Capítulo 17

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Acordei com Thomas pulando sobre o meu corpo

- eu ainda não acredito que você está vivo - ele disse - eu tenho ouvido desde aquele dia aquelas palavras, você me pedindo para o matar e hoje eu consegui dormir porque sabia que acordaria e você estaria aqui

- você está me esmagando - reclamei jogando o corpo do outro para o lado e passando a mão pelo rosto ainda acordado - eu também senti a sua falta, muita falta se você quer saber

- você está com uma cara péssima - Thomas disse se levantando, aquela garota fala demais - a sorte é que a garota que você trouxe se juntou com caçarola e nós temos algo aparentemente bom para comer, inclusive nos vamos falar com ela após o café

Eu queria perguntar se ele a viu por aqui, mas como ele não disse nada resolvi deixar para lá me levantando

Pegue minha mochila e segui Thomas até o banheiro enquanto este me atualizava sobre como as coisas estão, não pareciam muito diferente tirando a parte que o cruel acabou

Não demorou muito para eu finalmente poder sentir o contato da água com meu corpo me trazendo de volta a sensação de limpeza

- finalmente temos comida boa neste lugar - ouvi a voz de Minho falando com Thomas

- Nem me fale, a comida que tínhamos é péssima perto desta - Brenda disse - você encontrou bem Newt

Ótimo, eu não consigo privacidade nem no banho, na clareira eu podia ter alguns minutos sozinho

- ei aonde você deixou a minha cachorrinha? - a voz de Madelyn ecoou pelo cômodo

- eu deixei com você - Minho respondeu

- você disse que ia sair com ela - ela esbravejou e eu desliguei o chuveiro enrolando a toalha em minha cintura - com os dois na verdade, asiático o que você fez com os meus cachorros?

- estavam comigo - Sonya disse - a gente estava correndo e eu fiquei para trás, Minho não me esperou e os cachorros são mais companheiros

- eu sabia que estava esquecendo alguém além de você - Minho disse e eu sai a tempo de ver minha irmã dar alguns tapas neste

- essa é a cede?- perguntei chamando a atenção dos outros

- é de certa forma interessante - Thomas deu de ombros e eu revirei os olhos antes de olhar para a loira que olhava orgulhosa para Sonya agredindo Minho

Ela veste um vestido florido soltinho e rasteirinhas nos pés, no cabelo uma flor vermelha provavelmente recém colhida

- que flor é essa?- perguntei sério, não sei o porquê, eu só precisava saber de onde ou de quem ela conseguiu a flor

Todos ficaram em silêncio olhando para mim

- o que?- ela perguntou levando a mão ao cabelo e sentindo a flor ali - foi apenas um garoto agradecendo pelo café da manhã

Eu quis arrancar aquilo dos cabelos dela ali mesmo, não tenho um motivo para isso

Posso não sei, dizer que a flor é venenosa ou que havia um inseto nela

Apenas negue com a cabeça e fechei os olhos afastando esses pensamentos

- vocês podem sair por favor? - pedi a todos - eu preciso me vestir

Ouvi alguns comentários como "o touro tá bravo" da parte de Minho e "boa sorte loirinha" de Thomas

Eu não disse para ela ficar em nenhum momento, mas em alguns segundos de olhos fechados apenas o seu cheiro exalava por aquele lugar

Abri os olhos a vendo me encarar

- eu disse que preciso me trocar - a repreendi por ficar

- o que te faz pensar que eu quero perder isso?- ela disse de imediato e em seguida se corrigiu - o momento, não é como se eu quisesse ver você se trocar, ninguém daria tão na cara que quer ver alguém nu e eu devo dizer que isso não se encaixa em todas as situações, é você, eu e o que sobrou do mundo iria estourar pipoca e te assistir como um espetáculo. Vou parar de falar

Falou tudo de uma vez piorando a sua situação enquanto falava e quando parou eu podia sentir minhas bochechas queimarem de vergonha

- você não tem um filtro, tem?- perguntei me referindo a escolha de palavras para seres ditas e ela negou se aproximando

Passou seu dedo indicador por meu peito nu e levantou um pouco a cabeça para me encarar

- eu tinha um muito bom no apartamento - ela disse - aquele apartamento que também tem uma cama e um sofá ótimos

Seu tom de voz baixo perto de mim me causou uma sensação até então desconhecida, ela carregava em sua voz uma malícia que a garota infantil e extrovertida não transparecia

Ela usou aquele tom apenas comigo e eu queria que ela continuasse, queria poder ouvi-la falar daquele jeito, mais perto

- o que foi Newt?- deu ênfase no meu nome e eu não de contive em levar minha mão a sua nuca a puxando para mim e sem lhe dar tempo de reagir colei meus lábios aos seus

Ela não exitou, levou suas mãos até os meus cabelos molhados os puxando com delicadeza, deslizei uma de minhas mãos até a sua cintura apertando um pouco e trazendo o seu corpo para mais perto do meu

Eu não queria parar e ela também não, dei alguns passos para frente até que ela encostasse na parede de madeira dali e pude sentir quando ela sorriu entre o beijo deslizando sua mão direita por meu abdômen o arranhando um pouco

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Eu não queria parar e ela também não, dei alguns passos para frente até que ela encostasse na parede de madeira dali e pude sentir quando ela sorriu entre o beijo deslizando sua mão direita por meu abdômen o arranhando um pouco

Segurei em suas coxas dando impulso para ela entrelaçar suas pernas na minha cintura e quando precisamos afastar nossos lábios para recuperar o ar respirei algumas vezes olhando para seus lábios vermelhos levemente úmidos

Como se meu corpo falasse por si próprio toquei seu pescoço com meus lábios a ouvindo arfar

- Newt - ouvi a voz de Gally e em seguida da porta que eu nem havia visto estar fechada foi aberta

Me afastei de Madelyn no mesmo momento, mas na situação que estávamos - principalmente a minha- ele logo perceberia

Minha única atitude foi voltar para o chuveiro deixando a garota ali a encarar um Gally mal humorado


Que safadeza,a decadência da autora começando

Strange blood - NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora