𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄: dance of the unknown part 2.

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Amy Crawford  Point of View

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Amy Crawford
Point of View

Enquanto o café esvaziava, as palavras de James ecoavam em minha mente. A proximidade entre nós havia criado um espaço carregado de expectativa, e eu sentia o peso dessa tensão como se fosse uma entidade física. Cada vez que ele se movia, o ar parecia vibrar, tornando difícil manter o foco em qualquer outra coisa além de sua presença intensa.

O café estava começando a ficar menos atraente comparado à batalha mental que eu travava com ele. James parecia ser um enigma, um labirinto que eu estava ansiosa para explorar, mas com uma sensação crescente de que quanto mais eu me envolvia, mais complexa seria a jornada. Suas observações tinham a capacidade de desarmar qualquer defesa que eu pudesse manter, e a ideia de como ele via através das minhas camadas de fachada me fazia sentir ao mesmo tempo vulnerável e fascinada.

— Está perdida em pensamentos, Amy? — James perguntou, quebrando o silêncio que se instalou entre nós. Sua voz era um toque suave, mas carregada de um tom que me puxava de volta à realidade.

Eu olhei para ele, tentando recapturar minha compostura. — Não exatamente. Só tentando entender se você sempre é tão... envolvente.

Ele sorriu, um sorriso que era mais uma promessa do que uma reação genuína. — Ah, eu gosto de pensar que sou. Mas talvez seja apenas um reflexo da sua curiosidade.

Eu ri sem muito entusiasmo, tentando disfarçar o quanto suas palavras me afetavam. Havia algo nas entrelinhas de suas falas que parecia mais profundo do que simples curiosidade. James parecia ter uma habilidade única para fazer com que eu me sentisse como se estivesse jogando um jogo cujas regras ele conhecia melhor do que eu.

A conversa continuou, flutuando entre tópicos triviais e observações agudas, mas eu sentia a constante tensão que havia entre nós, um fio invisível que nos ligava de maneira irresistível. O tempo passava sem que eu percebesse, e o café se esvaziava lentamente. O ambiente ao nosso redor se tornava um pano de fundo para o jogo de poder que se desenrolava entre nós.

Quando finalmente nos levantamos para ir embora, eu percebi que havia me perdido na conversa, na presença de James. Saímos do café e o ar frio da noite me atingiu, trazendo uma sensação de clareza e alerta. A cidade brilhava ao nosso redor, mas o brilho parecia opaco comparado à intensidade do momento que acabáramos de viver.

— Eu devo voltar para o escritório — disse James, interrompendo meus pensamentos. — E você?

— Eu tenho um pouco mais de trabalho para terminar — respondi, minha voz soando mais firme do que eu me sentia. — Mas obrigada pelo café.

Ele inclinou a cabeça em um gesto de reconhecimento e deu um leve sorriso. — De nada, Amy. E lembre-se do que eu disse: vou estar observando. — Sua voz tinha um tom quase predatório, como se suas palavras fossem uma promessa de que nosso jogo estava apenas começando.

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