45 - O (des)necessário retorno de Katherine Pierce

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Vingança. Era só isso que ela queria. Podia deixar para lá, já estava livre daquela prisão medonha, podia seguir com sua vida antes de descobrirem que ela tinha fugido, só que desta vez não seria assim. Ela estava com muita raiva para relevar, para esquecer.

Antes ela teve o trabalho de se reaproximar de Elijah, descobrir coisas, tomou o cuidado de colocar informantes fora do circulo pessoal de seus inimigos, mas perto suficiente para ver e ouvir. Antes ela tinha como objetivo apenas conseguir algo para barganhar e ser deixada em paz pelo pior dos inimigos que conquistou em toda sua vida, ela finalmente seria realmente livre e não ter que ficar sempre em movimento, sem chamar atenção e ser sempre cautelosa.

Seus informantes a colocaram á par da cura para o vampirismo, ela o tinha em mãos quando desceu no aeroporto onde conheceu aquele vampiro jovem – comparado á ela – ele parecia ser inofensivo e muito curioso á respeito de outros vampiros por que aparentemente tinha sido mantido em cativeiro por humanos por tanto tempo que não tinha ideia de como era o mundo para vampiros de verdade. Então, enquanto ela estava começando a baixar a guarda para a euforia de Lorenzo que parecia uma criança sozinha na loja de doces, ele tentou quebrar o pescoço dela.

Katherine revidou claro, e só não arrancou o coração dele por que ele apelou para a verbena. Quando acordou estava trancada e imobilizada num porta malas cercada de verbena e na vez seguinte em que viu a luz do dia estava numa clareira com o sequestrador e as bruxas Bennett. Ela estava enfraquecida demais pela longa exposição á verbena e um pouco grogue, contudo era capaz de compreender o que ouvia e entendeu que foi Bonnie quem tinha mandado o vampiro atrás dela para recuperar a cura. Como a bruxa sabia que ela estava com a cura? Não havia como o grupo ter a descoberto tão rapidamente e informado seu paradeiro, se bem que bruxas tinham esse dom irritante de saber tudo antes do tempo e se meter onde não eram chamadas.

Ouviu a chegada de Stefan e a pequena discussão que se seguiu para decidir o que fariam com ela, Lucy ganhou sem mal opinar e a aprisionou. Num primeiro momento a vampira chegou a acreditar que sua punição era ficar cega por toda aquela luz ofuscante que a deixou zonza, só para em seguida tudo voltar ao normal e ela se ver numa versão de cidade fantasma de Mystic Falls. Ela vagou procurando por alguma pessoa só para descobrir que estava sozinha e para seu horror no dia seguinte quando houve novamente o eclipse, que estava num loop. E os dias seguintes ela planejou com cuidado o que faria com Lucy Bennett quando saísse dali.

Ao menos o banco de sangue do hospital não estava vazio e de algum modo incomum, aquele mundo onde se repetia os dias, reabastecia também o estoque de sangue. Depois de muitos eclipses resolveu que estava na hora de explorar para fora da cidade, ver que em algum outro lugar naquela prisão magica haveria mais alguém destinado á viver num looping temporal estupido. E foi ao pegar sangue que descobriu que alguém tinha se atrevido a jogar todas as bolsas de sangue fora do hospital, tudo estragado... Ela não estava sozinha e ficou furiosa por ter sido feita de tola.

E foi incrivelmente fácil encontrar o ser que serviria de jantar, por que ele não se atreveu a ser caçado. Apenas a esperou sentado, diante da casa de Elena que era onde ela passava boa parte do tempo. Segundo ele mesmo, ao se apresentar, fazia dias que vinha a estudando, de algum modo soube no momento em que tinham a colocado ali e veio para a cidade no fim do mundo para descobrir que sua nova companheira de prisão era uma vampira. Os seus instintos de quinhentos anos alertaram que não devia confiar no jovem de sorriso alegre e psicótico de personagem de filme de serial killer.

Kai não era coisa boa, ela podia reconhecer perigo quando ele estava sorrindo para ela com a jovialidade de um humano indefeso. E nas semanas de convivência forçada, por que o prisioneiro não estava com menor vontade de voltar para seja lá onde ele estava antes de vir verificar quem era sua visitante, ela descobriu coisas aleatórias que para alguém ignorante em quesito sobrenatural teria deixado passar.

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