Entre paredes eu abro as pernas. - Capítulo 4

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Acordei cedo, tinha me esquecido que não tinha levado roupas para sair. Mas quem sofre é o Lee, bati e o joguei da cama, nós dividimos o mesmo colchão e ele tentou fazer gracinha, mas vamos ser sinceros, sou Han Jisung, chutei a minhoca dele.

— Sua besta! Eu não trouxe roupa, além de que hoje vou ter que treinar com os garotos e ver se já posso tirar a muleta, até porque o médico disse que eu estava exagerando. — Falo indignado a última parte, eu exagerando? Se bem que ele disse que não foi nada além de magoar, eu magoei meu pé?

— Shi! — Olhei indignado o chutando, arrumei a toalha no meu corpo, eu tinha acabado de sair do banho. — Han!

Coloquei minha mão na cintura o encarando, a toalha cobria todo meu tronco. O alfa estava sem camisa sentado no chão, passei minha língua entre os lábios mordendo com certa força, que macho gostoso. 

Balancei minha cabeça rapidamente, foco! 

— Olha, só preciso que me leve para casa, depois disso você fica livre e também eu gostaria de… — sem conseguir terminar, sinto a toalha simplesmente escorregar pelo meu corpo, assustado, não notei que aquilo desestabilizava o meu feromônio e que o Lee estava grudado comigo, o pior: me cheirando.

— Até seu cheiro é delicioso. — Acabei encolhendo meu corpinho assim que o maior rosnou no meu pescoço agarrando minha cintura.

Que ótimo! Imagina se o senhor Lee entrar aqui e ver eu sem roupa, com minha bunda empinada na direção da porta, o Know sem camisa agarrando minha cintura, e cheirando meu pescoço! 

E como todos sabem, atraímos aquilo que temos medo, e meu medo aconteceu. Minho como um imbecil, porque vamos ser sinceros que alfas são idiotas, ele simplesmente continuou me cheirando igual cachorro! Virei meu rosto assustado para a porta, e não sabia qual seria pior: a opção que imaginei ou a que está acontecendo. 

— Bang? — O sobrenome dele saiu como um gemido, já que o idiota Minho simulou uma falsa estocada ainda me agarrando, e já que gemi o nome de outro, notei a raiva que ele sentiu quando me jogou na cama nervoso.

— Não sabia que você estava com… esse aí. — Agora quem está nervoso sou eu! O que o Christopher quis dizer com "esse aí"? 

— Olha só, meu querido, você não me chama assim, sou muito mais do que "isso"! Pergunta pro pau do Minhoquinha. — Falei cínica me levantando da cama mesmo sentindo dor, não tanto quanto antes, mas incomodava ainda. Fui em passos dolorosos e manco até o alfa enorme, falei aquelas palavras todas esfregando o dedo indicador no peito do Bang.

E que peitoral.

— Quem você pensa que é? — Faltei cair com a força que ele fez pra cima de mim, mas permaneci firme, mesmo querendo chorar.

— O ômega que não só seu amiguinho aqui fica duro, mas o seu amiguinho também, o Felix. E com certeza você também. — Não deveria falar as coisas nervoso, mas agora já foi, joguei no ventilador vendo as veias surgirem no pescoço de Christopher.

— Uma vadia. Não basta usar saia igual viadinho, agora paga de puta? — Engoli a seco aquilo, dei um passo para trás me encolhendo, poxa! Aquilo machucou. 

Não esperava uma resposta ácida assim, claro que quem fala o que quer escuta o que não quer, mas porra, eles sempre sabem o que dizer para ferir, e o máximo que consigo é realmente ser uma vadia? Mas se fosse para ser uma, eu seria a pior.

Sem olhar na cara de nenhum deles, peguei minha roupa, ainda estava nu, eles viram tudo mesmo. Coloquei a mesma roupa que tinha ido, ainda mancando, peguei as muletas saindo do quarto.

Julgando pelos sons, Minho continuou sentado sem se mover, já o Bangidiota, apenas se sentou na cadeira como se nada tivesse acontecido.

Não sei como vou fazer o plano nele, eu estou me sentindo acuado, como se meu ego tivesse sido ferido.

Vadia ao ataque (Reescrevendo) - Jisung!CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora