O diabo é uma YAG? - 0.6

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Acordo animado - não merda, animada. Eu sou mulher -, decido virar e-boy. Estou entediada a semana toda, queria inovar um pouco as coisas. Decido ir ao barbeiro daqui do lado. Ele parecia ser muito bom, e é aqui do lado. Primeiro me olho no espelho, meu cabelo tá uma merda irei corta-lo, depois procuro uns corpinhos para roubar.

Coloco a blusa do Beatles, uma calcinha apertada, pra definir os glúteos. Olho no espelho e fico admirada com o popozão do Matias, esse gostoso. Ponho uma jaqueta vermelha, faço umas cruzes no rosto e vou para o mundão, protegido. Quando chego na barbearia do vitão, sento na cadeira e peço para ele cortar só as pontas.

- Oh, chefe. Cortei um pouco mais que as pontas. - Sorrio, imagino que meu cabelo agora está no ombro.

- Puta que pariu! - Olho pra ele, não acredito no que vejo. - Você é a Irene? Cai na sua cilada. - Me olho de novo no espelho, transformei o doce Matias em um presidiário. - Não vou te pagar, sua lixa. - Saio chorando.

No caminho de volta uma criança aponta pra mim e depois junta o corpo contra o da mãe. Não paro de chorar, entro em um beco. Vejo um cara fumando, ele me olha e depois analisa meu rosto por um tempo, depois tira um isqueiro do bolso acedendo o baseado.

- Você é o Vadinho? - Ele pergunta, e eu o olho confusa.

- Se eu sou viadinho? Às vezes, mas é um termo ofensivo. Gay ou homossexual é melhor. - Ele me olha por um tempo, depois eu encolho os ombros. - Além de usar termos ofensivos, tu é homofóbico? Se benze, tá todo errado. Até o diabo é mais correto, apesar que, eu acho que ele é gay.

- Cara, fala com a boca.

- Com o ânus que não é. - Ele ri, depois tenta se aproximar.

- Cara, para de falar.

- Muda o disco, só sabe falar "cara", vai pra merda. - Eu entro mais no beco, e chamo o maconheiro.

Acerto um soco no seu rosto, ele já cai duro. Uau, o Matias é magro, mas é forte. O arrasto para o fundo, faço um pentagrama no chão com a minha lapiseira infernal - ela acendia quando entrava em contato com algo solido, quase morri quando a deixei no bolso do corpo esquisito do Matias -. Deixei o corpo no meio e sussurrei as palavras, não posso revelar elas, se não muita merda iria acontecer.

Por mais incrível que pareça eu fui convocada pelo Tranca rua, logo estou na sua sala de objetos satânicos, pego em um tridente. E olho para as palavras sussurradas, Asmodeus estava escrito na ponta. Ele aparece usando a forma do meu tio para me pirraçar.

- Oi, eu não sou gay. - Eu faço a cara de confusa da Gretchen. - Você falou para o novo morador do inferno que eu era. - Ele toca no meu ombro e eu me encolho.

- Pensou no que eu pedi?

- Sim.

- Três crianças, dois bebês. - Ele diz sério.

- Você é louco, nunca farei isso.

- Que se dane sua mãe, isso que quis dizer?

- Não... Preciso pensar. - Ele ri, como um cão.

- Você não pensa, ou aceita ou nega. Mas lembre-se, sua alma é minha, eu posso pega-la de volta a qualquer momento. - Esse corno, maldito... - Eu leio a merda de mentes, oh, desgraçada.

- Primeiramente desgraçada é você, sua yag reprimida. Sai do armário, princesa. - Ele revira os olhos, ele pareceu se enjoar da forma do meu tio e decide ir para a sua forma angelical. Oh, bicho lindo, ainda bem que eu sou homem agora...

- Porra, eu sou assexual, sua sonsa. - Ele revira os olhos com mais intensidade.

- Hm... Tenho condições... - Ele cruza os braços esperando eu prosseguir.

- E eu com isso, faz a merda das coisas que eu peço. Só sabe falar de condições, vai...

- Calma, príncipe. Só vou roubar crianças, sem bebes. Sete crianças.

- Preciso pensar.

- Olha aqui, sua yag, aceita de uma vez. Não aguento mais.

- Oito.

- Sete, ou nada. Minha mãe não vale oito crianças. - Ele pega o tridente.

- Quando você morrer no corpo desse cara, juro que cê vai sofrer aqui.

- Mi... Mi... Mi... Mi... - Ele me olha confuso. - Você é uma chata, você é insuportável. - Ele joga o cabelo lindo para o lado, e faz cara de deboche.

- Sai da minha casa, mina chata do caralho. - Ele diz e eu volto para o beco, me limpo estava cheia de cinzas, e com cheiro de enxofre... Eca.

Vou andando para casa, encontro um moleque moscando, jogo a lapiseira infernal e acerto. Faço o pentagrama ali mesmo, e deixo ele no meio. Consigo ouvir a risada demoníaca da yag daqui. Vou matar um boy bem gato, pra deixar essa gay doidinha

A menina que roubava corposOnde histórias criam vida. Descubra agora