Capítulo 16 - Sophia

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Eu estava em choque com o que tinha acabado de acontecer.

Se eu me visse de fora, com certeza eu estaria com meus olhos arregalados e com a boca seca, apesar do brilho labial.

- Amélia?

Victor me chama atenção.

Não sei quanto tempo eu fiquei como uma estátua humana, imóvel na sua frente.

- Oi.

- Você está bem?

- Sim. – do chão eu olho para ele que estava tenso.

- Que bom, achei que...

- Não, não, Victor... Eu disse sim. Sim, eu aceito!

Agora parecia que ele não tinha acreditado nas minhas palavras, ou que eu tinha falado grego.

- Victor?

- Você está brincando comigo?

- Não tô, não! EU QUERO! ACEITO!

Abraço-o, e sinto que seus ombros relaxam, e Victor consegue retribuir o abraço. Coloco minha cabeça entre seu ombro e pescoço e sinto o cheiro do seu perfume maravilhoso.

Eu não sei se era uma boa compartilhar minha vida com ele, ou com qualquer outra pessoa, mas não queria saber... eu não quero saber o que é certo e errado. Quero tê-lo do meu lado. Já estou cansada, e completamente exausta de privar os meus sentimentos. Eu queria viver.

- Eu estava com medo que você dissesse não!

- Eu acho que eu não conseguiria.

Olho para ele.

Seus olhos estavam em um azul brilhante. Solto o ar aliviada, e ele solta uma gargalhada me dando um selinho demorado. Acho que ele ainda estava incrédulo que eu tinha, finalmente, aceitado seu pedido de namoro.

- Eu ainda não acredito nisso. – ele sorri e vejo que seus olhos estão inundados. – Espere, espere!

Ele me solta e vai atrás da mesa buscar alguma coisa. Logo percebo que eram duas taças e uma garrafa de champanhe, e eu gargalho:

- E se eu tivesse dito não?

- Eu sou otimista e precavido. – pisca.

Ele me entrega as duas taças e abre a garrafa de champanhe, estourando-a. Victor enche minha taça e a dele:

- A nós!

- A nós! – bato na taça dele, brindando. – Como você fez isso tudo?

- Você me disse que não me conhecia, certo? Queria te apresentar a minha família, e ir contando aos poucos minha história, e você contando a sua. Seu irmão disse que seu livro preferido é Dom Casmurro, e que adorava ler.

Sorrio:

- Miguel?

- Sim. Inclusive ele está curioso se você irá ou não aceitar.

- Meu Deus, não acredito!

- Acredite! Mas agora a gente tem que comemorar...

Ele vai até a porta e a tranca, e com um sorrisinho safado, ele olha para mim tirando a jaqueta e logo depois a blusa. Sabendo exatamente o que ele queria, eu coloco a taça em cima da mesinha e puxo meu vestido para cima ficando apenas de lingerie.

- Você não cansa de ser maravilhosa, né?

- Vem!

Tiro minha calcinha, e eu fico observando como ele me olhava com desejo. Deito de barriga para baixo e com a minha bunda bem empinada. Logo, sinto sua mão em meu quadril e sua ereção em minha bunda.

PURO DESEJO - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora