𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄.

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❝It's our paradise and it's our wair zone
It's our paradise and it's our war zone.❞

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AS PESSOAS SÃO feitas de superfície

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AS PESSOAS SÃO feitas de superfície. Não importa o que seus olhos digam. Não importa a soturnidade extrema que tenham nas orbes. Não importa se o nevoeiro cinza permaneça em seu olhos. É como se tudo fosse simetricamente calculado para deixar o ambiente melhor com consciência limpa. Uma farsa desde o sorriso até os cabelos incrivelmente sedosos, deixando visível aos alheios a vaidade excessiva. Todos pensarão que sua vida é perfeita e nada mais preocupa além da própria maquiagem e a corpulência perfeita. Muitos não sabem e outros não querem ver além da superfície.

Na frente do espelho do banheiro feminino escolar, Sadie via seu próprio reflexo. Sua bota coturno de salto, a blusa preta cortada acima do umbigo, a saia xadrez amarela e o típico batom vermelho vibrante. Ele costumava realçar toda a silhueta de Sadie; as sardas pareciam mais vívidas com uma perfeita personificação de uma galáxia repleta de estrelas incandescentes. Os olhos azuis possuiam um verdadeiro olhar de medusa imergidos em fascínio.

Após finalmente passar seu típico batom escarlate, Sink saiu dali. Ajeitou seus fios em um movimento rápido com as mãos e os deixou caírem feito cascata em seus ombros, dando ainda mais esbelteza em seu olhar provocativo.

Os passos de Sadie eram elegantes contra aquele soalho cor de creme do corredor principal. Era como se a ruiva estivesse em uma passarela desfilando, e se estivesse concorrendo a um concurso, com certeza ganharia, eu diria. Não só pelo andado em coturnos, mas sim pela forma como sorria e como seu cabelo ruivo se movimentava. Como se tudo aquilo estivesse passando em câmara lenta em um cena épica de um filme romântico. Finn parecia estar naquele filme e participando daquela típica cena porque, além de admirar toda a silhueta da ruiva, pareceu preso em seu olhar azulado. Ela não o viu, estava ocupada demais estudando todas as pessoas ao seu lado com um grande sorriso no rosto, mas assim que Sadie bateu os olhos em Finn, o sorriso pareceu aumentar, imerso em provocação.

Wolfhard de fato estava preso nas orbes anilares, e nem se quisesse desviaria. Não era apenas pela corpulência que a ruiva tinha, era algo além: o charme. A forma como costumava prender as pessoas com seu jeito fascinante, era algo que Finn admirava. Eram poucas as vezes que trocavam palavras na aula de História, mas quando conversavam, podia sentir as falas cheias de ironia com uma doce gotícula de sutileza. Mas é óbvio que nunca diria isso em voz alta.

Sadie aproximou-se do garoto abarrotado de roupas largas e surradas, só parando quando pôde ver as sardas claras e quase invisíveis no rosto pálido e esguio do menino. Ele a contemplou de forma turva, inclinando vagamente a cabeça para o lado e exprimindo um aspecto tedioso.

— Estava te procurando. — falou a ruiva num tom propositalmente desanimado, fazendo Finn revirar os olhos e soltar um riso abafado.

— Temos um trabalho para fazer na aula de história, e infelizmente você é minha dupla.

Sadie o olhava de forma tediosa esperando por uma resposta, recebendo apenas um aspecto confuso de Finn. Não sabia o porquê de ser justamente com Sadie sendo que havia várias outras pessoas naquele período que conhecia e o professor Hudson não costumava formar duplas, até porque, seu tédio em ter que trabalhar com adolescentes baderneiros era visível. Seu único intuíto era se aposentar e se ver livre daqueles garotos insolentes.

— Acredito que não queira perder pontos, Wolfhard. — respondeu ao perceber a expressão do cacheado.

Finn realmente não queria. Precisa de pontos, e seu único meio para consegui-los era o trabalho e a prova final que o faria passar pelo menos um pouco acima da média. Não poderia recusar, mas quando se tratava de Sadie Sink, era sempre bom ter um pouco de cautela.

— Pode fazer sozinha, não acha? — falou da forma mais descarada possível, recebendo um olhar incrédulo e um cruzar de braços da ruiva.

— Eu não vou fazer sozinha pra colocar seu nome, seu cara de pau!

Se dando por vencido, Finn soltou um suspiro pesaroso.

— Tudo bem! — falou em sinal de rendição.

— Vou na sua casa, e por favor, seja pontual. Odeio atrasos.

Finn assentiu e viu a ruiva sair dali, tendo uma visão perfeitamente simétrica de seu corpo. Wolfhard a admirou por alguns segundos antes do sinal estridente preencher todo o corredor, anunciando o começo das intermináveis aulas.

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O medo disso ter ficado entediante demais.

Me digam aí se eu preciso continuar em nome de jesus.

(eu demorei literalmente QUATRO FUCKING MESES pra escrever isso. tudo q eu escrevia ficava ruim, mas já sai do bloqueio criativo, amém)

Anna.☆

Embers of Winter | FadieOnde histórias criam vida. Descubra agora