As gaivotas ainda voam

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Caminhando nas areias da realidade
Num sonho surreal
Pensei se resta algo de verdade
Nesse breve delírio superficial
Em que andamos vivendo

Pensei nas montanhas azuis
De seu olhar tão sincero
Que sorri para mim
Pensei em quando apagamos a luz
E dançamos no escuro

Pensei nas águas da eternidade
Banhando nossas mentes
De medos do futuro
Saudades do passado
E a união de nossos presentes

Tudo que me restou foram perguntas
Será que a lua sente medo do escuro?
Será que as formigas se apaixonam?
Será que o trovão é frágil e inseguro?
Será que os poetas voam?

Ninguém conhece nenhuma verdade
Alguns dormem
Outros escrevem

(Felipe Reis)

Pássaros da Polônia ou: Leito dos Solitários DesatinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora