É apenas uma peça teatral

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— Uma pena que a briga tenha estragado a nossa noite. Eu tinha esquecido que tinha tantos motoqueiros naquele lugar. — Noah relembra a noite frustrada que tivemos sexta-feira. Mesmo que para mim fosse um alívio que o encontro se encurtou, pois de fato não estava no clima. Porém, fico triste porque ele sim, parecia animado.

Anoto a estrutura da fórmula que o professor Powell passa rapidamente na lousa. Os experimentos que fizemos hoje em laboratório renderam um bom agente de limpeza, porém os meus saíram… Mais para um agente de destruição de qualquer coisa que toque. Nunca tirei uma nota tão baixa em uma atividade de química laboratorial. Mas, a verdade seja dita a minha semana está sendo odiosa, péssima, tão tóxica quanto o meu produto.

— Não tem problema, temos ainda um bom tempo pra sair. — solto com um sorriso e uma voz deprimente. 

— Isso é uma segunda oportunidade com a garota mais difícil do curso? — ele se aproxima de mim. 

— Ninguém disse que eu sou tão difícil assim. — sorri para o rapaz que se prendeu ainda mais em minha face.

— Os maiores inimigos do curso juntos? — Penélope lança perto de nós e insinua que Noah e eu temos algo. 

— Ex-inimigos senhorita Pe. — ele diz em uma risada. 

Os nossos risos e brincadeiras são interrompidas pelo último ponto final que o professor faz questão de colocar no texto gigante que é escrito em nossa frente e colocando em fim as aulas de hoje. 

Após me livrar do jaleco branco e higienizar as mãos corretamente. Saio da sala juntamente com a nova turma, são tantas pessoas que desistiram no primeiro módulo e outras que repetiram esse que praticamente, a sala se renovou.

— Ah, eu já ia me esquecendo da matéria de segunda que você pediu. — Noah me passa a folha com as anotações de ontem. Infelizmente, eu perdi a primeira aula porque a Zhanna desajustou o meu despertador.

— Grata. — recolho a folha. 

— Então…  Amanhã a gente se vê. — o de olhos marinhos se despede e se vai pela esquerda.

Caminho pelo corredor lotado de alunos que saem de suas salas no mesmo momento que a minha aula termina. Transformando-se em uma bagunça e para não ser esmagada, me desvencilho com habilidade da turma, escolhendo um rumo diferente.

E, ao virar a esquina, sou responsável por uma colisão. Derrubo uma prancheta que ela segura e quando ajudo a mesma a recolher, descubro ser a garota de cabelos laranjas chamada Alexia que tive a oportunidades de conhecer na casa de fraternidade da Sigma.

— Abigail! — ela se surpreende positivamente e me abraça não esperando nem que nos levantemos. 

— Alex... — me sinto esmagada e findo rapidamente o seu abraço. — Me perdoa, eu estou tão distraída hoje. — dou o famoso sorriso amarelo. Não sei como reagir, pois faz muito tempo que não a vejo. Como eu digo, é estranho pelo motivo de não saber como tratá-la.

— Não tem problema, eu entendo que deve estar sendo barra pesada esses  últimos dias. — seu semblante forma uma expressão de preocupação genuína e ela toca o meu ombro. Apesar de não conhecer muito Alexia, ela me transmite uma boa energia e também uma vontade sincera de me ouvir.

— E então… O que faz no bloco de exatas? — somente agora meu cérebro vincula a informação de que a laranjinha deveria estar perdida por aqui. 

— Eu vim tentar recrutar alguns atores para participar da minha peça. — a mulher destaca um panfleto e me apresenta o seu projeto. — É um trabalho obrigatório para contar na nota. Preciso de alguns voluntários para começar a seleção. Mas infelizmente, o pessoal do teatro é muito soberbo e se acham as celebridades do campus. — Alex revira os olhos.

Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook  (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora