O garoto dos olhos castanhos

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Forks, Washington - Terça-feira 09 De Agosto De 2007

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Forks, Washington - Terça-feira 09 De Agosto De 2007.

POINT OF VIEW LILITH

NUNCA SE PASSOU PELA MINHA CABEÇA que restaurar quadros fosse tão revigorante, apesar de ter um certo apreço por pintura. Esme amava restauração, e por isso passava, praticamente, a tarde toda dentro desse quarto de paredes brancas, ao som de uma melodia clássica vinda do seu rádio antigo. Quando a matriarca me ofereceu um quadro, devo admitir meu receio, aliás, nunca havia restaurado nada, e por isso a surpresa, eu havia gostado.

O pincel repintando todas as bordas da pintura, sendo elas tão antigas quantos os vampiros, o cheiro de tinta fresca, com a melodia tocando dentro do cômodo, totalmente em sincronia, era um ponto de refúgio, onde os pensamento pareciam dispersar.

A princípio pensei que minha companhia de certa forma fosse incomodar a mais velha, muito pelo contrário, Esme parecia ainda mais animada em dividir seu trabalho comigo. Ela era uma mulher fascinante, tinha um gosto único e clássico, mantendo sua essência antiga sem deixar de se mostrar uma mulher moderna. Ela era realmente uma figura materna, tanto por seus olhares doces e voz calma, quanto por sua postura séria, que podia colocar qualquer um em seu devido lugar.

Me pergunto se minha mãe seria assim, com o olhar doce e a voz calma, ora ou outra mandona, como um mãe deve ser. Nunca saberia de fato, mas mantinha esperanças, imaginando ela em minha mente, com as poucas informação que sabia sobre sua vida.

Meus olhos estão focados na pintura de um lago, que Esme havia me dito ter ganhado a muito anos, era impossível não admirar sua beleza. A restauração parecia deixá-la ainda mais viva, realçando cada traço dela.
Largo o pincel por um segundo quando sinto meu estômago roncar, cortando o silêncio que estava no cômodo.

— É tão estranho ouvir esse som.— Ela diz bem humorada.— Esqueço-me as vezes que você é humana também.— Se vira sorrindo na minha direção.— Me desculpa querida, já te roubei tempo demais por hoje.

— Não seja por isso.— Respondo deixando o pincel de lado e limpando as mãos no avental que circulava minha cintura.— Devo dizer, que restaurar quadros é revigorante.— Ela sorri ainda mais.— Gostei daqui, gostaria de vir mais vezes.

— Sempre que você quiser, querida.— Ela se levanta e eu a sigo.— Adoro a sua companhia.

— Obrigada.— Esme se aproxima levantando suas mãos e as colocando sobre meus rosto, ela parecia me analisar, como se estivesse lembrando de algo. Depois do que apareceu longos segundos, a matriarca recobre a consciência me soltando e sorrindo meio desconfortável.

— Vamos, vou preparar um lanche para você.— Ela diz, se afastando e tirando o avental, se dirigindo até a porta.

Meus pés continuavam firmes no chão, e por ali permaneci alguns segundos, de certa forma havia algo nela que me lembrava q palavra "Mãe" e esse sentimento maternal era diferente para mim.
Me considerava mãe de Hope, lhe dando todo o amor que nunca havia tido, entretanto, a palavra maternidade era um assunto mal resolvido dentro de mim, e não havia como saber o porque, dentre tantas opções, talvez pela falta de mãe, ou a perde da criada, ou Hope entrando derreteste em minha vida, haviam muitas opções.

𝐖𝐀𝐕𝐄𝐒  | Twilight and TOOnde histórias criam vida. Descubra agora