Quando o sol nascer

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Há saudade nos cantos escuros dos quintais
Onde as flores ainda lembram do amor
E sabem também que nosso adeus
Não será para sempre jamais

Esse não é o mesmo sonho
Que sonharam os demais sonhadores
Desse sonho não se acorda
Nem para ver o sol nascer
E que se danem os despertadores

Só temos o céu como testemunha
E as horas como juízes temporais
Temos nas nuvens o nosso palácio
Nos nossos sonhos surreais

Pelas ruas de pedras tortas
Vagamos em segredo
Olhando para as casas mortas
Pelo desprezar das areias do tempo
Olhando para o que vai ser de nós
Quando o sol nascer
O que é que vai ser?

(Felipe Resende)

Pássaros da Polônia ou: Leito dos Solitários DesatinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora