Capitulo 2

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SABINA's POV

Entro na minha Cabana e apenas a Menina Loira está lá dentro.

- Oi! - o silêncio continua tomando conta do lugar, eu fiquei completamente no vácuo. Nem sei porque eu resolvi dar oi pra ela, estava estampado na cara dela que isso ia acontecer.

Volto a focar em arranjar um local para minha mala. Haviam 2 cômodas 4 gavetas cada, e 2 beliches, então eu chuto que seja 2 gavetas para cada menina. Eu pego a beliche oposta da garota, coloco minha perto da cômoda e resolvo começar a arrumar. Depois de uns 10 minutos de puro silêncio, um barulho na porta chama nossa atenção. Outra menina loira entra.

- Ops, desculpa todo o barulho, minha mala está um pouco pesada, sabe? - a tal menina fala tentando colocar sua grande bagagem para dentro do quarto.

- Deixa que eu te ajudo! - Falo indo em direção a ela e a ajudando com sua mala.

- Muito obrigada. Foi um caminho difícil até aqui. Meu nome é Sina aliás!

- Sabina! Prazer Sina! - a garota para e olha a mimadinha que não deu uma palavra até agora, e como de costume, ela continua quieta. - Você pode dividir a beliche comigo, se quiser.

- Ah claro! Você está na de cima ou não de baixo?

Nós ficamos lá por um tempo organizando tudo, e nessa da tempo da última menina chegar, era uma morena muito bonita. Ela foi super simpática conosco e até fez com que a filha da dona soltasse algumas palavras.
Conversamos até não poder mais, que no caso foi quando uma alta sirene tocou e foi anunciado que éramos para nos encontrar no refeitório. Eu não fazia ideia de onde era o refeitório, então provavelmente era só seguir as placas, tipo em uma caça tesouro. Sina e a morena foram na frente, ela se aproximaram bem de pressa. Eu saí um pouco atrasada porque estava procurando um lugar para pegar sinal. A filha da dona e eu saímos juntas da cabana, e quando olhamos em volta, estava tudo completamente vazio. Todo mundo já havia ido para o refeitório, graças a Deus a loira conhecia aquele lugar com a palma da mão dela.
Enquanto caminhávamos, eu ainda estava tentando achar algum pico de sinal, e continuava falhando, eu levantava meu celular cadê vez mais alto, e nada.

- Você tá bem? - a loira solta uma frase me surpreendendo.

- Ah sim. Eu sei que pareço uma retardada, mas só estou tentando achar sinal.

- Se fosse você, eu desistia. É impossível achar sinal por aqui.

- Ah, que ótimo! - eu guardo meu celular no bolso e nós continuamos andando em silêncio.

Nós chegamos no refeitório e uma moça começa a explicar sobre o acampamento e toda a história por trás deles. Depois de explicar as regras e deixar bem claro que meninos não poderiam ir para a área das cabanas das meninas a partir das 23h, a moça resolve servir um café da manhã para aqueles que quisessem. Como já havia comido mais cedo, eu apenas pego uma maçã, e continuo lá até segunda ordem.

—————-Quebra de tempo————

O dia em si foi bem tedioso, como eu já esperava. Nós apenas fizemos um tour pelo acampamento, que era enorme, depois mostraram o lugar onde nós reuniríamos de manhã, e enfim fizemos uma atividade de integração, que foi bem ruim.
Quando menos percebi, já estava escurecendo. As monitoras deram ordem para que nós voltássemos às cabanas e nós preparássemos para dormir. Começo a andar a trilha com o resto do grupo de meninas enquanto os meninos iam para outro lado. Depois de um tempo percebo que a menina mimada estava do meu lado, acompanhando meus passos.

- Sobre a história do sinal, eu acho que... - ela olha para o chão com timidez, e não termina a frase. Eu olho para ela e então ela continua. - eu conheço um lugar onde o sinal pega, não perfeitamente mas da pro gasto.

- Sério? Onde é? - eu paro de andar e o resto das garotas vão ultrapassando a gente.

- Você não conseguiria chegar. - ela debocha de mim e então me puxa para o meio das árvores.

- Você endoidou? A gente vai ser comida por alguma coisa se continuarmos aqui.

