Extra - Lorde Craiova

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[...]

   O resto do dia passou voando e quanto percebeu já saia do Labirinto desejando apenas um banho quente e um bom copo de chocolate quente. A noite estava morna e Kyung caminhou devagar, procurando relaxar. Mas o destino tinha outros planos.

— Olhe quem temos aqui irmãos?

  O mais alto dos três afilhados do asqueroso senhor Antunes surgiu do nada alguns passos dele, exatamente na esquina do seu prédio, único ponto menos movimentado, excelente ponto. Ironizou mentalmente.

— Não devia caminhar sozinho por aí à noite, coreaninho.

  O mais gordo comentou. Ele não respondeu, sabia que estava protegido ao menos pelo fator que estava voltando do trabalho, não podiam tocar nele até que estivesse em casa, mas até então nunca aconteceu, aquele parecia um dia incomum.

— O mundo era seguro até agora, para vocês, mas as coisas estão mudando e já que eu sei que meu padrinho quer você eu vou pegá-lo primeiro. O que acha disso?

  Falou o terceiro. Pareciam bêbados, mas mesmo assim Soo sabia o quanto eram perigosos, nunca lhe mentiram, estava entrando em um mundo com altos riscos, por isso se pagava bem.

  Já não se considerava tão sortudo como nessa manhã. Nenhum pouco.

— E então, como vai ser, se submete ou vai ser pelo modo mais divertido?

  Kyung pensou em correr, mas seria burrice, eles eram velozes, aqueles três, afinal eram vampiros. Gritar iria piorar tudo. Não tinha saída.

  Olhou para os seus pés e depois para o céu. Poderia ter escolhido o Mac Donalds, um trabalho bem menos arriscado.

— Ele é silencioso.

  O mais alto riu e deu um passo em sua direção.

  Uma onda gelada soprou para eles e seu atacante parou. Os três olharam para trás.

  Uma voz familiar soou dura, tão fria quanto o frio repentino que soprava.

— Se afastem se quiserem continuar vivos.

— Ele não tem dono!

— Eu não perguntei.

  O frio se intensificou, eles recuaram.

— Ele é nosso.

  Falou o baixo decidido a não ceder. Os outros dois arregalaram os olhos. A temperatura caiu brusca, o chão rachou.

— Vão, AGORA – A voz mais próxima assustou até Kyung que no momento lutava para não bater os dentes. Os três correram e sumiram na noite. Um casaco cobriu seus ombros — Kyungsoo – Ele se virou e encarou os olhos cinzas, furiosos, mas contidos, por hora - Nosso tempo acabou, não pode mais continuar lá, eles voltarão para buscar você.

— Eu não entendo.

  Falou. O que estava acontecendo, o mundo tinha enlouquecido?

— Entenderá – Ele circundou seus ombros e então um opala negro se aproximou deles e estacionou próximo. Ele estendeu a mão, ainda bravo demais para tentar ser gentil. Kyung viu a luta emocional em seus olhos — Gostaria de lhe dizer que tem opção, mas não tem, se ficar eles vão ganhar você.

  Kyungsoo olhou para o carro e então para a mão dele. Sabia que não tinha escolha, era aceitar ou cair nas garras da família asquerosa. Ele fechou os olhos e colocou sua mão na dele.

— Eu vou cuidar de você Do Kyungsoo, tem minha palavra, a palavra de lorde Sehun Craiova.


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