Capítulo 2.

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“És a melhor amiga do Niall certo?”

“E tu, és parvo? É que perguntares-me isso é a mesma coisa do que eu te perguntar se és parvo, ou per…” disse eu, mas fui interrompida pelo mister perguntas óbvias.

“Ou perguntar a um cego se vê uma gaja nua no escuro.” completou ele…

Como é que ele sabia, isto é uma frase do… Niall!

“Pois… Tu andas a roubar-me o amigo!” digo. Mas o que é que eu acabei de dizer!

“O quê, ele não te disse? Então é por isso que tu não deves saber o meu nome, ele não te falou de mim, pois não?” mas que raio é que está a acontecer?

“Não contou o quê? E sim eu sei o teu nome, chamas-te O Merdas que não me deixa em paz porque não percebe que não quero relações sociais contigo.”

“Ok, ele não te contou… Mas bem, eu chamo-me Harry, e eu gosto de raparigas frescas!”

“Para tua informação, não sou daquelas pitas que se derretem quando dizes isso! E também não sou fresca! Por isso não sei o que vês em mim!”

“Eu sei que não és pita, pelo contrário. Mas, por acaso queres dar-me o teu número de telefone?”

“Mas é claro!!! Dá-me uma caneta e o teu braço!!!” disse ironicamente, mas ele sacou de uma caneta permanente do bolso e estendeu o seu braço tatuado, mas com um espaço livre, um pequeno espaço livre sem tatuagens para eu escrever.

Sem pensar duas vezes, escrevi no seu braço. Acabei de escrever, e o stôr chamou-nos aos dois a atenção para começarmos o jogo.

Ainda estava a recuperar do que tinha acontecido… Mas que raio!!! 

Continuamos o jogo e a meio oiço a voz do Harry a dizer “O quê???”

Finalmente, estava a ver que ele não percebia! É que, só assim por acaso, escrevi no braço dele: “000-69 69 69 69… Era o que tu querias!” E não o meu número de telefone.

Vi ele a dirigir-se até mim com cara de poucos amigos… Parou mesmo a uns centímetros de mim e disse:

“Era o que eu queria, de verdade, mas o que eu quero agora é o teu número.”

“Primeiro, eu não te conheço para te dar o meu número, segundo, se calhar já tenho namorado, um assim do tipo de supercontrolador que me está a ver neste momento e não está a gostar nada que eu fale contigo!!!”

“Eu sei que não tens namorado! Eu sei mais da tua vida do que tu!!!” isto foi bastante sinistro. O que quererá ele dizer com isto?...

“…” eu ia continuar este diálogo idiota, mas, mais uma vez, o stôr veio interromper.

“Meninos o que é que se passa aqui?” pergunta o stor.

“Nada, ele é que me estava a chatear, stor!”

“Eu?! Tu é que não me dás o teu número!!!” diz o Harry, um pouco irritado.

“Eu não tenho de te dar o meu número!!!” digo bastante  mais irritada que ele.

“Já chega! Menina Parks e menino Styles, para o balneário! Pensem no que fizeram, e voltem daqui a 20 minutos!” diz o stôr, mais irritado do que eu e o Harry juntos.

“«Pensem no que fizeram»” digo com voz fininha, enquanto me dirijo para o balneário. “Ele é que tem de pensar duas vezes antes de dizer qualquer coisa a meu respeito, a menos que queira um dos meus dedos no cu!”

Eu já estava muito irritada por causa do stôr e de ter de ficar no balneário com o Harry, e uma pessoa que me conhece bem, segredos principalmente, deveria saber que, ao irritar-me nestes momentos, iria sofrer tanto como uma bola de pingue-pongue num jogo de chineses, mas como sempre, aquele otário não sabia nada.

“Não acredito que lhe enfiavas os dedos no cu. Sinceramente, só os namorados do stôr é que põe no c…”

“Não acabes a frase, é muito nojento de imaginar…” digo ao entrarmos no balneário.

“É, tens razão…” diz ele.

Depois de entrarmos, eu sento-me num dos bancos compridos, de madeira velha. Harry senta-se no banco oposto ao meu, ficando assim de frente para mim. Para passar o tempo, tiro o meu telemóvel da mala (sim, estávamos no balneário das raparigas, os dois), o que não foi muito boa ideia, pois o estúpido do miúdo tinha de se lembrar do meu número.

“Pois, já que tens o telefone na mão, não me queres dar o teu número?”

“Tu deves estar mesmo desesperado, para me vires pedir a mim o número… Eu não sou nada de mais!”

“Ou então tu és mesmo tapada!” diz ele levantando-se. “Maior parte dos alunos desta escola estão a teus pés, literalmente. Tu és linda, e se quiseres interessante!” diz, com um tom de ironia na parte do ser interessante.

Bem é normal os rapazes gostarem de mim. A sério, não é para me gabar, mas os vampiros quando são transformados ganham um género de «essência», que os torna mais bonitos (ou pelo menos que os humanos gostam), para ser mais fácil de “caçar” as suas presas sanguíneas.

A parte do interessante, é que já não me esforço…

“Obrigada… Mas ainda não sei o que vês em mim.” digo, para ver se saio desta.

Ele senta-se ao me lado, demasiado perto de mim, e diz:

“Tu não sabes mesmo o que vales princesa.” acabando de dizer isto, ele aproxima o seu rosto meu.

“Bem é o teu ponto de vista…” eu devia afastar a cara dele da minha, mas não consigo… Ele tem demasiado poder em mim… O quê??? Ninguém tem poder em mim …

Ele aproxima-se cada vez mais, e eu perco-me cada vez mais. Ele estava quase a beijar-me ( e eu feita parva não me afastava), mas, para variar, o stôr interrompe abrindo a porta.

Eu afasto-me repentinamente, deixando assim o meu telefone cair.

“Á merd…” digo olhando para o stôr, e calando-me a meio.

“Muito bem…” diz o stôr com cara de: Sou estupido e acho que estes os dois têm um caso e como sou um paspalho que não tem nada que fazer vou juntá-los! “Quero pedir que venham para o campo, hoje temos diagnóstico de condição física.”

Eu guardo o telemóvel e sigo para o campo.

Fazemos o diagnóstico, que como sempre tive excelente, e vamos embora.

Visto no balneário a mesma roupa com que vinha, retoco mais\menos a maquilhagem, e saio á procura do Niall.

Eu estava á espera na rampa, (como sempre, porque o Niall é pior do que uma miúda a vestir-se, e nem é porque se arranja muito, é mesmo porque é lento) e ele nunca mais aparecia. Sentei-me no muro baixo que havia no fim da rampa, á espera. Estava tudo normal até que:

“Miúda, dás-me  o teu número de telefone?”

Blood Rose || HS [Parada]Onde histórias criam vida. Descubra agora