- Relaxa! Confia em mim, eu conheço esse lugar de trás para frente.

Eu deixo ela ir na frente me guiando, e ando cautelosamente, enquanto penso em que tipo de situação fui me meter. Imagina se alguém encontra a gente aqui, ou pior, imagina se ninguém encontra a gente? E nós ficamos perdidas para sempre. Um tempo se passa e nós chegamos em uma trilha bem escondida. Depois de uns 10 minutos de caminhada, eu resolvo quebrar o silêncio.

- Mas então, eu ainda não sei seu nome. - ela fica quieta. - eu posso me referir a você como "a garota que me trouxe para o meio da mata para só Deus sabe o que". - ela solta uma risada tímida e eu rio junto.

- Joalin... eu me chamo Joalin.

- Bom Joalin, o meu é Sabina, prazer em conhecê-la!

- Igualmente!

Após andarmos mais 10 minutos, nós chegamos em um lugar bem bonito. Era um lago com alguns caiaques e um torre de madeira, como se fosse uma casa na árvore. Joalin vai subindo na torre como se já conhecesse o lugar a décadas, e eu apenas a sigo. Entrando na casinha, eu vejo tudo bem organizado, havia almofadas no chão, alguns salgadinhos, livros e entre outras coisas.

- Eu costumo vir aqui desde pequena. Quando minha mãe comprou a propriedade, eu saí explorando por aí, e então achei esse lugar. Essa casinha estava um nojo, mas com os anos, eu fui aperfeiçoando.

- Ela parece bem maneira. - eu falo enquanto olho em volta do lugar.

- Bom, sinta-se a vontade para usar o seu celular, aqui tem um sinal razoável. Só não demora muito por que temos que estar nas cabanas antes das 20h.

Eu pego me celular e me sinto aliviada ao ver que as mensagens estavam chegando. Eu mando mensagem para minha irmã, a atualizando das coisas por aqui. Também mando mensagens para meu melhor amigo Pepe, e por último uma mensagem para minha tia. Ao terminar tudo, vejo que Joalin estava focada lendo um livro. Ao batermos o olho no relógio, já eram 19:40, e não chegaríamos no dormitório antes das 20h, se não nos apresássemos. Joalin sai correndo e eu saio correndo atrás dela. Um tempo depois eu sinto uma dor muito aguda no meu braço, e então solto um grito.

- Que isso menina!? - ela olha pra mim e vê a minha cara - o que aconteceu?

- Acho que algum bicho me picou, e se for uma aranha venenosa, e se eu morrer!

- Calma, não tem nada de bichos venenosos por aqui. Deixa eu ver. - eu viro meu braço para ela e tiro a mão de cima do ferimento.

- Não foi uma aranha, foi só uma abelha.

- UMA ABELHA?

- Relaxa, o ferrão dela não ficou no seu braço. Eu posso fazer um curativo quando chegarmos na cabana. Vamos logo.

Nós não voltamos a correr depois disso, eu nunca havia sentido uma dor tão forte por conta de um inseto. E é por tal motivo que eu não queria ter vindo. Nós chegamos na cabana 5 minutos antes das 20 horas. Sina e a outra menina que dividia o quarto a gente, já estavam de pijama. Eu entro no banheiro com Joalin, e ela retira um kit de primeiros socorros do armário. Ela pega meu braço e começa a passar um líquido da minha picada, e eu não consigo identificar o que foi pior, a picada em si, ou esse remédio infernal que ela está passando em mim.

- Para de se mexer! - ela aperta meu braço.

- Desculpa, mas isso aqui tá parecendo uma sessão de tortura. - A loira ri da minha cara e termina de me ajudar.

- Pronto, vai provavelmente ficar dolorido por umas horas, mas depois passa!

- Obrigada!

- Agora vaza porque eu tenho que tomar meu banho - E aí está a garota grossa que eu estava esperando encontrar.

Eu não posso mentir, tirando o jeito mimando e grosseiro dela, até que ela foi bem legal comigo hoje.

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Espero que tenham gostado do capítulo! Não se esqueçam de votar e comentar para me motivar a continuar escrevendo.
Me desculpe se tiver qualquer errinho de português!
Bjs de luz

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