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O GRANDE DIA ANSIADO havia chegado. As pessoas continham uma energia fora do comum, imaginavam-se num conto de fadas da Disney onde tudo dá certo e o final feliz sempre é garantido e incontestável. As princesas usam um vestido brilhoso, fascinante e invejável. Grandes demais com a cor mais bela e uma físico falsamente perfeito que realçava ainda mais suas curvas. Era comum que todo mundo se sentisse daquele jeito mesmo faltando dois dias para o dia dos namorados. O dia digno de muito amor e bombons de chocolate. Mas tudo pareceu vir com antecipação, inclusive o estresse.
Numa extremidade daquele ginásio onde a exorbitância de luzes coloridas não o alcançavam, Finn escutava a canção soar em grande expansão por todo aquele lugar. Ele conhecia muito bem aquela música, mas naquele momento, soava lúgubre impertinente. Observava todo aquele lugar repleto de pessoas apaixonadas enquanto dançavam no ritmo da música, em completo estado de transe e paixão. Finn só soube revirar os olhos ao ver aquela cena; não sabia o porquê, mas o fato de Sadie não ter respondido seu pedido de ir ao baile o deixou vagamente incomodado. Não era só porque ela não respondeu, mas sim porque Finn sentia um grande ponto de interrogação brotar metafóricamentem em sua face. Odiava se sentir confuso em relação a muitas coisas, e Sadie era uma delas.
Seus amigos, Jack, Caleb e Gaten estavam no meio daquela pista de dança. Dançavam enquanto olhavam com fascínios para os acompanhantes. Jack já tinha uma feição apaixonada no rosto enquanto conversava entre sorrisos com Jaeden. Todos eles estavam imersos em paixão. Mas o pior de tudo mesmo foi acreditar nas palavras deles, porque, disseram que ficaram a festa toda com Finn. Era óbvio que era mais uma das lorotas dos amigos. Mas até Sadie Sink aparecer Finn não culpabilizaria Jack, Caleb e Gaten.
Procurando por um ponto fixo naquele ginásio, Finn só soube encontrar um quando mirou para os próprios tênis. Não estavam sujos e desgastados, estavam limpos e aparentemente novos. O esforço que Wolfhard fez para apenas deixá-lo numa aparência bonita havia valido a pena. Isso tudo porque sua mãe insistiu mais do que tudo para usar outro novo e mais formidável.
De cabeça baixa, Finn transparecia cada vez mais problemático, mesmo seus cachos estando alinhados e suas vestimentas serem trocadas de largas e desbotadas para um terno limpo e bonito. Wolfhard não conseguia deixar seu ar problemático de lado quando suas marcas de brigas o entregavam. Sua aparência, agora, era digna de um pensamento estereotipado onde ele é um garoto mimado, educado e vagamente intelectual. O preferido de todos os professores.
Realmente, seria cômico se não fosse trágico.
— Levanta — falou uma voz mandona e ligeiramente melódica. Arrancou Finn de seus desvaneios para de volta a sua triste realidade.
Finn olhou as unhas pintadas de vermelho carmin e subiu os olhos até os ombros largos da garota. Viu seus fios alaranjados caírem feito uma casta serena em seus ombros. Fixou seus olhos escuros assim que chegou no rosto da garota. Seus lábios estavam pintados como de costume e uma maquiagem quase que carregada estava em seu rosto, mas ainda sim deixavam visíveis suas sardas alaranjadas. O cheiro do perfume adentrou no nariz de Finn, mas ele só soube fixar os olhos azulados da ruiva. Sadie parecia ter sido retirada diretamente de um filme clássico dos anos noventa. Exalava o mistério ao mesmo tempo o fascínio. Era uma combinação comum, mas nela parecia servir ainda mais.
— Vai ficar me olhando? — Sadie o puxou do banco de forma brusca, o colocando perto de si.
Sink praticamente arrastou Finn daquela arquibancada, só parando quando estavam no meio daquela pista. O ritmo em que os dois dançavam não compatia com aquela música acelerada e animada. E como se um ser divino lesse a mente de Wolfhard, o ginásio foi tomando uma coloração azul, parcialmente violeta. A música lenta e calma foi quietando o lugar em questão de segundos, formando pares e uma grande bolha atmosférica onde onde só havia gente apaixonada. E no meio daquele bolha, por alguma ironia do destino, estava Sadie e Finn. Olhavam atentos um para o outro enquanto a música adentrava seus tímpanos suavemente. Aquela coloração violeta realçava ainda mais as sardas e as íris azuladas de Sink, assim como Wolfhard que tinham seus fios soturnamente atraentes enquanto seus olhos escuros escondiam com si o poder de contagiar qualquer um com seu ar problemático e atraente.
Com base em filmes romanticos, Finn pôs suas mãos cautelosamente na cintura de Sadie. Se Sink dissesse que não sentiu seu corpo estremecer com o toque repentino, seria uma baita de uma mentira. Mas ela preferia a tortura do que assumir. Então, Sadie apenas retribuiu o ato colocando as mãos na nuca quente de Wolfhard, relaxando seus braços nos ombros largos do cacheado. Finn sentiu breves arrepios percorrerem por sua espinha quandos as mãos gélidas de Sink deram de encontrou com sua pele fina e quente. Mas ainda sim, optou por permanecer com suas orbes fixas nas da ruiva.
Os dois estavam presos em uma órbita atmosférica onde existia apenas eles e aquela música afável, por isso, nem se depararam na proximidade perigosa que se formava ao longo da canção. Sadie afagava os cachos de Wolfhard, que de vez ou outra, sentia calafrios circular por toda sua espinha com ato, que em sua opinião, era agradável. Finn às vezes pressionava minimamente suas mãos na cintura da ruiva. Era bom ver nos estado em que se encontravam, e nem se quisessem, sairiam daquele transe magnífico.
E sem pensar e nem pestanejar, Wolfhard selou bruscamente seus lábios nos de Sadie. Era como se finalmente o sol havia dado de encontro com a lua em um eclipse solar total. Não havia nada que os fizesse separar e nem por um minuto sequer. Finn sentiu seu coração quase sair pela boca com o ato repentino, enquanto Sadie arregalou os olhos de imediato, mas logo cedeu ao beijo. A energia elétrica de ambos os corpos estava agitada com o impacto incompatível e súbito, mas logo se acalmaram.
Estavam numa completa sintonia naquele momento; o mundo pareceu parar apenas para apreciar aquela cena quase que épica que era o eclipse. Ambos podiam sentir suas respirações descompassadas, mas nada que os fizesse separar. A música soava agora abafada, mas o beijo pareceu entrar no ritmo dela. Tudo naquele ginásio contrastava, inclusive a iluminação violeta.
Quando Finn separou seus lábios em um ato brusco, Sadie sentiu um vazio brotar em seu interior.
— Sadie, me desculpa mesmo eu- — a ruiva o interrompeu quando selou seus lábios novamente.
A lua, as estrelas e as borboletas que pairavam nos estômagos de Sadie e Finn festejavam naquele momento.
~❀❁~
Nota autora:
Nossa, nossa. Gostaram do beijo? eeee, finalmente saiu.
