Capítulo 9 - Irmãos

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Dormimos na sala vendo Shrek.

Isso mesmo!

Sentamos para comer o restante da pipoca que tinha sobrado e acabamos dormindo e não vimos o final.

Estávamos dormindo tranquilamente até que escuto um choro e nós dois acordamos depressa e sem dizer nada subimos feito loucos para ver o que tinha acontecido.

Acendemos a luz do quarto, e Victor já estava na cama assustado vendo o que tinha acontecido, e do motivo que Lara estava chorando:

- O que houve?

- Eu sonhei que tinha alguém me batendo. – diz entre choro e soluços e eu tento fazer que Ted durma novamente, pois ele tinha se assustado com o choro da irmã.

- Então vamos cantar uma música para mandar essa pessoa embora.

Victor era muito bom com crianças.

Conseguiu acalmar o pânico de Lara em minutos, cantando uma canção que eu desconhecia, e fazendo ela dormir novamente. Eu, sentada na cama comTed já dormindo, fico encantada com o jeito que ele estava tratando as crianças.

- Acho que já podemos descer. – diz ele dando tapinhas no ombro de Lara.

- Sim.

Apago a luz e descemos inspirando.

Parece que acordar daquele jeito me deixou um pouco zonza.

- Eu definitivamente não sirvo para ser mãe.

- Não é o seu sonho?

- Com certeza não! – digo sentando no sofá. – Não sei o que seria de mim sem você aqui hoje. Acho que eu choraria com ela agora.

Ele sorri:

- Quando você for mãe você vai entender.

- Espero nunca entender.

- Acho que perdemos o filme. – diz desligando a televisão e sorrindo.

- Perdemos. Vamos colocar outro. Eu estou morrendo de sono. – digo bocejando.

- Pra te falar a verdade, eu também estou. Tive um dia cheio.

- Fotografias?

- Sim. Muitas fotografias. Ensaios de modelos e particulares. Não tive tempo nem de ir ao ateliê para pintar um pouco.

- Eu fui ao meu. Pintei uma... Tela. – digo sem graça.

Foi a tela que eu pensei em você...

- E o que você pintou?

- Uma rosa com a técnica em pontilhado.

- Eu gostaria de ver. Inclusive as suas telas estão penduradas no meu ateliê.

- Você gostou realmente delas?

- Sim. São incríveis, Amélia. – ele chega próximo de mim que estava perto do sofá, e novamente faz aquilo que eu amo/odeio, colocar meu cabelo atrás da orelha. – Assim como você.

Nos beijamos.

Aquele beijo caloroso.

Não tinha nada demais, era apenas duas pessoas apai... Eram apenas duas pessoas se beijando!

Ele deita no sofá e eu deito colocando meu rosto sobre seu coração. Estava acelerado como sempre, mas o ritmo vai desacelerando e nós dois pegamos no sono.

***

- Amélia?

Escuto uma voz masculina bem longe, e eu não queria abrir meus olhos que estavam cansados. Eu queria dormir!

PURO DESEJO - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora