No embalo do destino (DEGUSTAÇÃO)

CAPÍTULO XXVI - Por Diego

Olhem eu aqui novamente..

Esse espírito natalino está acabando comigo.. mas um capítulo hoje! rs

E sim, ainda vão ter mais dois essa semana! ;)

Beijos, JuPSouza!

.-.

 

 

 

Tem gente que não entende muito bem uma relação tão apegada com os avós. Eu passei minha infância toda sendo paparicado pela avó Bia, ela sempre morou com a gente e passávamos todas as férias com ela na fazenda. Quando o Dani já estava mais crescidinho, com uns cinco anos mais ou menos, ela decidiu morar definitivamente na fazenda. Eu sempre ia lá, era sagrado estar por perto, além dela sempre vir nos visitar.

Parecia um carma esse vai e vem que a vida dava, oscilando entre a tranquilidade e agitação em seu curso.

Não tinha condições nem de comemorar o fato da Alexandra estar ali por mim, mas isso era um acalento enorme para o meu coração agitado, pela preocupação pelo estado de saúde da minha avó.

A Alexandra dirigia de forma precisa, cautelosa e em silencio, enquanto eu estava com a cabeça encostada no encosto do banco de passageiro. Paramos num semáforo, ela apertou o meu joelho, como se me transmitisse seu apoio e calma, com aquele contato.

- Me conta da sua avó?

- Nem sei por onde começar. Ela é como uma segunda mãe para mim, passei minha infância perto dela. Ela é minha avó paterna, morou conosco até o meu irmão estar maiorzinho. Amava...

- Amava não! O que ela ama? – A Alexandra me corrigiu e eu assenti.

- Ama a fazenda com loucura. Deixa ela melhorar, que vou te levar lá!

- Eu vou adorar!

- Sabe aquele tipo de avó de história de contos de fadas?

- Sei sim. Ela é desse tipo?

- Difícil, quase impossível defini-la, mas ela é daquele tipo de fazer bolinhos de chuvas, acobertar nossas traquinagens, tem um abraço que transmite uma paz. Dizem que meu gênio é parecido com o dela, amo ter qualquer detalhe semelhante a ela. – Nesse ponto, as lágrimas já corriam pelo meu rosto, sem eu nem me dar conta direito. – Dá um cafuné maravilhoso, enxerga coisas que ninguém mais vê, é serena. Uma das pessoas mais especiais que já conheci na vida.