Capítulo 11

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(Podem ler este capítulo ouvindo a música: Crazy in Love- cover by Sofia Karlberg😉)
-Oh desculpa não sabia que estavas aqui- digo-lhe e ele olha para mim voltando depois a olhar para o chão.
-O que é que estás aqui a fazer?- pergunta-me.
-Vim só apanhar apanhar um pouco de ar- respondo e ficamos uns segundos em silêncio.
-Pronto já apanhaste ar, agora podes ir.
-Porque é que és tão rude e falas tão mal para mim- pergunto aumentando o tom de voz.
O Hardin fica surpreendido com o que eu disse e para de olhar para o chão fixando os olhos em mim.
-Eu falo assim para toda a gente, não é só para ti...
-Porquê?- pergunto.
-Sei lá, só não gosto de pessoas.
-Bom, eu não gosto de ti!- digo chateada e arrependo-me no momento a seguir. Ele dá uma risada e volta a olhar para baixo com as costas na parede.
-Se eu fosse a ti tinha cuidado com o professor Thompson de Latim- diz passado um pouco.
Sou apanhada de surpresa com este comentário e pergunto:
-Porque é que eu haveria de ter cuidado?
-Todas as aulas quando entras na sala não tira o olhar de ti, quase que te come com os olhos- diz com naturalidade.
Não consigo disfarçar o meu incómodo mal ele acaba de falar, fico estupefacta e olho para ele de boca aberta sem saber o que dizer.
-Isso é mentira!- digo chateada enquanto dou um passo na direção dele- Ele é só simpático porque eu também sou simpática para ele, por ele ser bom professor, mas tu não deves saber o que é simpatia...
-Ouch- diz o Hardin em tom de gozo e eu reviro os olhos.
-Estavas muito atento à forma como o professor Thompson olhava para mim...
Por momentos acho que não devia ter dito isto, não sei o que se está a passar comigo, eu nunca teria coragem para lhe dizer uma coisa destas...
-Não quero saber disso, só te avisei porque sim, se fosse a ti seguia o meu conselho- retalia ele.
-Se eu fosse a ti, se eu fosse a ti...- imito-o lançando as mãos no ar de uma forma exageradamente dramática- tu sabes sempre o que dizer não é mesmo?- estou irritada e não o consigo esconder no meu tom de voz.
-Estás bêbada, Theresa?
Theresa? Quem é ele para me chamar Theresa e fazer suposições sobre mim?
-Como é que sabes que eu me chamo...-impeço-me de dizer o resto e apenas falo- não estou bêbada.
-Mentirosa- diz o Hardin para me provocar.
Mal ouço isto fico ainda mais irritada e volto a dar um passo à frente dizendo alto:
-Como?? Nem me conheces! Como me podes chamar mentirosa? Não podes julgar as pessoas sem as conheceres, tu é que és mentiroso!- sinto-me uma criança a discutir por um brinquedo, como é que o álcool tem este efeito sobre mim?
-Agora quem é que está a julgar?
Enfureço-me mais e, sem saber o que responder apenas exclamo:
-Eu não sou mentirosa...
-Ai não?- provoca-me novamente- então é verdade que tu não és virgem?
As palavras dele caem como uma bomba e paraliso pela segunda vez esta noite. Fico sem saber o que dizer por isso apenas me calo.
-Pois... bem me parecia.- diz o Hardin que já se desencostou da parede e está virado de frente para mim a uns passos de distância.
Finalmente falo:
-Eu não sou virgem, tu não sabes nada sobre mim.
Perante a minha resposta, o Hardin move-se em passos lentos para mim ficando mais próximo do que eu esperaria. Tento afastar-me mas vejo-me encurralada entre o corpo dele e o prédio, ao encostar-me ao tijolo frio.
-Então quer dizer que...- a sua voz é baixa e serena e está com a cara a poucos centímetros da minha- já sentiste as mãos de alguém a percorrerem o teu corpo...- continua olhando para baixo com os olhos postos no meu corpo. Enquanto diz isto, toca-me no ombro com as costas da mão e suavemente move-a ao longo do meu braço, tocando de raspão na minha anca. Começo a respirar com um pouco mais de velocidade e fico arrepiada com a sensação que apenas o toque dele me está a causar.
Olho para os seus olhos, os seus lábios, mas ele continua a evitar o contacto visual esboçando um sorriso provocador enquanto se aproxima do meu pescoço e segreda-me ao ouvido quase me tocando:
-Já sentiste beijos ofegantes no teu pescoço...- sussurra e com as suas mãos prende levemente os meus braços ao tijolo do prédio- no teu peito...- os seus lábios estão a uma distância insuportavelmente pequena do meu pescoço- nas tuas ancas... nas tuas pernas...- o meu peito sobe e desce e não consigo pensar, raciocinar, estou sob o seu controlo.
O Hardin afasta a face do meu pescoço e coloca-a novamente perto da minha olhando-me fixamente nos olhos, até que me diz finalmente:
-Nunca sentiste alguém dentro de ti- sinto o seu hálito quente no meu rosto, o meu batimento acelera, o calor aumenta, assim como os arrepios e perco completamente o controlo das minhas ações. Inclino-me para a frente num movimento rápido e toco com os meus lábios nos dele. Apanho-o de surpresa e ele larga os meus braços para que eu os possa posicionar nos seus ombros, mas retribui o beijo aprofundando-o e encostando-me mais à parede. Faz movimentos lentos e torturantes com a língua e coloca as suas mãos nas minhas coxas elevando-as para o seu colo.
Não o devia deixar fazer isto, não devia estar a fazer isto de todo, mas não sei se é do álcool ou do Hardin, não consigo parar, não agora, não me controlo.

Não o devia deixar fazer isto, não devia estar a fazer isto de todo, mas não sei se é do álcool ou do Hardin, não consigo parar, não agora, não me controlo

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Continuo o beijo e coloco uma mão no seu cabelo entrelaçando os meus dedos nele. Não quero parar, e sei que ele também não quer parar, mas ao ouvir o som de um carro a passar na rua volto à realidade e vêm-me à memória as palavras da minha mãe, da Steph, e do nada paro, afasto a cabeça da dele e ele percebe que acabou pousando-me no chão. Não sei o que dizer, mas só me ocorre:
-Desculpa...

(Se gostaram deste capítulo votem e comentem por favor, assim dão-me ânimo para continuar a escrever capítulos como este que eu adorei escrever! 😊)

After- A whole new storyOnde histórias criam vida. Descubra agora