Capítulo 8- Casa de Hécate

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Nathan

O amuleto, precisa ser feito para Eneia, por esse motivo eu o acompanho até a morada dos filhos de Hécate. Tal lugar sempre me passa uma sensação desconfortável. A caminhada continua silenciosa, ainda não entendo o motivo de tal desconcertado quando estou em sua presença, como se eu estivesse atraído como uma mosca à luz; claro que suas feições são belas, seu caminhar, mas.... Tem algo a mais.

A morada é tingida de mármore preto, com grandes arcos em seu entorno, de todos as casas, é a que mais emite uma aura sinistra, normalmente todas as atividades são programas e respondem diretamente ao conselho, menos a deles. Um grande porta lisa é a única entrada, não tem como entrar, a menos que um deles o abra e é exatamente isso que ocorre, um grande estrondo e um vento frio acompanhado pela aparição de uma menina, não mais que oito anos de cabelos roxos e olhos alaranjados.

-Preciso de um amuleto para o Novato.- profiro

- ELA VAI VÊ-LOS,VENHAM, MAS NÃO SE ESQUEÇAM É PROIBIDO TOCAR EM ALGO - transmite uma voz doce e claro em minha mente.

"Ainda não estou acostumado com isso"

Eneia fecha sutilmente o punho e percebo o seu também desconforto, adentramos o espaço o clima muda do quente para um local gelado; mas suportável. O espaço é aberto, estilo de um típico yurt, o teto é uma ilusão de nuvens cinzas escuras , possui diversas tapetes de diversas figuras e cores colocados nas paredes, aquele na minha esquerda chamou minha atenção pela cor laranja, com linhas brancas e a traçados os métodos de esquartejar um bebê. Juntos com os tapetes adornados há portas nas paredes sem maçanetas, apenas isso, não há aparentemente ninguém além de nos três. Compreendo que estão utilizando um véu para esconderem o que realmente há.

A grande porta, é subitamente fechada e a paisagem muda para uma casa nobre com diversas mobílias, paredes claras e então, avisto Jeniffer sentada no chão luxuoso parada, olhando para seus visitantes. Sua pele é morena e possui cabelos avermelhados, olhos avermelhados, trajando uma camisa preta gigantesca e descalça. Seja educado com ela ou sofra as consequências; outra regra silenciosa do acampamento.

- Olá, Jeniffer, como está? – pergunto, me curvado.

- Nathan, pode ir, Yulia vai te acompanhar- responde olhando profundamente em meus olhos, como estivesse adentrando em minha mente.

A segunda vez em um mesmo dia, que sou mandado educadamente para esperar do lado de fora. Subitamente minha garganta fica seca, e a mente pesada, viro-me para Eneia , olho profundamente em seu olhar gélido azul-claro e digo:

-Eneia, outro lado... a ajuda.

Ele confirma sutilmente com a cabeça, e lança-me um meio sorriso.


O Filho de AfroditeWhere stories live. Discover now