Capítulo 38

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- Vamos ? - Peter apareceu na porta, agasalhado com um casaco e uma touca.

- Já chamou o Uber ? - Carol desceu as escadas já arrumada também.

- Eu pedi para meu motorista ficar à minha disposição hoje.- Peter sorri. - Não vou deixar vocês ficarem andando de uber pra lá e pra cá ! E caso a senhora Melaine saia hoje do hospital, ela precisa de um carro não é ? Não vou deixar vocês ficarem gastando dinheiro sem necessidade!

- Tem razão ! - Carol assentiu, veio até mim e passou a mão no meu rosto. - Vamos amor ? - Balancei a cabeça afirmando, ela me estendeu a mão e saímos de casa.

O trajeto foi silencioso, Peter sentou no banco da frente ao lado do motorista, Carol sentou do meu lado e segurava a minha mão desde o início, sentia seus carinhos ternos na minha mão. Olhei para fora acompanhando os prédios, arvores e ruas passarem rapidamente. Em todo momento sentia o olhar preocupado de Peter sobre mim,pelo retrovisor.

Assim que saí do carro me deparei com aquele enorme hospital, a mesma sensação ruim, que sempre tenho, veio, inevitavelmente. Detesto ir a hospitais desde o dia da morte do meu pai.

Carol segurou minha mão. - Eu sei que você não gosta de vir em hospitais..- Ela me abraçou de lado enquanto Peter só observava. - Mas eu estou aqui com você meu amor ! Eu vou enfrentar tudo ao seu lado, sempre ! Não se esqueça disso nunca ! Eu sou sua melhor amiga, e você é o meu melhor amigo, hoje e sempre ! - Ela sorriu e beijou meu ombro. - Agora vamos entrar que a tia Melaine está te esperando para te dar um belo de um abraço ! - Sorri, segurei sua mão e entramos juntos no local, mesmo cheio de calafrios.

Demos nosso nome no balcão e esperamos até que um doutor, muito jovem por sinal, nos atendeu e nos levou até o quarto onde estava a minha mãe. Assim que a porta se abriu eu chorei, não de tristeza, mas sim de emoção, ao vê-la viva, ao vê-la bem !

Fui até sua cama e a abracei forte, choramos juntos abraçados um ao outro. - Oh mãe ! Eu fiquei com tanto medo de te perder !

Ela fazia carinho na minha cabeça. - Eu também meu filho ! Eu também fiquei com muito medo de te perder, te deixar sozinho ! - Ela chorava em meus ombros. - Saiba que se eu resisti foi por você ! - Ela me olhou e encheu meu rosto de beijos. - Você é tudo de mais precioso que eu tenha nessa vida ! Você é meu maior tesouro ! Minha razão de viver !

Depois de longos segundos agarrada a mim, ela chamou a Carol e chorou ao abraça-la também. - Muito obrigada minha filha ! Por ter cuidado dele, sei que esse susto foi muito grande !

- Eu vou cuidar dele sempre tia ! Eu amo ele ! Ele é meu melhor amigo, o amor da minha vida também ! - Carol falou olhando pra mim ainda abraçada a minha mãe, chorando muito também.

- Muito obrigada mais uma vez Ali ! - Minha mãe abraçou sua melhor amiga. - Sem você eu não saberia o que fazer amiga !

Tia Aline sorriu. - Melhores amigas são para sempre e para todas as ocasiões ! - As velhas amigas se olharam sorrindo

Minha mãe olhou para Peter. - E pelo visto, vocês dois se entenderam não é ?

Vi uma feição triste assumir o rosto do moreno. - Na verdade... - Ele começou a falar.

- Na verdade eu resolvi dar uma segunda chance a ele ! - Disse rapidamente, ele olhou para mim incrédulo. - Todos nós erramos, e ele confessou os erros dele ! - Sorri. - Eu o perdoei e estou disposto a seguir em frente ! - O sorriso em seu rosto ficou enorme, era evidente o quanto ele estava feliz.

O médico entrou no quarto com uma prancheta. Olhou para todos nós e fechou a porta. - Bom ! - Ele começou a falar. - Tenho uma notícia boa, e uma não tão boa assim. - Ele suspirou e ajeitou os óculos. - A boa é que a senhora vai ganhar alta hoje ! Os ferimentos não são graves, só necessitam de curativos e cuidados que vocês mesmos podem fazer...

O Hétero Popular da EscolaOnde histórias criam vida. Descubra agora