( Livro 03) Minha Verdadeira Identidade! - Concluído.

Capítulo 1.

AMÉLIA SULLIVAN.

FLASHBACK.

— Se em algum dia alguém lhe aparecer dizendo ser o seu pai, não confie filha, jamais.

— E como terei a certeza de que não é ele?! — Ela estendeu o braço.

—Seu pai e eu temos essa mesma tatuagem, bem aqui. Basta vislumbrar os olhos verás.

— Será que algum dia eu irei ve-lo?

— Claro que sim filha é só questão de tempo. — Sorriu. O Black é um homem muito ocupado como havia lhe contado e ele só quer o máximo de descrição para te manter segura e perto de mim!

— E como o meu pai é?!

— O seu pai? — Questionou ao soltar um suspiro. Bem o seu pai ele é..

— Senhora Saraiva, com licença. — Um do seus capangas se aproximaram. Temos um problema.

— Espere aqui querida, eu já volto. — Levantou-se, beijou minha testa e moveu-se em direção a porta, voltei aos treinos com arma em seco.

— Não, você não é. — Tentei reagir e freneticamente sentir seu braço agarrar meu pescoço com bastante força.

— Mas um passo e você será morta! — Proferiu rude. Você trouxe contigo algo que me pertence.

— Do que você estar falando? Me solta. — Indaguei ríspido, ele tirou a capa deixando seu rosto literalmente exposto.

— Devolva oque é meu e eu lhe garanto que não irei machuca-la.

— Me solta. — Disse-me eufórica.

— Os desgraçados armaram pra mim, era tudo parte do plano desde o início. — Murmúrou incrédulo. Aquele colar jamais devia ser leiloado Carson era meu primo, fomos manipulados pelo mesmo homem mais eu fui inteligente o bastante para ter percebido isso antes.

— Eu não faço nenhuma idéia do que você estar falando. — Meu cérebro não conseguiu processar tantas informações como aquelas.

— Seus pais assassinaram meus tios e a minha filha. — Indagou em prantos. Sophia tinha apenas três anos, três anos de idade. — Repetiu com desdém. Aquele colar era tudo que me restava. Porém isso não irá ficar assim, farei paga-los por cada gota de sangue!

— Eu sinto muito.

— Não, você não sente. — Preferiu irrado. Não tem absolutamente nenhuma ideia do tamanho da dor que é perder uma filha.

— Por favor, abaixe essa arma e vamos conversar como pessoas civilizadas que somos. — Falei-me amendrotada.

— Nós não temos nada para conversar, eu só almejo vingar de todos aqueles que me feriram.

— A vingança não trará a sua filha de volta, sabe disso!

— Me dê a droga do colar ou eu juro que estorarei todos o seus miolos!

— Está bem, só me dê alguns segundos.

— Se você não baixar esse revólver e sair imediatamente de perto da Amélia eu juro que te matarei aqui mesmo. — Will indagou furioso ao apontar a arma em direção o indivíduo. Amélia você estar bem? Ele te machucou?

— Sim eu estou bem. — Assentir com a cabeça trastornada.

— Eu só quero oque é meu, cara!

— Amélia do que ele estar falando?

— Disso. — Tirei o colar de dentro da mala e o entreguei, o homem foi embora e Will moveu-se até a mim. Me desculpe, mas esse colar já pertencia outra pessoa. — Suspirei magoada eram tantas coisas para se processar, Will me abraçou fortemente e as lágrimas vieram como rio sob os meus olhos.

— Está tudo bem. — Sussurrou ao canto do meu ouvido.

— Eu sou uma pessoa horrível Will.

— Você não é uma pessoa horrível Amélia, oque é que esse cara tenha te dito, eu descordo! — Pouco a pouco acumulei as mágoas que se tornaram um elo em mim.

— Vamos embora daqui. — Will me ajudou com as malas e então nos adentramos no carro.

Em alguns momentos da vida eu me perco mesmo dentro de minha própria cabeça, são tantas coisas a se pensar que acaba existindo alguns transtornos emocionais responsáveis pelos meus devaneios intrusivos.