amélia adorava aquele lugar. Ao chegar no escritório de seu amigo, ela bateu na porta e já foi botando seu rosto maravilhoso e brilhante para dentro. O rapaz se virou, incomodado, mas percebeu quem era antes de reclamar. Amélia tinha seus olhos nos meus e sorria. Eu também sorri.

Kusposnick, por Otávio BabalskyOnde histórias criam vida. Descubra agora