Ventidue

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Point of View Alessia SarriTurim, Itália - 02 de junho de 2020

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Point of View Alessia Sarri
Turim, Itália - 02 de junho de 2020

"Oi amiga! Confirmado hoje às 16:00 :)"

Sorrio ao ver a mensagem de Georgina confirmando nosso café da tarde hoje no final da tarde. Aproveito para brincar um pouco com Chiara e, depois do almoço, quando meu pai chega do trabalho, aproveito para falar com ele.

- O que o senhor vai fazer daqui a pouco? - eu pergunto em dúvida, fazendo ele rir fraco.
- Até agora nada, por quê? - ele pergunta sem entender.
- Eu combinei de tomar um café da tarde com a Georgina. Você se incomoda se nós ficarmos lá em cima? - eu pergunto em dúvida e ele ri fraco.
- Claro que não, minha filha! - ele diz e eu sorrio aliviada. - Alessia, essa casa também é sua. Você pode e deve fazer o que quiser e convidar quem você quiser para vir aqui, minha filha. - ele diz e eu sorrio para ele.
- Eu sei, pai, mas eu realmente me sinto melhor perguntando antes. - eu digo e ele concorda, revirando os olhos.

Depois da minha rápida conversa com meu pai, aproveito para ligar para uma padaria refinada que havia aqui perto e peço algumas coisas para o nosso lanche. Depois de me confirmarem que não demoraria muito, desligo a ligação e corro para dar banho na minha pequena.

[...]

- Amiga, graças a Deus que você conseguiu vir! - eu digo aliviada para Georgina, quando nos sentamos à mesa, que estava linda, no terceiro andar.
- O que aconteceu? - ela pergunta sem entender o motivo do meu desespero, me fazendo rir fraco.
- Eu preciso conversar com alguém e precisa ser com você. - eu digo e ela concorda.
- Tudo bem, então vamos começar! Enquanto a gente conversa, a gente come também porque eu estou morrendo de fome. - ela diz sincera e eu gargalho enquanto me sirvo um pedaço de bolo de chocolate. - Começa, criatura! - ela diz impaciente, me fazendo rir.
- Então, como você sabe eu e Paulo estamos namorando. - eu digo e ela concorda sem entender o porquê de eu estar falando disso. - E digamos que de uns dias para cá, começamos a dar uns amassos mais quentes... - eu digo e ela sorri malandra.
- Meu Deus! Só de uns dias pra cá? - ela pergunta e eu rio. - Pensei que o Paulo fosse mais rápido! - ela diz e eu reviro os olhos.
- Aí é que está a questão, amiga. Eu acho que ele já teria tentado algo há mais tempo, acho que até se a gente estivesse só ficando. - eu digo e ela assente entendendo. - Enfim, há uns dias os amassos mais quente começaram e eu estou com medo. - eu digo e ela me olha arregalando os olhos.
- Ele está te forçando algo? - ela pergunta sem entender e eu nego rapidamente.
- Não! Claro que não! - eu digo rapidamente e ela assente mais aliviada. - Eu só estou com medo, amiga. Por tudo o que já aconteceu comigo. - eu digo e ela suspira antes de voltar a falar.
- Amiga, eu acho que você precisa verbalizar isso para o Paulo. - ela diz e eu nego rapidamente.
- Não, amiga! Ele vai achar que eu estou achando que ele vai fazer isso comigo, mas não é isso. - eu digo, sentindo meus olhos marejarem, fazendo ela me olhar atenta.
- Então me explica o que é que está acontecendo. Não tenha medo de verbalizar, Alessia. - ela diz e eu concordo, respirando fundo. - Você sabe que eu sou sua amiga, que eu nunca vou te julgar e vou estar sempre ao seu lado, né? - ela pergunta e eu concordo rapidamente.
- Eu sei disso tudo, amiga. E eu nem sei como te agradecer o suficiente por você estar aqui. - eu digo e ela nega rapidamente. - A questão é que a minha primeira vez, foi a única. - eu digo e ela arregala os olhos. - É, amiga, eu sei que isso é uma merda. Mas o que eu realmente quero dizer é que eu tenho medo de decepcioná-lo, sabe? - eu pergunto e ela nega rapidamente.
- Como assim decepcioná-lo, Alessia? - ela pergunta sem entender e eu respiro tentando verbalizar como eu estava me sentindo.
- Amiga, ele é um jogador de futebol. - eu digo e ela assente. - Ele já teve várias mulheres na cama dele. E eu sei que eu não vou chegar aos pés delas. - eu digo e ela nega rapidamente.
- Essa é a coisa mais estúpida que você poderia ter falado, Alessia. Paulo não está com você pensando em como pode ser o seu desempenho na cama. - ela diz convicta e eu deixo minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, fazendo ela levantar e se ajoelhar ao meu lado, me abraçando. - Você é incrível, Alessia. É foi isso que fez ele se apaixonar por você. Seu coração, seu caráter, sua filha. Tudo isso. - ela diz, limpando minhas lágrimas.
- Eu sei, mas eu tenho medo dele se decepcionar. Tenho vergonha do meu corpo depois de ter uma criança. É muita coisa na minha cabeça. - eu digo soluçando um pouco desesperada e ela me aperta em seus braços.
- Amiga, você sabe quando vocês vão transar? - ela pergunta e eu nego rapidamente. - E por que você está sofrendo por antecipação, Alessia? - ela pergunta e eu dou de ombros. - Você me jura que ele não está te pressionando nada? - ela pergunta e eu sorrio fraco, em meio às lágrimas.
- Juro, amiga. Eu só sinto vontade de tentar, sabe? - eu pergunto e ela concorda rapidamente. - Eu sei que pode soar bizarro, mas eu sinto que ele é o homem da minha vida. - eu digo e ela sorri.
- Isso não é bizarro. Isso é lindo. - ela diz e eu sorrio pra ela. - Quanto ao corpo pós gravidez, eu queria muito você ir pra um lugar muito feio. - ela diz e eu rio da cara que ela faz enquanto mastiga um donut. - Seu corpo está incrível, Alessia. E mesmo se não estivesse, é normal. Você teve uma criança. O corpo de nenhuma mulher volta ao que era antes após uma gravidez, mesmo que ela volte ao peso normal. - ela diz e eu concordo.

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