Não ache que sou fácil. - Capitulo 3

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— Entregue em segurança, princesa. — Hwang poderia ser um puta pé no saco, mas dava os melhores apelidos.

— Valeu, servo. — Sorri cínica, mesmo sendo até que suportável, ainda não engoli ele, ou seja, não merece minha educação. 

Apenas peguei as muletas das mãos dele e fui pleno para dentro da minha casa, não esperei ele falar nada, muito menos iria responder por minhas ações, de noite eu fico um porre. 

Entrei em casa de cabeça erguida. Enfrentei eles, não deixaria palavras do meu appa me atingirem fácil, foi anos suportando aquilo, ser tachado de perdida e tudo mais, superei várias coisas e ele nem sequer se importou, então a palavra dele não tem peso.

Vou trabalhar pesado e me sustentar. Ter um cantinho só meu e não depender de ninguém, não é porque sou ômega que devo ser sustentado pelo meu pai e apenas parar quando ter um alfa para fazer isso e ficar cuidando da casa. Se caso um dia eu tiver alguém, ele precisa cozinhar e ser dona de casa, além disso, eu não quero um filho.

Certeza que vou ficar para titia, não entro na lista dos ômegas que casam e cuidam de suas famílias, sou do tipo que adoraria ficar sentado em uma sala cuidando de uma enorme empresa, coisa que meu appa "alfão" não consegue fazer, e a vergonha deles sou eu que vai erguer aquela empresa de perfumes.

— Menino Han? — Senhora Kim perguntou, eu responderia com minha normalidade de sempre, exceto pelo fato dela ainda não ter sido despedida depois do ocorrido.

— Meu pai não a demitiu? — Perguntei já voltando a ficar chorosa, encarei ela preocupado. 

— Ele apenas brigou e falou bobagens, não se preocupe. Sou velha, mas você ainda precisa me aturar. — Sorri emocionado com aquilo, talvez a definição de família seja errada perto de muitos casos. — Mas não fique tão sentimental assim, sei que gosta de aparentar ser forte, então vai para a mesa de jantar, vou servir logo.

— Sim, senhora. — Abracei desajeitado por causa das muletas, fui mancando com ela até a mesa. 

Fartura nunca foi um problema, tinha de tudo ali e nem metade iria ser comida. Eu não sou de comer tanto, preciso manter a dieta das torcidas, não é ficar sem comer, eu às vezes me dou luxos, mas no geral a dieta é ser o mais saudável possível para ter energia.

Meu pai estava ali, MinSeok, apenas estava com o jornal.

— Saiu? 

— Sim. — Falei sem expressar nada, Hyulin apenas estava focada na paleta de cores nas mãos, claramente planejando uma nova coleção de inverno.

— Tudo bem. — Voltou a focar no jornal na matéria de carros, senhor Han é um mecânico, e coisas que envolvam carros são suas favoritas, ou as únicas, ele não era alguém de ter muitos amores, ele não tinha nenhum para dar.

— Eu posso jantar domingo na casa de um amigo? — Perguntei desejando que eles não se importassem como sempre. Fala sério! Seria vergonhoso falar que vou na casa de um alfa, não sou do tipo de ficar dormindo na casa de macho.

— Claro, meu filho. — Como sempre. Ninguém se importa.

Às vezes eu fico vendo adolescentes chegando na fase "rebelde" desejando se livrar dos pais e eu aqui, querendo pelo menos uma vez receber amor ou até mesmo uma falsa preocupação. Algo saudável apenas.

O jantar foi assim. Eles no próprio mundinho e eu aqui, comendo e imaginando como na casa de Yeji eles são tão unidos e mesmo com Hyunjin sendo um capeta daqueles, interage bem perto dos pais, brigam e falam de tudo. Senhores Hwang sempre foram minha referência de casamento, mesmo tendo meus pais casados na minha frente.

Vadia ao ataque (Reescrevendo) - Jisung!CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora