1 Dia de Chuva

Epílogo

Assistir Clube dos Cinco, o filme mais clássico de todos os tempos, era para fechar com chave de ouro aquela viagem que se tornou um tanto fora da expectativa de todos.

─ Se íamos sair juntos, não podíamos deixar para trás o meu filme favorito. ─ Gerson ajeitou o DVD no aparelho e todos assistiram animadíssimos.

Todos ali já haviam assistido, mas não em conjunto. Antes de o filme começar, todos aplaudiram Gerson pela brilhante ideia. Já marcava 21h40 no relógio, mas todos estavam enérgicos.

─ Gente, gente. Antes de iniciar o filme. Quero dizer que a mudança de planos nem foi tão ruim assim vai? ─ Diana comentou alegre.

─ Sem dúvidas. ─ Os outros cinco disseram em coro que acabou assustando Diana.

Quando dava quase 50 minutos de filme, todos dormiam. Somente o silêncio da casa reinava. O friozinho finalmente conseguiu fazer seu trabalho e nem perceberam que lá fora, a chuva já havia ido embora. Agora sim, não choveria mais por aquele fim de dia.

Ainda sonolento. Enoque acordou. Fora o primeiro a dormir, pois seria o motorista da volta. Vira todos dormindo. Alguns em cima de outros, outros no chão, assim como ele e os créditos passando na TV. Ele sorriu. (Vocês são incríveis).

Levantou e foi beber água. Olhou no relógio e marcava 00h. Haviam marcado para irem embora a partir das 1h da noite. Aquele descanso era importante.

Enoque sentou na cadeira da mesa de jantar e olhava para a galera dormindo. Sentia grato por ter amigos em que podia confiar. Lembrava o que Diana disse antes do filme iniciar.

Concordava com ela plenamente. Ter a chuva o dia todo não foi tão ruim assim.

Ele seria o motorista da volta e o responsável de acordar todos para se aprontarem e irem embora. Foi o que fez, quando vira bater no relógio, 00h50. Com algumas cutucadas, ele foi acordando todos. Aos poucos, todos levantaram, arrumaram suas malas e foram direto para a Kombi. Estava frio lá fora. Todos vestiam um casaco.

Todos já estavam na Kombi, enquanto Enoque trancava a porta da casa. Entrou na Kombi sentando no seu lugar e...

─ Podemos ir?

Olhou para trás e vira todos dormindo. Até Gerson que sentava do seu lado. Olhou para estrada de chão; ligou o rádio que tocava uma música dos anos 80; tomou um café para se manter acordado e se despediu, por todos, daquele dia de chuva.