Rosas sem espinhos

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Deite-se numa nuvem
Sinta um ar de serenidade,
Os fluidos da eternidade
Suspensos num sonho de anil

Bata as asas como ícaro
E veja do fundo do mar
O nascer do sol e o poer do luar
Navegue como Odisseu
Pelos devaneios naufragados
Que se perderam em você
Ainda aguardam famintos e desidratados

Chore pelas rosas esmagadas
Que tiveram seus espinhos cortados
Abandonadas com suas raizes manchadas
Pelo mero prazer estrangeiro
De uns amores engarrafados

(Felipe Resende)

Pássaros da Polônia ou: Leito dos Solitários DesatinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora