Logo sinto um toque em meu braço e as lágrimas desceram automaticamente. Ergui meu olhos e vi que fui escolhida pelo príncipe Filipi, o que me deixou um pouco aliviada. O irmão dele me proporcionava um sentimento esquisito. As lágrimas não acessavam. As outras duas meninas que não foram escolhidas voltaram para seus quartos e os convidados foram embora. Permanecemos de pé e imóveis por uns dez minutos. Logo ouço a voz do meu dono.
— Aurora, Paola e Veronica, sigam-me! - Ele ordena e em fileira nós o seguimos.
— Ele é a coisa mais linda que eu já vi. - Ouço a tal Aurora sussurrar para a Paola.
Como elas podem estar felizes por estarem sendo obrigadas a serem submissas a um príncipe que elas mal conhecem? A serem tocadas por um estranho? Eu estava logo atrás do príncipe morrendo de medo do que estava por vir. E pelo que eu reparei, apenas eu estava assim. Ele abre uma porta e cede passagem.
— Paola, aqui será seu quarto. Entre. - Ele ordena e ela entra em silêncio. — Não saia daí sem minha permissão.
Ele fecha a porta e passa para a porta ao lado abrindo-a logo em seguida.
— Aurora, entre. Esse é seu quarto. - Ela passa sorrindo para ele que parece não se importar. — Não saia daí sem a minha permissão.
Ele fecha a porta e novamente passa para a porta ao lado. Ele a abre me dando passagem.
— Veronica, entre. Não preciso repetir tudo que eu disse não é? - Ele ergue uma sobrancelha e eu nego com a cabeça. Entro no quarto e ele fecha a porta já do lado de dentro.
— Dormirá aqui, Alteza? - Pergunto tentando controlar tamanho nervosismo.
— Quero que seja a primeira, Veronica. - Ele chega perto de mim e beija meu ombro fazendo-me recuar. — Não tenha medo de mim...
— Não toque em mim. - Digo já chorando.
Ele afasta as alças de meu vestido o fazendo cair e revelar minhas peças íntimas. Logo tento cobrir-me com as mãos.
— Você é linda por completo, Veronica. ‐ Ele sussurra perto do meu ouvido. — Não resista.
Ele segura meu rosto e me dá um beijo na boca parecendo sedento por algo. Começo a chorar lembrando das palavras do meu pai uma certa vez.
Flashback on:
— Veronica, venha aqui! - Ordena meu pai me fazendo sair da cozinha as presas pois estava fazendo o almoço.
— O que desejas, papai? Precisas de algo? - Falei enxugando as mãos no avental.
— Preciso que me prometa uma coisa. - Ele diz me olhando sério.
— Digas e assim eu prometo. - Digo curiosa.
— Prometa que nunca dormirá com nenhum homem a não ser que esteja casada com ele. - Diz meu pai convicto. — Prometa, Veronica.
— Prometo, meu pai. Prometo...
Flashback off.
— Que droga, Veronica! - Ele brada e me empurra fazendo com que eu acidentalmente caísse batendo minha cabeça na cama.
— Aí! - Grito chorando e pondo a mão em minha cabeça. Vejo que ele se aproxima e eu me afasto. — Não se preocupe. Não me toque.
— Você é irritante, ruivinha! - Ele bufa colocando a mão por dentro de seus cabelos e logo sai do quarto batendo a porta.
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A mercê da realeza
VampireObra autorizada pela autora: LuuhStefane. Colinia é uma cidade pequena, mas com leis incomuns. Uma delas é que toda moça ao completar 17 anos é obrigada a comparecer ao grande baile no Castelo da Realeza onde será avaliada e possivelmente escolhida...