Já conhecemos a história original de After, mas e se a Tessa fosse uma estudante de Erasmus que vai estudar para uma universidade em Londres e aí conhece a Steph e o seu grupo de amigos incluindo o Hardin, por quem inevitavelmente se apaixona?
Esta...
(Sugestão de música: "Try me"- the weeknd ou "Falling for you"- the 1975) (desculpem se não sou a melhor a escolher músicas 😂)
O prédio do Hardin não é muito alto, tal como da Steph, e tem um aspeto antiquado no exterior, mas quando entramos no apartamento dele no último andar, vejo que até é bastante moderno. -Lar doce lar.- diz ele ao abrir a porta e eu observo o espaço atentamente. A porta de entrada dá para uma divisão com a sala de estar e a cozinha pequena em open space. A decoração é simples, minimalista e maioritariamente de cor preta, e há uma janela grande na parede à nossa frente. -Não me vais mostrar o resto da casa?-pergunto. -Há pouco para mostrar, só o meu quarto e a casa de banho. Eu sigo-o até uma porta à direita e entramos no quarto espaçoso. A mobília é novamente escura, tal como a da sala, mas o que me chama mais a atenção é a janela alta com um banco incorporado e almofadas. Há também alguns livros espalhados pelo quarto e subitamente vem-me à cabeça uma imagem do Hardin sentado à janela com um livro nas mãos, concentrado enquanto o lê e sublinha as melhores partes, a sua cara séria e uma madeixa de cabelo caindo na sua testa. O livro e a sua atenção ao lê-lo contrastam com o seu aspeto exterior, os braços tatuados, a roupa preta e uma corrente no pescoço. Genuinamente nunca pensara que o Hardin seria o tipo de pessoa que gosta tanto de ler, pelo menos nunca antes daquele dia no chalet. Mas, como se diz, não posso julgar um livro pela sua capa. Ele interrompe os meus pensamentos dizendo: -Podes dormir na minha cama, se quiseres... -E tu onde vais dormir? Ele senta-se na cama e tira a t-shirt, revelando as suas tatuagens nos ombros e tronco. -Se não te importares posso também dormir na cama. Eu começo a aproximar-me dele lentamente ficando à sua frente em pé. -Acho que não me importo- coloco as mãos no seu cabelo envolvendo-o, e elevo a sua cabeça para trás.
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Ele lambe os lábios e isso atua como uma ignição no meu corpo. Sento-me lentamente no seu colo, abrindo as pernas, e ele arregala os olhos com as pupilas dilatadas, limpando a sua garganta com uma tossidela. As minhas mãos vão do seu cabelo para os seus ombros e costas, e os meus dedos percorrem as linhas finas das tatuagens na sua pele clara. Encosto a minha boca à sua orelha e beijo-a dizendo: Sabes... uma das coisas que mais me deixa louca contigo são as tuas tatuagens. -Tudo em ti me deixa louco Tess.- ele diz e sinto como se fogo estivesse a percorrer o meu corpo até à ponta dos meus pés. Sem que ele contasse as nossas bocas embatem num beijo calmo e ardente que eu saboreio por completo. Encosto-me mais a ele e sinto entre as pernas o quão duro está. Começo a deixar leves beijos na linha do seu maxilar, enquanto as minhas mãos estão pousadas no seu peito agora. Ele beija-me com igual intensidade no pescoço e eu gemo quando segura as minhas coxas firmemente contra ele, sei que ele me deseja, e eu também a ele. -Hardin...- digo passando de volta para a zona logo abaixo da sua orelha e demorando mais naquele ponto- eu quero-te agora, por favor- quase que imploro respirando ofegante no seu pescoço. A minha mão vai para o cós das suas calças e acaricio-o por cima delas, o que o faz gemer. -Tessa...- ele tenta dizer, com a voz rouca. -Por favor Hardin eu preciso de ti, não quero esperar mais, estou pronta. Ele não diz nada e afasta-me um pouco, para que eu o possa encarar, e involuntariamente o meu olhar vai para os seus lábios grossos. -Tu... não queres, é isso?