TWENTY

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Pov's Shivani Paliwal

— Qual é o motivo de Shivani Paliwal Pallavi está sentada enquanto uma festa está rolando em sua frente ? - Krystian pergunta sentando na banqueta que estava vazia ao meu lado. -

— Bailey May. - Respondo sem nenhuma empolgação. -

— O quê ? Você tem um caso com Bailey Cabello May ? - Ele praticamente berra. -

— Qual o seu problema com nomes completos ? Não é mais fácil falar apenas Shivani ?

— Caladinha, me conte o que aconteceu.

— Amado, nós estamos em uma das boates mais badaladas da cidade e você quer saber da minha vida entediante ? - Krystian faz cara de pensativo e responde. -

— Na verdade não, só vim dar um de amigo que se importa por sua amiga estar triste em meio a uma festa. Eu vim aqui foi pra ti puxar pra pista mesmo. - Ele segura minha mão e me guia até onde estava Hina. -

— Eu tinha te procurado por todo lugar e não tinha te achado. - Hina fala enquanto Sabina esfrega sua bunda na da japonesa em meio a multidão. -

— Então não procurou direito, porque eu estava no bar. - Hina sibila um "grossa" e eu começo a dançar ignorando completamente sua fala. -

   Hina e Krystian estavam se pegando enquanto eu e Sabina estávamos dançando igual duas loucas. Não sei o que deu em mim, apenas saí em direção aos meus amigos que estavam se pegando e me envolvi entre eles iniciando um beijo triplo. De início Hina e Krystian me olharam assustados, mas logo depois retornaram ao beijo, que por sinal estava muito bom.

Pov's Bailey May

   Eu não estava conseguindo nem ficar em pé mas. O efeito da cocaína estava passando e eu necessitava de mais, me estiquei um pouco no sofá para alcançar o pacotinho com um pó branco que estava encima de um centrinho de vidro no meio da minha sala, mas fui interrompido pelo barulho da porta da minha sala abrindo.

— Levanta daí cara. Vamos tomar um banho e amanhã nós temos essa conversa.

— Eu não quero, me deixa Lamar.

— Deixa de corpo mole e levanta daí. Não foi homem para se jogar nas drogas ? Então seja homem para levantar e admitir para seu pai o que fez, porque você sabe que o exame de sangue que você fará para seu pai ter a certeza de que você largou essa porcaria será daqui a dois dias, e se essas merdas de cocaína, maconha e álcool não saírem do seu corpo daqui até o dia você está ferrado. - Lamar tenta me puxar do sofá mas desiste quando ver que não vou ceder. -

— Foda-se, se ele quiser tirar a empresa de mim que ele tire. Nunca quis essa porcaria mesmo.

— Vai agir como criança birrenta agora ? - Apesar de estar drogado eu consigo sentir o desgosto eminente na fala de Lamar. -

— Ele agiu como uma quando abandonou minha mãe naquela porcaria de hospital para que ela ficasse vegetando até a morte, e ainda deu a desculpa de que não tinha mais nada que fazer. Ele poderia ter dado a ela uma morte digna pelo menos. Ele tinha dinheiro suficiente para pagar um tratamento até onde ela aguentasse porra!

— Sua mãe morreu cara, isso é uma desgraça, mas não é motivo para você ficar se drogando, se continuar assim você vai acabar tendo uma overdose e morrendo.

— Não faria falta para ninguém, seria um favor para meu pai. Ele não teria um peso nas costas causado pelo filho drogado e você não teria que vir no meio da madrugada na minha casa para tentar me salvar. Seria o melhor para todo mundo. - Dou um sorrisinho cínico para Lamar que ainda me olha em desaprovação. - Qual é Lamar ? Dá para me deixar em paz ? - Meu amigo me agarra pelas pernas e me levanta me levando para o banheiro, lá ele me solta na banheira e abre o registro do chuveiro. -

— Quando eu voltar aqui espero que você já esteja vestido, tá me ouvindo ? - Eu fico calado e ele sai do banheiro. -

   Tomo um banho rápido e de forma desajeitada por não estar raciocinando direito, saio da banheira enxugo meu corpo e coloco um short que estava pendurado, depois saio do banheiro, me jogo na cama e acabo dormindo.

Pov's Shivani Paliwal

   Já era 3:47am e eu estava morta de cansada, eu e Krystian éramos os únicos sóbrios do quarteto, então eu fiquei responsável por Sabina, e Krystian por Hina. Depois da birra que Sabina fez na boate por não querer ir embora eu tirei ela de dentro daquele lugar a força e a deixei em sua casa, deixei seu carro na garagem e pedi um carro no aplicativo para voltar para casa, chegando em casa tomei um banho e me joguei na cama pegando no sono, aquele dia tinha sido intenso.

Dia seguinte

   Não estou com saco nenhum para ir a faculdade hoje, parece que passou um caminho encima do meu corpo ontem a noite, estou toda dolorida. Acordei por volta das 9:30am. Fiz minhas higienes pessoais e desci para a cozinha, minha mãe estava na sala assistindo algo, e creio que meu pai já tenha saído para o trabalho.

— Bom dia mãe !

— Bom dia minha filha, tem panquecas prontas encima do fogão se você quiser, a Dona Ana deixou prontas para você. - Ela fala sem desviar os olhos da TV. -

— Obrigada Dona Ana, você é a melhor !  - Grito para a senhora que estava regando as flores no jardim, ela apenas sorrir para mim e volta ao trabalho. -

   Entro na cozinha, pego minhas panquecas e vou para a sala de jantar que ficava próxima a sala onde estava minha mãe.

— E como vai a nova coleção na empresa do seu pai filha ? - Minha mãe pergunta. -

— Aah, está tudo dando certo, fiz até uma amiga que estava modelando junto comigo, ela estava aqui com o pessoal enquanto a senhora e o papai estavam na Índia.

— Que legal, tá vendo que essa profissão não exige tanto profissionalismo como você disse, Conseguiu até fazer amizades nesse meio. - Aproveito para revirar os olhos já que minha mãe não estava vendo. - Não revira esses olhos gigantes para mim que eu sou sua mãe. - Dou uma risadinha por sua fala. -

— Até que é legal, mas a senhora sabe do que eu realmente gosto.

— Sim filha, mas seu pai não apóia a dança, na cabeça dele a arte não leva ninguém a lugar nenhum.

— Sim eu sei. Falando em dança, hoje a noite vou para a casa da Sabi okay ? Vamos fazer a noite da dança na casa dela novamente, como quase todo dia nós fazemos para relaxar. Irei dormir no meu apartamento. - Minha mãe concorda com a cabeça. - Mãe, eu queria falar uma coisa com a senhora e o papai, acho que já está na hora.

— Pode falar filha. - Ela direciona seu olhar para mim. -

— Prefiro que o papai esteja aqui quando eu contar, chame ele para almoçar em casa e na hora do almoço eu conto.

   Minha mãe apenas afirma mais uma vez com a cabeça. Termino meu café, deixo o prato na pia e subo para meu quarto. Como não tenho nada para fazer, eu resolvo organizar meu closet de uma forma diferente do que estou acostumada. Estou ansiosa para a notícia que eu irei dar aos meus pais nesse almoço, espero que eles reajam bem, aliás, eles sempre foram muito apegados a mim.

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WRONG - Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora