Por Um Fio - 2° Temporada

• 2 •

votem, comentem e digam oq estão achando.

a musica do cap é Lewis Capaldi - Before You Go / Beyonce - Resentment

boa leitura mores 💕
__________________________________

Respiro fundo tentando manter a calma ao me lembrar de tudo aquilo que me feriu durante todos esses anos.

- Depois que foi embora, eu não soube direito o que fazer. Vesti uma calça qualquer que achei e fui atrás de você ate o estacionamento mas seu carro já não estava mais lá, então fiz a única coisa que eu ainda sabia que poderia dar certo...

Flashback On

Volto até o elevador e subo para nosso apartamento novamente. Assim que chego, tento me acalmar da melhor forma afim de fazer direito aquilo que precisava. Pego meu celular e as chaves do carro e saio novamente em direção ao estacionamento. Entro em meu carro e conecto o celular no suporte, ligo o bluetooth e disco o numero de Brunna afim de tentar encontrá-la, tentar falar com ela.

- O numero para o qual você ligou, está desligado ou fora de área no momento.

Continuo tentando até chegar em meu destino. Depois de dez tentativas e vinte minutos dirigindo, decido parar e mandar uma mensagem. Sei que não quer me ouvir agora, mas você precisa me dar uma chance. Desço do carro e entro no condomínio, vou ate o andar e apartamento indicados e bato na porta do 315. Espero alguns minutos e ela surge com uma bolsa de gelo na mão.

- Se veio aqui tentar me fazer desistir de dar queixa, esqueça! Estou indo pra delegacia agora mesmo!

- Ótimo! Digo empurrando a porta e entrando no cômodo. - Bota uma roupa que te dou uma carona, vou aproveitar e te denunciar por me embebedar, me drogar, arrombar minha casa e me estuprar. - Digo com toda raiva que poderia demonstrar.

Ela fecha a porta e me encara, um flash de medo passam em seus olhos.

- Que?

- Isso mesmo que você ouviu, agora vai, bota a porra da roupa e vamos logo que estou com pressa.

- Ludmilla, do que você esta falando?

- TO FALANDO DE VOCÊ, SUA DESEQUILIBRADA! - Grito a plenos pulmões e jogo um vaso qualquer do outro lado da sala. Ela se assusta e petrifica no lugar. - Você pensa que não sei o que aconteceu? O que você fez comigo?

- Eu não fiz nada. - Ela diz com a cara mais lavada possível.

- Cinthya. - Respiro fundo, sentindo todo nojo que sentia arranhando a superfície de minha pele. - Eu me enganei muito a seu respeito, achava que você era só uma garota rejeitada com o ego inflado e por isso vivia correndo atrás de alguém que nunca quis nada além de uma foda. Porque pra mim foi só isso o que tivemos, uma única transa que nem foi tão boa assim, mas eu me enganei sabe, você é mais que isso. Você é uma puta de marca maior e além de tudo, uma criminosa que deveria estar atras das grades.

- Não fala assim comigo!

- Se não o quê? Vai me dar um tiro? Uma facada? Ou vai me drogar de novo e abusar de mim ate que eu desenvolva uma síndrome de escolmo e fique com você?

- Eu não fiz nada disso!

- Ah não? - Rio sem humor nenhum. - Então me diz, me explica por favor, como foi que eu saí de um bar que ficava a quarenta minutos da minha casa, aparentemente bêbada, depois de tomar agua tônica com gás a noite toda, cheguei na minha casa, tirei minha roupa, transei com você e depois dormi como um bebe? Fala!