Capítulo 5

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A garota usava uma capa vermelha com capuz, embaixo da capa as flechas do seu arco sobre a mochila com as letras do cruel

Que é para onde estamos indo, a convenci que se quero encontrar os meus amigos preciso de armas, preciso conseguir me defender

Ela primeiramente riu, riu bastante e disse que ir procurar pessoas que vivem a se mudar para encontrar um lugar é loucura

Mas que eu havia dado sorte de ser salvo por ela, ela diz que segundo as minhas palavras para descreve-la ela é louca também

Fiquei sem jeito, além de pouco ter tido contato com mulheres e a minha experiência com Tereza não é das melhores, é olhar pro lado que ela troca de grupo do outro

Madelyn disse não ter conhecido Thomas, mas deixou claro que conhece a traidora

- seja bem vindo a parte boa do cruel - ela disse afastando um armário e mostrando um buraco na parede - a parte que eles deixam para trás quando vão embora

Não havia sido uma caminhada longa, mas a falta de iluminação no local fazia parecer se tratar da noite

- eu já volto - ela disse assim que entramos correndo por ali, olhei a minha volta mas nada chamou a minha atenção

Até que as luzes se acendem

Os computadores ou o que restou deles estavam ali junto a uma pilha de papéis, como se aquele local tivesse sido abandonado as presas

- não repara na bagunça - a garota disse voltando para o meu lado - é que eu passava bastante tempo por aqui, vem vou te levar até as armas

Subimos duas sequências de escadas antes de seguir por um corredor ate pararmos em frente a uma porta

- eu nunca entrei nesta sala, espero que seja a certa - ela disse tirando da parede um extintor de incêndio e com ele em um movimento tão rápido que chegou a me assustar ela abriu a sala

Haviam armas por todos os lados, armas de fogo, de choque, facas e muita munição

- uau - ela comentou olhando por todos os lados - ainda bem que eu não achei este lugar antes, ou já teria cometido suicídio

Olhei para ela incrédulo enquanto a via passar a ponta dos dedos por uma das armas, ela falava sério sobre tirar a sua própria vida?

Por mais que a garota ainda tivesse o sorriso no rosto e a pureza no olhar, a partir daquela frase não consigo deixar de achar ela mais que tudo frágil

Estiquei minha mão pegando da parede o objetivo metálico e voltei a olhar para ela

- acho que vai gostar disso - falei estendendo para ela o arco em flechas, pude ver seus olhos brilharem antes dela pegar este

- é composto - ela disse animada - isso é demais

Pegou uma de suas flechas levando até o lugar dela e procurou um bom lugar para atirar

- que tal no final do corredor?- propus a vendo confusa e ela assentiu, saímos dali e no final do corredor junto a placa que indicava para que lado seguir para chegar aos dormitórios ela acertou a sua flecha deixando um sorriso escapar entre os seus lábios

- pegue o que precisar, eu vou ver o que preciso - falou sumindo pelo corredor saltitante, algo nela é diferente, não sei explicar

Strange blood - NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora