Uma resposta para sua confissão

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Assim que o Jungkook aparentemente consegue resolver seu problema na recepção e sobe as escadas com a turma que está sob sua tutela, consigo ressurgir detrás do grande vaso de plantas que decora a portaria. Suspiro mais tranquila pelo Jeon ter se ido, vou até a velha mulher de cabelos loiros e brancos, fico parada em sua frente e ela estende seus olhos pros meus.

— Boa tarde, posso ajudar? — perguntou, decerto ela já se esqueceu do meu rosto.

— Eu gostaria de trocar de quarto. — sorri ajeitando a minha postura.

— Não será possível, o último que havia espaço acabou de lotar. O mocinho acabou de ir pro trinta e seis. — especificou e uma corrente elétrica passou pelo meu corpo.

— Eu estou no trinta e seis! — arregalei as orbitas indo um pouco para trás.

— Sinto muito.

— Não tem outra pensão aqui perto? Um outro hostel? — juntei as sobrancelhas em um ato falho de fazer cara de dó.

— Não faço idéia e menos ainda propaganda gratuita de outros lugares, aliás deveria agradecer aos céus por ter uma vaga, somos muito disputados. — a mais velha perdeu a paciência e praticamente quis dizer "Caía fora e me deixe trabalhar em paz".

— Obrigada, doce senhora. — disse entredentes. Já que eu não tinha o que fazer e estou com o rabo entre as pernas, o que me resta é comer e evitar de chamar a atenção enquanto o Jungkook não me achou. Seria doloroso demais me encontrar com ele depois do eu disse, doeria menos se alguém cortasse a minha perna com pedaço de telha, se alguém me queimasse enquanto canta country atual ou se me socasse até eu perder a memória do que eu disse para o Jungkook.

Chego na grande cozinha e vou até a mesa onde está a minha turma de viagem. Dorothy sinaliza para mim que guardou o meu lugar, eu me aproximo e me sento exatamente ao lado da Doroh que se sente mais confiante quando eu estou por perto.

— E aí Melnik, foi ver o nosso quarto? — a ruiva cabeça de incêndio radioativo, piscou enquanto chupava seu macarrão.

— Sim e vê se aprende a não falar de boca cheia. — dei uma patada sem nem entender do porquê tinha sido grossa, dessa vez a mesma não fez nada demais.

— Tá' na TPM? — o Hope gargalhou ao passo que tenta abrir as conchas de ostras. Argh, iríamos jantar frutos do mar com macarrão, já não consigo mais comer apenas esse tipo de comida, então me sirvo somente do macarrão vegetal feito de tiras de chuchu.

— Deve ser. — respondo curta e reta.

— Melhor não mexer com a abelha rainha. — brincou a Zhanna articulando bem a boca pra falar só pra mostrar a comida dentro dela. Grrr! Eu não vou aguentar dividir o mesmo quarto que aquela mal educada, nojenta e idiota.

— Vocês parecem duas crianças, meu Deus. — Brian destacou rindo de nós. 

Após o jantar entre provocações e indiretas, Max, eu e Zhanna nos recolhemos para o trinta seis. Cada passo no corredor era dado com muito medo, mas mentalmente ia me preparando para dar de cara com o Jungkook. Mas o quê há? É só fingir que ele é invisível. Entramos no quarto que estão com suas camas parcialmente ocupadas, Zhanna como adora marcar seu território, expulsa na cara de pau um garoto que estava em uma beliche. Delicada como sempre. O nosso quarto é composto todo pelo sexo masculino, no momento, menos eu e um pouco Zhanna somos as únicas mulheres do quarto. 

Somos as únicas que estão também com pouquíssima roupa, eu ainda detenho a pior, com o biquíni que aperta cada vez mais aquela parte. Porquê a minha vida tem que ser tão fodida? Ok. Eu mereço, pois nunca imaginei que passaria por algo parecido.

Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook  (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora