Eu sou de vocês

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Acordou ao som de uma melodia linda e harmoniosa.

  Por alguns instantes pensou se estava delirando até reconhecer o instrumento.

  Abriu os olhos e viu Kai tocar concentrado o grande violoncelo próximo a janela do quarto. Seu violoncelo era branco e o arco delicado. Kai estava sem camisa deixando que a luz da lua que entrava pelas frestas da cortina iluminasse sua pele leitosa, os cabelos caiam nos olhos e ele tocava como se só existisse ele e o instrumento no mundo, era belo e um pouco agressivo. Era estonteante.

  Min se ergueu da cama e como se fosse enfeitiçado por aquele homem e sua música, ele andou com passos hesitantes até ele e antes que se controlasse, tocou em seu ombro. A pele fria, quase congelante foi um pouco assustadora fazendo o lembrar que aquele homem era um vampiro. E que ele não sabia nada sobre eles, não seu eu de agora.

— Min...

  Foi tudo o que ele falou antes de deixar o instrumento de lado e puxar Min para seu colo e beijá-lo com sofreguidão.

  Xiumin perdeu a mente por alguns segundos, que para o outro foi suficiente para fazer com que ele ficasse rente a pele do mais alto e estivesse no lugar exato para ser tocado por inteiro. Kai tinha suas mãos aflitas e Min sentia que ele parecia discutir consigo mesmo enquanto apertava e percorria as mãos e lábios por seu corpo como se toda a concentração de segundos atrás que era do instrumento, fosse transferido para ele agora. 

— Eu quero você, eu preciso de você, fiquei tão louco quando soube que tinha se ligado aos cães... Queria ser o primeiro, eu precisava disso... Eu te amo meu amor, eu só preciso de você... Você precisa de mim? Diz que precisa de mim Min, me engane, por favor, eu não suporto mais...

— Kai, eu...

— Me diz que essa noite vai ser meu? Diga-me amor, por favor, mesmo que amanhã não queira olhar em meus olhos, não queira me ter perto, eu queimarei em dor contudo vou aceitar, no entanto só por essa noite... Só agora, me deixe fazer amor com você... Me permita isso Min, eu estou tão louco, eu tento mas está difícil... Eu quase te perdi, eu preciso de você, sou egoísta e sei, mas... Deixe-me amá-lo, deixe-me cobrir seu corpo e suas emoções com as minhas até que o dia nasça, deixe-me fazer com que sussurre meu nome e eu o seu, faça de mim seu escravo Xiumin, seu macho naquela cama... Só por essa noite.

   Min estremeceu, calafrios percorriam seu corpo de formas desconhecidas e era forte demais para ignorar. Ele sabia que não deveria, mas seu corpo lhe dizia outra coisa, era desesperador a maneira em que queimava agora sob os toques de Kai e ele assentiu com um sim baixo.

  Segundos depois estava sobre os lençóis enquanto Kai terminava de se despir com um sorriso um pouco selvagem no rosto e um olhar que aquecia Min por inteiro. Suas roupas foram rasgadas segundos depois.

  Kai de repente, parecia estar em todo o seu corpo, boca, mãos, pele, Min sentia seu toque frio em sua pele fervendo, aquele homem o deixou louco em segundos, era como um atiçador, era como se fosse seu isqueiro pessoal. Era delirante.

  Nu e de baixo dele, Xiumin se viu rendido aos desejos do mais alto e logo tinha a boca dele em seu membro excitado. Kai foi agressivo, como um sedento diante do líquido precioso, como um esfomeado diante da última refeição. E Min não teve forças nem desejo para contê-lo. Logo gemia o nome do outro, pedia por mais, implorava entontecido, cativo, desejoso. E o mais alto lhe dava, lhe jogou no mais obsceno dos prazeres até que implorasse para possuí-lo.

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