And Let Her Go

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Nash's P.O.V

Já tinha se passado duas aulas e ainda não tinha visto Lena. Bem que hoje podia ter Biologia, assim ela nao teria como não falar comigo. Sei que tratei ela de qualquer jeito mas fazer o que? Eu estava com outras coisas na cabeça no momento. Batuquei os dedos nervosamente sobre a carteira, mimha cabeça não conseguia prestar atenção na matéria e sempre fluia pra longe, esperando o sinal bater. Assim que o fez, juntei rapidamente meu material e fui em direção ao meu armário tentando tirar aquela garota da minha cabeça. Se ela não queria falar comigo não poderia obriga-la certo?! Só esperar... Percebi que minhas mãos estavam tremendo e a droga do cadeado do meu armário não abriu. Eu não poderia demorar muito mais ali minha próxima aula era no andar de cima... Já conseguia observar os corredores esvaziando e o cadeado ainda não cedera. Assim que consegui abrir o bendito cadeado e pegar minhas coisas senti uma mão bater no armário ao lado e se apoiar, enquanto outra mão tapou meus olhos e me virou fazendo com que minhas costas batessem no armário.

- Aonde pensa que vai com esses livros Grier? - sorri ao reconhecer sua doce voz e ela tirou a mão delicada dos meus olhos - temos assuntos a tratar.

A mão que antes estavam em meus olhos se apoiaram no armário ao meu lado me prendendo entre seus braços. Nunca imaginaria agiria com tal firmeza, não são muitas garotas que têm tal atitude. E que atitude! Sorri ao imaginar onde mais ela teria atitude.... chacoalhei a cabeça para afastar esses pensamentos e percebi que ela já andava pelo corredor, corri atrás dela.

- O que vai fazer? Temos aula agora e se nos pegam estamos frito - falei baixo com medo que alguém me ouvisse. Tudo o que recebo de resposta foi um sorriso enviesado da garota. Isso me enlouqueceu. Ao passarmos por mais dois corredores faltava pouco para a saída que dava para o lado de fora do ginásio; acabos topando com um faxineiro que nos encarou feio.

- Não deviam estar na aula? - ele disse com uma voz rouca. Lena passou o braço pelo meu ombro disfarçadamente :

- Pisei em falso e machuquei o tornozelo. Nash estava me levando para a enfermaria e depois voltaria a aula. - ela falou de forma tão convincente que me segurei para não abaixar e ver se seu tornozelo estava realmente inchado. O senhor arqueou uma sobrancelha em desconfiança mas abriu o caminho para nossa passagem. Viramos o corredor e já nos dispusemos a correr até a saída. Peguei a mão dela e guie-nos até uma parte com maior vegetação, onde ninguém nos acharia. Depois de nos sentarmos debaixo de uma grande árvore observei a paisagem: dava para ver grande parte do prédio de dois andares que compunha nossa escola e grande parte do campo de futebol. Lena me dirigiu um sorriso divertido e disse:

-Ficaste com medo como se nunca tivesse matado aula.

-E eu nunca matei. - respondi e ela me olhou surpresa. - você em compensação agiu naturalmente.

- Não fiz sso muitas vezes - deu de ombros - mas sei lá. Achei que garotos fizessem isso sempre.

- Uma vez eu e Matt montamos todo um esquema para irmos matarmos aula e irmos no cinema. Fizemos um plano elaborado e um mapa onde passava o faxineiro. Estudamos o plano por semanas. No dia esperamos todos os alunos irem para a sala e corremos em direção a saída como planejado. No caminho ouvimos um barulho que associamos a um salto alto,e, pensando ser a inspetora que podia arruinar nosso plano, entramos na primeira porta a vista que por acaso era o depósito da faxina. Esperamos o barulho de salto cessar mas o que aconteceu foi que o som foi ficando mais alto e o faxineiro abriu a porta do deposito e descobrimos que o barulho do "salto" na verdade era um pedaço do carrinho da faxina quebrado que batia no chão conforme andava. Fomos parar na diretoria e demorei a convencer o diretor que nossa finalidade era matar aula para ir no cinema e não ficar no deposito pelo resto do periodo, como se fossemos fazer alguma coisa lá dentro. - Helena começou a rir, provavelmente ao imaginar Matt e eu tentando se explicar ao diretor porque estavamos em um depósito. Sorri e continuei - Ainda não muito convencido o diretor nos aconpanhou de volta para a sala de aula vendo se sentavamos perto ou qualquer coisa suspeita. Nós nos sentaamos no meio de garotas em lados separados da sala com medo que o diretor falasse algo e virassemos piadas.

Garoto ErradoOnde histórias criam vida. Descubra agora