Josie P.O.V.:
Faltava pouco tempo para eu subir aquele altar. A Penelope já devia estar à minha espera. Eu estava uma pilha de nervos, afinal só me pretendia casar uma vez na vida. O meu vestido estava no meu corpo, sem maquilhagem na cara e a Lizzie estava a acabar o meu cabelo. Enquanto a escova deslizava pelas minhas madeixas comecei a recordar tudo o que passou no último ano e meio. Era de loucos estar a me casar depois de apenas este período de relação, no entanto, sentia que era com ela que eu pertencia. Foi a pessoa que nos últimos momentos me apoiou em tudo e se importou comigo mais do que ninguém. Eram os pequenos detalhes, as mínimas coisas que ela se lembrava que eu gostava. A importância que ela dava também aos meus assuntos e à minha família. Quando tive a notícia de que o meu pai e a minha mãe não conseguiam vir ao casamento, senti o meu coração a partir mas ao mesmo tempo a Penelope ficou igualmente destroçada enquanto falávamos por video chamada com eles. Por vezes esquecia-me de comunicar com os meus pais e a Penelope é que agendava uma chamada e nos unia.
"Como te sentes?" - perguntou o MG que tinha entrado no quarto, ele era o meu padrinho de casamento.
"Nunca estive tão nervosa?"
"Mas não estás com dúvidas pois não?"
"Não! Nos meus planos não estava escrito casar-me antes dos trinta, mas ás vezes são os planos inesperados que são os melhores e este está sem dúvida a ser a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo. Afinal olha para a minha vida, tenho um emprego fixo, assinei um contrato com uma gerente e vou ter uma exposição na Alemanha... vou me casar com a mulher que amo! Que mais podia pedir?"
"Nunca te abstraias de pedir mais. Podem sempre acontecer novidades fantásticas. Tu mereces tudo mana."
" Liz... obrigada."
"Vá, nada de ficar emocional que não queremos estragar a maquilhagem. MG! Passa-me um elástico." - o visual que a Lizzie estava a preparar era algo simples, um coque e flores pequenas presas no meu cabelo.
"Já está."
"Estou pronta" - era incapaz de esconder o sorriso que se espalhou na minha face.
"Não te falta nada?"
"Pai?" - corri até os seus braços. O que durou pouco tempo porque a Lizzie rapidamente nos separou com a desculpa que não podia estragar o trabalho que ela tinha acabado de ter.
"O que fazes aqui? Pensei que tu e a mãe estavam amarrados em trabalho."
"Acabámos por conseguir adiantar trabalho e os nossos chefes deram-nos este fim de semana."
"Lizzie tu sabias disto?"
"Sim. Desculpa, Jo mas era uma surpresa que todos te queríamos fazer."
Afinal a minha felicidade podia aumentar, senti-a que ia explodir de emoções. A minha mãe foi a seguinte a entrar no quarto. Estava a fazer bastante esforço para as lágrimas não me escorrerem pela cara. Ter os meus pais num dos dias mais especial da minha era muito importante para mim. Chega-me a dar pena a Penelope não ter os dela aqui e terem uma relação tão difícil.
"Jo. Não acredito que o primeiro dia que vamos conhecer a tua noiva cara a cara é o dia do vosso casamento. Se ela te magoar eu juro-"
"Mãe a Penelope não era capaz de tal coisa."
"Só te estou a tentar proteger, sabes, coisas de mãe. Agora, sei que deves estar nervosa. Eu quando casei com o teu pai estava. Mas foi a melhor decisão que fiz. Sentes o teu coração a bater forte e as borboletas na barriga quando estás com ela?"
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Crossed ways | Posie | PT
FanfictionNão estava nos planos da Penelope encontrar uma nova paixão no sítio onde trabalhava todos os dias. A monotonia dos seus dias muda quando por aquela porta entra alguém que lhe desperta a atenção. Será que os seus caminhos estão destinados a se cruza...