- pergunto em voz baixa. -Achas que eu não te quero??- diz com uma expressão admirada e continua: -Eu quero-te desde o dia em que me beijaste pela primeira vez, desejo-te com todas as minhas forças, mas não posso fazer isso enquanto estiveres nesse estado. Bebeste demasiado e amanhã quando estivesses sóbria novamente não me irias perdoar por ter deixado isso acontecer, nem a ti própria. -Eu sei o que estou a dizer Hardin, eu sei o que quero, e não há nada que eu mais queira neste momento sem seres tu.- empurro novamente os quadris na sua direção e aproximo os lábios dos dele de forma a fazê-lo sentir a minha respiração, sei que isso o deixa doido. Ele engole em seco e olha para os meus lábios prestes a ceder, mas depois acaba por dizer: -Não sabes o que estás a dizer, tens demasiado álcool no organismo. Queres mesmo não te lembrar da tua primeira vez amanhã de manhã? Nunca pensei que o Hardin tivesse a atitude mais responsável e, apesar de o desejar neste momento, tenho que concordar com ele. No momento em que vou falar, sinto líquido a subir pela garganta até à minha boca e corro para a casa de banho chegando felizmente à sanita a tempo de vomitar. O Hardin segue-me preocupado e, vendo-me debruçada e atrapalhada, agarra no meu cabelo e ajuda-me enquanto deito a quantidade absurda de álcool que consumi esta noite para fora. -Sentes-me melhor?- pergunta quando finalmente me sento encostada à parede fria da casa de banho. -Preciso de um banhoo- digo cansada e ainda enjoada. Não preciso de dizer mais nada, o Hardin liga o chuveiro e ajuda-me a levantar, saindo depois da casa de banho para me dar privacidade. Após um banho longo de água fria, enrolo a toalha no meu corpo e vejo uma t shirt e uns boxers dobrados no lavatório, que o Hardin certamente trouxe, e não consigo evitar um sorriso. -Obrigada por me emprestares a tua roupa...- agradeço quando saio da casa de banho já vestida. Ele está sentado na cama apenas com os boxers vestidos e tento afastar da cabeça todos os pensamentos que tenho neste momento ao vê-lo assim. -Se queres saber, fica-te melhor a ti- diz e dá uma risada, enquanto eu me deito também na cama ao seu lado. Ficamos a observar-nos por momentos e perco-me pela centésima vez naqueles seus maravilhosos olhos verdes que me encantam desde o dia em que os vi pela primeira vez. Inclino-me para ele apanhando-o de surpresa e, sem ele estar à espera, estico-me alcançando um livro que estava na sua mesinha de cabeceira. Abro com cuidado o livro na página onde está o marcador e passo o dedo por uma frase sublinhada:
"Não consigo descobrir em mim nenhum sentimento do qual partilhem as pessoas que aqui me rodeiam."
-É de Emily Brontë.- ele murmura colocando as mãos na nuca e deita-se na almofada. -Eu sei, um clássico. Continuo a procurar por citações nas páginas imaculadas do livro e começo a ler uma em voz alta: -"Ele está sempre, sempre, no meu pensamento. Não por prazer, tal como eu não sou um prazer para mim própria...- antes de eu acabar o Hardin continua por mim: -"...mas como parte de mim mesma, como eu própria." -Uau- digo dando uma pequena risada- sabes estas citações de cor? -Como disseste, é um clássico, e só sei algumas- comenta e depois pergunta brincando- porquê, ficaste impressionada? -Considera-me oficialmente impressionada ahahah- rio e deito-me virada para ele, que continua a olhar para cima. Passado uns momentos observando-o aproximo-me mais dele, e ele ao reparar, puxa-me para o seu peito nu e eu encosto-me nele sussurrando: -Obrigado por tudo hoje Hardin, mesmo... Ele beija a minha cabeça suavemente e adormecemos assim.
